O fantasma do “monolinguismo” continua rondando: dizeres sobre a(s) língua(s) do/no Brasil e sujeito surdo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/2179219441898

Palavras-chave:

Educação para surdos, Análise de discurso, História das Ideias Linguísticas, Políticas linguísticas.

Resumo

Tendo em vista os dizeres sobre o sujeito e as línguas no espaço-tempo de comunicação brasileiro, percebe-se que ainda ressoam sentidos em defesa do monolinguismo e, por sua vez, produzindo modos de silenciamento e apagamento (AUROUX, 1992; ORLANDI, 1997). Considerando o funcionamento do nome próprio (PÊCHEUX, 2009; HAROCHE, 1992), nos dedicaremos a analisar dizeres produzidos pelo nome próprio Bolsonaro sobre grupos linguísticos minorizados: em mídia digital, em pronunciamento oficial e no Decreto nº. 9.465/19. Que efeitos de sentido ressoam de um imaginário de cidadão brasileiro filiado a uma unidade de estado nação (ORLANDI, 2002) no dizer do nome próprio Bolsonaro?

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Biografia do Autor

Lívia Letícia Belmiro BUSCÁCIO, INES

Graduada em Letras (Português-Literaturas) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2004),mestra em Literatura Brasileira e Teorias da Literatura pela Universidade Federal Fluminense (2007), doutora em Estudos da Linguagem pelo Instituto de Letras da UFF (2014). Sua pesquisa filia-se ao campo da História das Ideias Linguísticas(AUROUX, ORLANDI) pela Análise do Discurso (PÊCHEUX, ORLANDI). É pesquisadora dos grupos: "Discursividade, língua e sociedade", (dgp.cnpq.br/dgp/espelhogrupo/8680275699688587);" Estudos linguísticos e literários na educação de surdos - ELLES" http://dgp.cnpq.br/dgp/espelhogrupo/8191336634503455; "Estudos em Ensino-Aprendizagem de Língua Portuguesa e Literatura para Surdos" http://dgp.cnpq.br/dgp/espelhogrupo/6805386728651465. É integrante do Grupo Arquivos da Palavra, sob coordenação de Vanise Medeiros (UFF). É professora de Língua portuguesa e suas Literaturas, tendo lecionado em regime de contrato temporário no Colégio Pedro II (2006). Atuou nos ensinos fundamental e médio com vínculo efetivo na SEE-RJ, de 2004 a 2008, bem como na rede particular, desde 2002. Trabalhou como tutora no CEDERJ, desenvolvendo materiais didáticos para o reforço escolar (2012). Desde 2007, é professora concursada do INES (Instituto Nacional de Educação de Surdos), onde leciona até a presente data. No INES, além da atividade pedagógica em sala de aula com estudantes surdos na educação básica, ministra cursos de extensão para professores sobre ensino de língua portuguesa para surdos, atua na pós-graduação lato e stricto sensu, é professora efetiva do Mestrado em Educação bilíngue (http://www.ines.gov.br/pos-graduacao-stricto-sensu-mestrado) e colabora na organização de eventos.

Angela Correa Ferreira BAALBAKI, UERJ

Doutora em Letras pela Universidade Federal Fluminense (2010) e mestre em Letras pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2002). É professora do Departamento de Estudos da Linguagem, do Instituto de Letras, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e do Programa de Pós-Graduação em Letras da mesma universidade. Integra o grupo de pesquisa "Discurso, historicidade e subjetividade: inconsciente e ideologia" (UFF). Em 2014, foi contemplada no edital APQ1 (FAPERJ), com o projeto: Estudos sobre bilinguismo: elaboração de materiais para o ensino de português para alunos surdos. Desenvolve pesquisas na área de Análise de Discurso de linha francesa e História das Ideias Linguísticas com ênfase nos seguintes temas: formação de professores de línguas; processo de gramatização de línguas; ensino de Língua Portuguesa como segunda língua para alunos surdos; discurso de divulgação científica.

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Publicado

2020-07-20 — Atualizado em 2022-03-24

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Como Citar

BUSCÁCIO, L. L. B., & BAALBAKI, A. C. F. (2022). O fantasma do “monolinguismo” continua rondando: dizeres sobre a(s) língua(s) do/no Brasil e sujeito surdo. Fragmentum, (55), 45–67. https://doi.org/10.5902/2179219441898 (Original work published 20º de julho de 2020)