Ensino mercadológico e mobilidade estudantil
DOI:
https://doi.org/10.5902/2236499439904Palabras clave:
Consumo. Educação. Fronteiriço. Triplice Fronteira.Resumen
O presente artigo objetiva analisar a mobilidade dos estudantes do ensino médio, no período de 2015-2018, a partir dos elementos da escola enquanto instituição social vinculada às normatizações do Estado, e sua posição no espaço fronteiriço ocupado pelo capital hegemônico internacional. Considera-se que as orientações da política curricular do Estado, edificadas de forma minimalista e coerente com a tese do Estado mínimo, com os elementos de ajuste estrutural neoliberal, mantêm, na Tríplice Fronteira entre Foz do Iguaçu-BR, Ciudad del Este-PY e Puerto Iguazú-AR, um sistema de ensino mercadológico. Para a caracterização quantitativa da pesquisa realizada, os dados foram obtidos a partir de formulários preenchidos por alunos do ensino médio, e, para a qualitativa, mediante entrevistas com roteiro semiestruturado e também foto-resposta fornecida por estudantes. A análise desses dados permitiu concluir que, nos países subdesenvolvidos, como os da Tríplice Fronteira, a formação em nível médio prepara o sujeito para estar a serviço de uma sociedade de consumo que vai corroendo o Estado Democrático de Direito e, com ele, vai baixando a qualidade da cidadania do indivíduo, ainda no período de formação.
Descargas
Citas
ALBUQUERQUE, J. L. C. A dinâmica das fronteiras: os brasiguaios na fronteira entre o Brasil e o Paraguai. São Paulo: Annablume, 2010.
ALBUQUERQUE, P. Cálculo do tamanho de amostras: proporções. Universidade de Brasília, Brasília UNB – 28/maio/2012. Disponível em: <http://pedrounb.blogspot.com.br/2 012/05/calculo-do-tamanho-de-amostras.html>. Acesso em: 10 maio 2016.
ANTUNES, R. Trabalho e precarização numa ordem neoliberal. In: GENTILI, Pablo; FRIGOTTO, G (Compiladores). A cidadania negada: políticas de exclusão na educação e no trabalho. Buenos Aires, AR: CLACSO, 2000. p. 34-48.
BATISTA, E. L. Transformações no mundo do trabalho e o debate: trabalho e educação. In: ALVES, Giovanni et al. (Org.). Trabalho e educação: contradições do capitalismo global. Maringá, PR: Práxis, 2006.
BERGER, P. & LUCKMANN. A construção social da realidade. Tradução de Floriano Souza Fernandes. Petrópolis, RJ: Vozes, 1985.
BILHALVA, D. Cálculo amostral. 26 de março de 2012. Disponível em: . Acesso em: 10 maio 2016.
BORDA, D. Crecimiento, inclusión social y gasto público. Assunción: CADEP, 2009. Disponível em: <http://biblioteca.clacso.edu.ar/Paraguay/cadep/20160707112622/1>.
Acesso em: 11 jan. 2017.
CARLOS, A. F. A. O lugar no/do mundo. São Paulo: FFLCH, 2007.
CARVALHO, C. As políticas educacionais para o ensino médio e sua concretização na instituição escolar. In: ALVES, Giovanni et al. (Org.). Trabalho e educação – contradições do capitalismo global. Maringá, PR: Práxis, 2006.
CHAUI, M. O neoliberalismo e a meritocracia. YouTube. Publicado por Nova Cultura Política em 15 jun. 2017. Duração: 1:16 52. Disponível em: <https://www.youtube. com/watch?>. Acesso em: 12 ago. 2017.
DEMO, P. Qualidade humana. Campinas, SP: Armazém do Ipê, 2009.
FRIGOTTO, G. Educação, crise do trabalho assalariado e do desenvolvimento: teorias em conflitos. In: FRIGOTTO, G. (Org.). Educação e crise do trabalho: perspectivas de final de século. Petrópolis, RJ: Vozes, 2013. p. 25-54.
GIROUX, H. A. Cruzando as fronteiras do discurso educacional. Tradução de Magda França Lopes. Porto Alegre, RS: Artmed, 1999.
HALL, S. A identidade cultural na pós-modernidade. Tradução Tomaz Tadeu da Silva, Guacira Lopes Louro. Rio de Janeiro: DP&A, 2006.
HARVEY, D. O enigma do capital e as crises do capitalismo. Tradução de João Alexandre Peschanski. São Paulo: Boitempo, 2011.
HOBSBAWM, E J. Nações e nacionalismo desde 1780: programa mito e realidade. Tradução Maria Célia Paoli e Anna Maria Quirino. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990.
LEFEBVRE, H. A produção do espaço. Trad. Doralice Barros Pereira e Sérgio Martins (do original: La production de l’espace. 4e éd. Paris: Éditions Anthropos, 2000). Primeira versão: início fev. 2006. Disponível em: <http://www.mom.arq.ufmg.br/mom/arq_interface/ 1a_aula/Apro ducao_do_espaco.pdf>. Acesso em: 25 out. 2015.
MERCOSUL. Plano de Ação do Setor Educacional do Mercosul: 2011- 2015. 1 sem. 2011. Disponível em: <http://www.sic.inep.gov.br/pt-BR/component/jdownloads/finish /7/413.ht ml>. Acesso em: 5 jul. 2016.
MISIONES, Resolución nº 638/11. Diseño Curricular Jurisdiccional. Ciclo Básico Común Secundario Obligatorio., Ministerio de Cultura, Educación, Ciencia y Tecnologia – MCECYT: 2011.
MONTEIRO, H. Língua, linguagem e poder: opressões na palavra. Cultura e Racismo do SOS Racismo. Disponível em: . Acesso em: 26 dez. 2017.
PAIVA, V. Qualificação, crise do trabalho assalariado e exclusão social. In: GENTILI, Pablo; FRIGOTTO, G. (Compiladores). A cidadania negada: políticas de exclusão na educação e no trabalho. Buenos Aires: CLACSO, 2000. p. 49-64.
PARAGUAY. La educación bilingüe en la reforma educativa paraguaya. Ministerio de Educación y Cultura. Assunción-Paraguay, 2006. Disponível em: <https://mec.gov.py/.../edu cacion_bilingue_enla_reforma_educatic...>. Acesso em: 26 jan. 2016.
PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Curitiba, 2008.
PARANÁ. Centro Estadual de Educação Profissional Manoel Moreira Pena. Projeto Político-Pedagógico. Foz do Iguaçu, 2015.
SANTANA, J. D. Língua, cultura e identidade: a língua portuguesa como espaço simbólico de identificação no documentário "Língua − Vidas em Português". Linha d'Água, São Paulo, v. 25, n. 1, p. 47-66, jun. 2012.
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2019 Geografia Ensino & Pesquisa
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by-nc-sa/4.0/88x31.png)
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-CompartirIgual 4.0.
La revista Geografia – Ensino & Pesquisa retendrá el copyright de los trabajos publicados. Los derechos tienen referencia con la publicación del trabajo en cualquier parte del mundo, incluyendo los derechos a Las renovaciones, expansiones y diseminaciones de la contribución, así como otros derechos subsidiarios. Los autores tienen permiso para la publicación de la contribución en otra medio, materia impresa o digital, en portugués o en otra traducción, desde que los créditos tenidos sean dados a la Revista Geografia – Ensino & Pesquisa.