Relações entre determinantes do investimento estrangeiro direto e em carteira no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.5902/2357797588097Palavras-chave:
Investimento estrangeiro direto, Investimento estrangeiro em carteira, Análise de cluster, Vetor de correção de errosResumo
Esta pesquisa analisa as relações existentes entre investimentos estrangeiros diretos (IEDs) e em carteira (IECs) no Brasil e seus determinantes macroeconômicos internos, visando responder à seguinte questão: há diferenças entre o IED e o IEC no Brasil e seus determinantes macroeconômicos internos? Para uma análise exploratória, utilizou-se a revisão bibliográfica, a estatística descritiva e a análise de cluster. A análise confirmatória deu-se por meio da estimação de dois modelos vetorial de correção de erro (VEC), considerando como variáveis dependentes o investimento estrangeiro direto e o investimento estrangeiro em carteira. As variáveis independentes foram risco, abertura comercial, taxa de câmbio e taxa de inflação. A análise de cluster foi utilizada como um pré-tratamento aos modelos VEC e demonstrou-se eficiente na classificação das variáveis com base em sua exogeneidade. As estimativas dos modelos VEC indicaram que a variável risco foi contrária ao investimento estrangeiro direto, mas positiva ao investimento estrangeiro em carteira. A abertura comercial não representou estímulo ao IED, mas foi favorável ao IEC. A desvalorização cambial atuou de forma distinta ao investimento estrangeiro, servindo como estímulo ao IED e desestimulando o IEC. A variável taxa de inflação apresentou sinal positivo ao investimento estrangeiro direto, mas foi negativa ao investimento estrangeiro em carteira.
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