Platform cooperativism and family farming: challenges and limits in the development of the e-COO Project
DOI:
https://doi.org/10.5902/2357797590188Keywords:
Platform cooperativism, Family farming, Solidarity economy, Socio-environmental conflicts, Environmental justiceAbstract
This article discusses the development of the e-COO Project, a social technology based on platform cooperativism aimed at supporting family farming in southern Brazil. The discussion begins by addressing the challenges faced by family farming in the neoliberal context, such as land concentration and resource scarcity, and explores the intersection between solidarity economy and social technologies as a response to these issues. Developed in partnership with the Universidade Federal do Rio Grande (FURG), the project aims to democratize access to food commercialization, production, and distribution, using social indicators and a technological platform. The article also reflects on the limits encountered during the development of this social technology in the face of neoliberalism's consequences, highlighting the socio-environmental inequalities and injustices exacerbated by climate catastrophes. While platform cooperativism presents itself as a strategy of resistance and innovation, capable of strengthening collective and solidarity-based practices, it faces structural barriers imposed by the concentration of wealth and power. We conclude that the experience of the e-COO Project offers valuable insights into the limits and potential of social technologies in promoting socio-environmental justice. Platform cooperativism, by integrating self-management and solidarity economy, emerges as an alternative for social transformation, although constrained by the structural barriers of neoliberalism. The project reaffirms the importance of rethinking technological and social strategies to confront inequalities and contribute to the strengthening of family farming.
Downloads
References
ALVEAR, C. A.; NEDER, R.; SANTINI, D. Economia Solidária 2.0: por um cooperativismo de plataforma solidário. P2P e Inovação, v. 9, n. 2, p. 42-61, 2023. DOI: https://doi.org/10.21721/p2p.2023v9n2.p42-61
BANCO CENTRAL DO BRASIL. Resolução nº 2.191, de 24 de agosto de 1995. Institui o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF). Diário Oficial da União, Brasília, DF, 24 de agosto de 1995.
BRASIL. Lei nº 11.326, de 24 de julho de 2006. Estabelece as diretrizes para a formulação da Política Nacional da Agricultura Familiar e Empreendimentos Familiares Rurais. Diário Oficial da União: Brasília, DF, 2006.
CASTRO, L. F. P. Agricultura familiar: perspectivas e desafios para o desenvolvimento rural sustentável. Revista Espaço Acadêmico, v. 18, n. 192, p. 142-154, 2017.
CASTRO, C. Conceitos e legislação sobre a agricultura familiar na América Latina e no Caribe. Brasília, DF: IPEA, 2023. DOI: https://doi.org/10.38116/978-65-5635-074-5/capitulo1
COSTA, A. B. et al. Tecnologia social e políticas públicas. São Paulo, SP: Instituto Pólis, 2013.
COSTA, B. A. L.; AMORIM, P. C.; SILVA, M. G. As cooperativas de agricultura familiar e o mercado de compras governamentais em Minas Gerais. Revista de Economia e Sociologia Rural, v. 53, n. 1, p. 109-126, 2022. DOI: https://doi.org/10.1590/1234-56781806-9479005301006
DAGNINO, R. Tecnologia social: contribuições conceituais e metodológicas. Campina Grande, PB: EDUEPB, 2014. DOI: https://doi.org/10.7476/9788578793272
DAGNINO, R. Tecnociência solidária: um manual estratégico. Marília, SP: Lutas Anticapital, 2019.
DIAS, R.; NOVAES, H. Contribuições da economia da inovação para a reflexão acerca da tecnologia social. In: DAGNINO, R. (org.). Tecnologia social: ferramenta para construir outra sociedade. 2. ed. rev. e ampl. Campinas, SP: Komedi, 2010.
FERNANDES, B. M. Agronegócio e a reforma agrária. Revista Nera, Presidente Prudente: UNESP, 2010.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE. Censo agropecuário 2017: características gerais das produções agropecuária e extrativista, segundo a cor ou raça do produtor e recortes territoriais específicos. Rio de Janeiro, RJ: IBGE, 2022.
INSTITUTO DE TECNOLOGIA SOCIAL - ITS. Caderno Tecnologia social — Conhecimento e cidadania. São Paulo, SP: ITS, 2007.
