A garantia do direito à Educação do Campo na Amazônia Paraense a partir do PRONERA: resistência e desafios do curso de Geografia da Terra das Águas e das Florestas
DOI:
https://doi.org/10.5902/2236499473629Palavras-chave:
PRONERA, Educação do Campo, Amazônia ParaenseResumo
O artigo é resultado da pesquisa qualitativa desenvolvida com estudantes do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária – PRONERA – do curso de Geografia da Terra, das Águas e das Florestas “Ulisses Manaças”, no âmbito de estudos pós-doutorais. Analisa-se a repercussão da referida política pública como direito à educação e ao território e seus principais desafios frente ao extermínio do Programa no Governo Bolsonaro. A metodologia utilizada para levantar o perfil dos educandos, a recriação dos territórios camponeses na Amazônia e a repercussão da formação dos educandos deu-se a partir de análise bibliométrica, de pesquisa qualitativa, de questionário semiestruturado e de rodas de conversa. Conclui-se que o curso do PRONERA, a partir dos princípios da Educação do Campo, sobretudo, com a garantia da alternância, possibilita a resistência dos estudantes em seus territórios, com consciência de classe e do modelo de produção em defesa da agroecologia e da agricultura familiar e elevando o nível de consciência contra a destruição do meio ambiente e do agronegócio que avança sobre a região amazônica provocando a organização dos estudantes em defesa de seus territórios e de sua própria sobrevivência.
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