Chamadas

CHAMADA ABERTA

Fragmentum, nº 65, Jan.-Mai. 2025, Linguística

Título: Luto e língua

Organizadores: Prof. Dr. Lauro José Siqueira Baldini (UNICAMP) e Profa. Dra. Lucília Maria Abrahão e Sousa (USP- Ribeirão Preto)

Prazo de envio: 01 junho de 2024 a 30 de janeiro de 2024. 

Ementa: No contexto mundial, as ressonâncias da pandemia de covid-19 recolocaram o luto em bases nunca vistas, dados a interdição dos ritos fúnebres de despedida e o desaparecimento do corpo infectado. Ao mesmo tempo, para partes da população brasileira tais ressonâncias fizeram intensificar dificuldades no processo de enlutamento, mostrando algo mais da ordem da repetição que da novidade. Já nos ensinava Drummond, com seu “Hino Nacional”: “Se bem que seja difícil compreender o que querem esses homens,/por que motivo eles se ajuntaram e qual a razão/de seus sofrimentos.”. Os massacres de civis, na Ucrânia e em Gaza, atualizam efeitos do mortífero fazendo dos civis e crianças os alvos preferenciais do horror colonial (mais uma chaga em aberto). Simultaneamente no cenário nacional, a emergência do bolsonarismo colocou em circulação a indiferença frente à dor e morte de milhares de pessoas, esgarçando as formas de laço social e alargando os modos de produção, constituição e circulação do dizeres sobre a morte. Tanto Sigmund Freud quanto Jacques Lacan teorizaram o luto e a relação do sujeito com o objeto nas tramas do simbólico, do imaginário e do real. Por outra via (mas não sem Freud e Lacan), Michel Pêcheux buscou compreender um real implacável, também articulado aos campos do simbólico e do imaginário. O objetivo dessa edição da Fragmentum, denominada “Luto e língua”, é cotejar um modo de promover textos que tenham no horizonte movimentos de reparação histórica, rastros e sentidos de arte e solidariedade, dizeres e testemunhos de resistência, casos clínicos e/ou relatos multimidiáticos sobre o tema. Um chamado à vida, um chamado às relações entre Análise de Discurso e Psicanálise, um chamado à língua, ao significante e ao trabalho do luto.

 

CHAMADA ABERTA

Fragmentum, nº 64, Jul.-Dez. 2024, Interdisciplinar 

Título: Linguagem, políticas públicas e prática docente: 20 anos das Diretrizes Curriculares Nacionais para a educação das relações étnico- raciais e para o ensino de história e cultura afro-brasileira, africana e indígena.

Organizadoras: Gesualda Rasia (Universidade Federal do Paraná), Mirielly Ferraça (Universidade Federal do Paraná), Elizete Bernardes (Instituto Federal Mato Grosso do Sul)

Prazo de envio: 01 novembro de 2023 a 31 de maio de 2024. 

Ementa: A Lei 10.639∕2003, a posterior 11.645∕2008 e a publicação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a educação das relações étnico-raciais e para o ensino de história e cultura afro-brasileira, africana e indígena (2004) são um marco incontornável para a história do ensino brasileiro. Num tom de manifesto, o documento convoca professoras e professores, alunas e alunos, pais e comunidade escolar a participarem da construção de um projeto educacional mais diverso, justo e democrático. No descompasso entre a valorização dada às raízes europeias, orientais, africanas e indígenas, a escola exerce papel central no ensino de saberes, conhecimentos científicos e registros culturais diferenciados, promovendo políticas educacionais que primem pelo respeito ao posicionar-se contra o racismo, histórico, epistêmico e estrutural de nossa sociedade, na celebração da pluralidade multiétnica brasileira. Nessas duas décadas de implementação das diretrizes, quais são os desafios e perspectivas atuais para a valorização e reconhecimento da história e cultura afro- brasileira e indígena nos currículos e ementas escolares? O que a prática docente tem sustentado para fomentar uma mudança nacional quanto ao ensino e quanto ao que se ensina na rede básica de ensino e na formação de professores? Neste Dossiê comemorativo, acolheremos artigos científicos, ensaios e entrevistas que tematizem pesquisas acadêmicas e práticas didáticas a partir da norma curricular que completa 20 anos. Serão aceitos trabalhos que, sob diferentes perspectivas teóricas das áreas de Letras, Educação e Ciências Sociais, abordem questões relacionadas a políticas públicas, políticas de ações afirmativas, educação indígena e quilombola, educação antirracista, formação e formação continuada de professores, ancorados no questionamento: que projeto de sociedade queremos?