REPENSAR O PAPEL DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL DIANTE DE UM PROJETO DE FUTURO: UMA PROPOSTA A PARTIR DA MANDALA DA ECOPEDAGOGIA
DOI:
https://doi.org/10.5902/2236499425658Abstract
A humanidade vive um momento histórico marcado por profundas mudanças e transformações na relação sociedade/natureza. E nessa era de transformações sociais, políticas e econômicas em que se encontra o mundo, a Educação Ambiental tem sido muito focada em função da crise que a sociedade moderna encara. Essa crise se agrava na medida em que o homem aumenta seu poder de intervenção no meio natural, aumentando, consequentemente, as tensões na sua relação com a natureza. As desigualdades sociais e a degradação dos recursos naturais acrescem com o processo de globalização, consequência do modo de produção dominante, o qual induz à competitividade, ao individualismo e ao consumo, diante de um quadro em que a própria Educação Ambiental tradicional tem capitulado diante das armadilhas de um “capitalismo verde”. Para reverter este quadro, torna-se cada vez mais imprescindível a refundação de um viés crítico da Educação Ambiental, capaz de conduzir à construção de um processo de tomada de consciência acerca da necessidade de modificarmos as atitudes perante a natureza e à sociedade. Neste artigo nós propomos o uso de uma mandala da ecopedagogia como um instrumento para a reflexão e a organização das atividades de educação ambiental dentro da escola, construída com base em seis princípios, campos temáticos e eixos de ação, levando em conta o potencial transformador da educação ambiental.
Downloads
References
ARISTÓTELES. A Política. São Paulo: Folha de S. Paulo (Coleção Folha: livros que mudaram o mundo, 11), 2010.
BONDÍA, J. L. Notas sobre a experiência e o saber da experiência. Revista Brasileira de Educação. Rio de Janeiro. n.19. p. 20-28. jan./fev./mar./abr. 2002.
BROSWIMMER, F.J. Ecocidio. Breve historia de la extinción em massa de las espécies. Pamplona: Editorial Laetoli, 2005.
BROUGÈRE, G. Jogo e educação. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.
CAIO, B. S.; TOZONI-REIS, M. de F. C. Conhecendo nossa água: pesquisa-ação-participativa em educação ambiental junto a estudantes. [S.l.:s.n.], 2005.
CARVALHO, I. C. M. Educação Ambiental: a formação do sujeito ecológico. São Paulo: Cortez, 2006.
CASTRO, E. M. N. V. Diálogo com a vida: uma educação consciente. In: FILHO, L. E. M. (Org.) Meio Ambiente & Educação. Rio de Janeiro: Gryphus, 1999.
FRIDMAN, L C. Vertigens Pós-modernas. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2000.
GADOTTI, M. Pedagogia da terra. São Paulo: Petrópolis, 2000.
HESÍODO. Os Trabalhos e os Dias. Curitiba: Segesta, 2012.
SATO, M. A Contribuição da Educação Ambiental à Esperança de Pandora. São Paulo: RIMA, 2001.
JUNG, C.G. O Homem e seus Símbolos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1995.
LATOUR, B. Já fomos modernos. Rio de Janeiro: Editora 34, 1994.
LEFF, E. Epistemologia Ambiental. São Paulo: Cortez, 2000.
LEFF, E. Discursos Sustentáveis. São Paulo: Cortez, 2010.
LEIS, H.R. A modernidade insustentável: As críticas do ambientalismo à sociedade contemporânea. Montevideo: Coscoroba, 2004.
LOUREIRO, C.F.B. Trajetória e fundamentos da educação ambiental. São Paulo: Cortez, 2012.
LUZZI, D. A “ambientalização” da educação formal. Um diálogo aberto na complexidade do campo educativo. In: LEFF, Enrique (Org.). A complexidade ambiental. São Paulo: Cortez, 2003.
MACHADO, A. Proverbios y Cantares. Madrid: El País / Clásicos del Siglo XX, 2003.
MARQUES, L. Capitalismo e Colapso Ambiental. Campinas: Editora da UNICAMP, 2015.
MEC – Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2015.
MORIN, E. Os Sete Saberes Necessários à Educação do Futuro. São Paulo/Brasília: Cortez/UNESCO, 2000.
NOVO, M. La Educación Ambiental. Bases éticas, conceptuales y metodológicas. Madrid: Editorial Universitas, 2003.
________ La educación ambiental, una genuina educación para el desarrollo sostenible. Revista de Educación, número extraordinario, p. 195-217, 2009.
PÉREZ, C.L.V. O lugar da memória e a memória do lugar na formação de professores: a reinvenção da escola como uma comunidade investigativa. 26ª Reunião Anual da ANPED. Anais... Poços de Caldas: ANPED, 2003.
PIMENTEL, C. P. Crise Ambiental e Modernidade: da oposição entre natureza e sociedade à multiplicação dos híbridos. 2003. 98 f. Dissertação (Mestrado em Psicossociologia de Comunidades e Ecologia Social)-Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2003.
REBOUL, O. O que é aprender? Coimbra: Almedina, 1982.
REIGOTA, M.A.S. Cidadania e educação ambiental. Psicologia & Sociedade, vol.20, p.61-69, 2008.
RIOJAS, J. “A complexidade ambiental na universidade”. In: LEFF, E. (Org.). A Complexidade ambiental. São Paulo: Cortez, 2003.
ROSA, A. P.; DI NISIO, J. Atividades lúdicas: sua importância na alfabetização. Curitiba: Juruá, 1999.
SACHS, I. A terceira margem. Em busca do ecodesenvolvimento. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.
SATO, M. Educação Ambiental. São Carlos: RIMA, 2002.
SAUVÉ, L. La Educación ambiental: hacia un enfoque global y critico. In: SAUVÉ, L; BARBA, A.T.; SATO, M.; CASTILLO, E. Y. Actas del seminario internacional de investigación-formación EDAMZ, 1996, Quebec. Anais... Quebec: Université Du Quebec à Montreal, 1996. 1 CD-ROM.
SERRES, M. O contrato Natural. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1991.
SHIVA, V. O mundo no limite. In: Hutton, W.; GIDDENS, A. (Orgs.) No Limite da Racionalidade: convivendo com o capitalismo global. Rio de Janeiro: Record, 2004.
STENGERS, I. Para além da grande separação. In: SANTOS, B. S. (Org.) Conhecimento prudente para uma vida decente. São Paulo: Cortez, 2004.
TOZONI-REIS, M. F. de C. Educação Ambiental: natureza, razão e história. Campinas: Autores Associados, 2004.
UNESCO - Organización de las Naciones Unidas para la Educación, la Ciencia y la Cultura. Educación para el Desarrollo Sostenible. Libro de consulta. Instrumentos de aprendizaje y formación, n° 4. Paris: UNESCO, 2012.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
The journal Geografia – Ensino & Pesquisa will obtain the auctorial rights for all published texts. This also implies that the text can be published anywhere in the world, including all rights on renewal, expansion and dissemination of the contribution, as well as other subsidiary rights. The author’s get permission to publish the contribution in other medias, printed or digital, may be in Portuguese or translation, since the publication is credited to Revista Geografia – Ensino & Pesquisa.The journal Geografia – Ensino & Pesquisa will obtain the auctorial rights for all published texts. This also implies that the text can be published anywhere in the world, including all rights on renewal, expansion and dissemination of the contribution, as well as other subsidiary rights. The author’s get permission to publish the contribution in other medias, printed or digital, may be in Portuguese or translation, since the publication is credited to Revista Geografia – Ensino & Pesquisa.