Gênero e justiça: a teoria da justiça de Rawls na perspectiva do feminismo liberal de Susan Okin

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DOI :

https://doi.org/10.5902/2357797571405

Mots-clés :

Feminismo liberal, Justiça como equidade, Okin, Rawls, Teoria da justiça

Résumé

A maturação do movimento feminista ocorreu permeada por diálogos com as inúmeras tradições intelectuais presentes na filosofia política. Nessa direção, o presente estudo realiza uma releitura da crítica feminista liberal de Okin voltada à teoria da justiça como equidade de Rawls. Afim de explorar o potencial teórico de Uma teoria da justiça, a feminista questionou a negligência do dualismo público/privado no desenvolvimento teórico rawlsiano. Para Okin, Rawls não abarca o legado da família na distribuição dos bens sociais e alimenta uma tradição política estruturada pela dominação masculina. Em um contexto geral, a análise okiniana pode ser compreendida como uma crítica direcionada ao pensamento político liberal em sua integridade, que não abrange o papel das relações de gênero na emancipação dos cidadãos.

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Biographie de l'auteur

Cristian Sparemberger, Universidade Federal de Santa Catarina

Doutorando pelo Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Ciência Política na área de concentração Ciência Política pela Universidade Federal de Santa Catarina (2021-2025). Bacharel em Relações Internacionais pela Universidade Federal de Santa Catarina (2015) e mestre em Sociologia Política pela Universidade Federal de Santa Catarina (2018).

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Publiée

2023-04-06

Comment citer

Sparemberger, C. (2023). Gênero e justiça: a teoria da justiça de Rawls na perspectiva do feminismo liberal de Susan Okin. InterAção, 14(1), e71405 . https://doi.org/10.5902/2357797571405