Chamadas

CHAMADA ABERTA

Fragmentum, nº 64, Jul.-Dez. 2024, Interdisciplinar 

Título: Linguagem, políticas públicas e prática docente: 20 anos das Diretrizes Curriculares Nacionais para a educação das relações étnico- raciais e para o ensino de história e cultura afro-brasileira, africana e indígena.

Organizadoras: Gesualda Rasia (Universidade Federal do Paraná), Mirielly Ferraça (Universidade Federal do Paraná), Elizete Bernardes (Instituto Federal Mato Grosso do Sul)

Prazo de envio: 01 novembro de 2023 a 31 de maio de 2024. 

Ementa: A Lei 10.639∕2003, a posterior 11.645∕2008 e a publicação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a educação das relações étnico-raciais e para o ensino de história e cultura afro-brasileira, africana e indígena (2004) são um marco incontornável para a história do ensino brasileiro. Num tom de manifesto, o documento convoca professoras e professores, alunas e alunos, pais e comunidade escolar a participarem da construção de um projeto educacional mais diverso, justo e democrático. No descompasso entre a valorização dada às raízes europeias, orientais, africanas e indígenas, a escola exerce papel central no ensino de saberes, conhecimentos científicos e registros culturais diferenciados, promovendo políticas educacionais que primem pelo respeito ao posicionar-se contra o racismo, histórico, epistêmico e estrutural de nossa sociedade, na celebração da pluralidade multiétnica brasileira. Nessas duas décadas de implementação das diretrizes, quais são os desafios e perspectivas atuais para a valorização e reconhecimento da história e cultura afro- brasileira e indígena nos currículos e ementas escolares? O que a prática docente tem sustentado para fomentar uma mudança nacional quanto ao ensino e quanto ao que se ensina na rede básica de ensino e na formação de professores? Neste Dossiê comemorativo, acolheremos artigos científicos, ensaios e entrevistas que tematizem pesquisas acadêmicas e práticas didáticas a partir da norma curricular que completa 20 anos. Serão aceitos trabalhos que, sob diferentes perspectivas teóricas das áreas de Letras, Educação e Ciências Sociais, abordem questões relacionadas a políticas públicas, políticas de ações afirmativas, educação indígena e quilombola, educação antirracista, formação e formação continuada de professores, ancorados no questionamento: que projeto de sociedade queremos?

 

CHAMADA ENCERRADA

Fragmentum, nº 63, Jan.-Jul. 2024, Linguística

Título: Resistências, revoltas e revoluções: tensões sociopolíticas e transformações de sentido nas primeiras décadas do século XXI.

Organizadores: Juliana da Silveira (Universidade do Sul de Santa Catarina – Unisul/Instituto Ânima), Julieta Haidar (Escuela Nacional de Antropología e Historia – ENAH), Maurício Beck (Universidade Estadual de Santa Cruz – UESC), Rodrigo Oliveira Fonseca (Universidade Federal do Sul da Bahia – UFSB)

Prazo de envio: 01 de setembro de 2023 a 04 de março de 2024. 

Ementa: A proposta temática em questão busca reunir pesquisas em andamento ou já consolidadas que abordem os temas políticos e ideológicos da resistência, da revolta e da revolução, no contexto dos estudos linguísticos e das teorias do discurso. O objetivo é ampliar as condições para que a história possa ser compreendida como um processo em constante transformação, indo além do discurso fukuyamista de um "fim da história" no término do século XX. Visa-se compreender as transformações de sentido e de sujeitos tendo em vista as relações de produção neste século, que enfrentam tanto mudanças profundamente contraditórias no mundo do trabalho, com o avanço da automação e da inteligência artificial, quanto a necessidade incontornável de reestruturar a produção e o consumo de energia para remediar o acúmulo irreversível de gases de efeito estufa na atmosfera.


Outro aspecto a ser considerado é a problemática da relação entre teoria e movimentos sociais, abordando o papel da prática política e da prática científica nesse contexto de um "enfrentamento às elites". Por que vias a ampliação (lenta, mas progressiva e global) do ensino superior e, particularmente, das pesquisas acadêmicas nas Humanidades, intervém, remedia, compreende os movimentos sociais e suas discursividades em nossa conjuntura?

Os artigos podem abranger a conjuntura ideológica, marcada por fortes pressões tanto à esquerda quanto à direita, sobre a institucionalidade política em diversos países. Além disso, também podem explorar a disputa de sentidos entre movimentos sociais, como as manifestações de 2013 no Brasil, os protestos no Chile em 2019, os coletes amarelos na França, as primaveras árabes, como também uma série de avanços de forças políticas iliberais, nacional-populistas, fascistas ou fascistizantes em diversos países, da Turquia à Índia, do Brasil à Hungria, dos EUA à Itália, de Israel às Filipinas.