Ensino mercadológico e mobilidade estudantil
DOI:
https://doi.org/10.5902/2236499439904Keywords:
Consumo. Educação. Fronteiriço. Triplice Fronteira.Abstract
O presente artigo objetiva analisar a mobilidade dos estudantes do ensino médio, no período de 2015-2018, a partir dos elementos da escola enquanto instituição social vinculada às normatizações do Estado, e sua posição no espaço fronteiriço ocupado pelo capital hegemônico internacional. Considera-se que as orientações da política curricular do Estado, edificadas de forma minimalista e coerente com a tese do Estado mínimo, com os elementos de ajuste estrutural neoliberal, mantêm, na Tríplice Fronteira entre Foz do Iguaçu-BR, Ciudad del Este-PY e Puerto Iguazú-AR, um sistema de ensino mercadológico. Para a caracterização quantitativa da pesquisa realizada, os dados foram obtidos a partir de formulários preenchidos por alunos do ensino médio, e, para a qualitativa, mediante entrevistas com roteiro semiestruturado e também foto-resposta fornecida por estudantes. A análise desses dados permitiu concluir que, nos países subdesenvolvidos, como os da Tríplice Fronteira, a formação em nível médio prepara o sujeito para estar a serviço de uma sociedade de consumo que vai corroendo o Estado Democrático de Direito e, com ele, vai baixando a qualidade da cidadania do indivíduo, ainda no período de formação.
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