GRISA, C.; SABOURIN, E.; LE COQ, J. F. Políticas públicas para a agricultura familiar na América Latina e Caribe: um balanço para a construção de uma agenda de pesquisa. Raízes: Revista de Ciências Sociais e Econômicas, v. 38, n. 1, p. 7–21, 2018. DOI: https://doi.org/10.37370/raizes.2018.v38.35
GROHMANN, R. Cooperativismo de plataforma e suas contradições: análise de iniciativas da área de comunicação no Platform.Coop. Liinc em Revista, v. 14, n. 1, p. 19-32, 2018. DOI: https://doi.org/10.18617/liinc.v14i1.4149
GROHMANN, R. Plataformização do trabalho: entre a dataficação, a financeirização e a racionalidade neoliberal. Revista Eptic Online, v. 22, n. 1, p. 106-122, 2020.
SILVA, M.; COSTA, J. H. Agricultura familiar: vulnerabilidades, desafios e enfrentamentos. Diversitas Journal, v. 8, n. 2, p. 912–927, 2023. DOI: https://doi.org/10.48017/dj.v8i2.2454
MACHADO DEPONTI, C. As agruras da gestão da propriedade rural pela agricultura familiar. Redes: Revista do Desenvolvimento Regional, v. 19, n. 1, p. 9-24, 2014. Universidade de Santa Cruz do Sul, Santa Cruz do Sul, Brasil.
ORGANIZAÇÃO DAS COOPERATIVAS BRASILEIRAS (OCB). Anuário do cooperativismo brasileiro. 2020; 2022. Disponível em: https://anuario.coop.br/
OLIVEIRA, A. Significado e interferências sobre a economia solidária a partir do quadro empírico do Ceará. In: GAIGER, L. I. Sentidos e experiências da economia solidária no Brasil. Porto Alegre, RS: UFRGS, 2004. p. 323-371.
OLIVEIRA, N. D. A.; SILVA, T. N. Inovação social e tecnologias sociais sustentáveis em relacionamentos intercooperativos: um estudo exploratório no CREDITAG-RO. Revista de Administração da UFSM, v. 5, n. 2, p. 277-295, 2012. DOI: https://doi.org/10.5902/198346595655
PASSONI, I. R. et al. Conhecimento e cidadania 4: tecnologia social e agricultura familiar. São Paulo, SP: Instituto de Tecnologia Social, 2007. 64 p.
PINTO, L. F. G. et al. Quem são os poucos donos das terras agrícolas no Brasil: o mapa da desigualdade. Sustentabilidade em Debate, v. 10, n. April, p. 1-22, 2020.
QUINTERO, P. Antropología del desarrollo. Perspectivas latinoamericanas. Revista de Antropología Iberoamericana, v. 11, n. 3, p. 428-431, 2015. DOI: https://doi.org/10.11156/aibr.v11i3.68121
REBECHI, C. et al. Trabalho decente no contexto das plataformas digitais: uma pesquisa-ação do Projeto Fairwork no Brasil. Revista do Serviço Público, v. 74, n. 2, p. 370-389, 2023. DOI: https://doi.org/10.21874/rsp.v74i2.9798
RÜCHE, A.; SANTINI, D. Plataformas de solidariedade: a diferença entre transformar tudo em objeto de lucro e compartilhar de maneira inteligente. In: SCHOLZ, T. (org.). Cooperativismo de plataforma: contestando a economia do compartilhamento corporativa. São Paulo, SP: Fundação Rosa Luxemburgo, 2017.
RÜCKERT, A.; et al. A tragédia climática no Rio Grande do Sul em 2024. Anotações sobre uma catástrofe anunciada, 2024. ResearchGate Disponível em: https://www.researchgate.net/profile/Aldomar-Rueckert/publication/384074113. Acesso em: 01/10/2024. DOI: https://doi.org/10.47456/geo.v4i39.46646
SCHOLZ, T. Cooperativismo de plataforma: contestando a economia do compartilhamento corporativa. São Paulo, SP: Fundação Rosa Luxemburgo, 2017.
SINGER, P. Introdução à economia solidária. São Paulo, SP: Editora Fundação Perseu Abramo, 2002.
WANDERLEY, M. D. N. B. O campesinato brasileiro: uma história de resistência. Revista de Economia e Sociologia Rural, v. 52, p. 25-44, 2014. DOI: https://doi.org/10.1590/S0103-20032014000600002
WINCKLER, S.; RENK, A.; MUNARINI, A. E. Conflitos socioambientais entre agricultura familiar orgânica e agroecológica e o agronegócio na região oeste de Santa Catarina. Revista Acta Ambiental Catarinense, v. 15, n. 1/2, p. 17-39, 2018.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License

This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.


