Ser-estar entre línguas e culturas: vivendo como um migrante no Brasil

Auteurs

DOI :

https://doi.org/10.5902/2179219474337

Mots-clés :

Migrante, Autonarrativa, Estudos do Discurso, Identidades

Résumé

Este artigo propõe-se a discutir recortes de uma autonarrativa escrita por uma migrante beninense estudante de Letras no Brasil. A partir dos recortes colhidos, empreendemos uma análise de cunho discursivo, buscando representações que a narradora faz de si e do outro, brasileiro, que emergem de seu dizer, com intuito de compartilhar experiências vividas por ela e que podem ser estendidas a outros migrantes que vivem em condições semelhantes. Metodologicamente, combinamos o recurso da autonarrativa para seleção do material com o dispositivo da Análise do Discurso de linha francesa para entender e compartilhar algumas memórias e dificuldades vivenciadas por um migrante entre línguas e culturas.

Téléchargements

Les données relatives au téléchargement ne sont pas encore disponibles.

Bibliographies de l'auteur

Eliane Righi de Andrade, Pontifícia Universidade Católica de Campinas

Professora na graduação (Letras Bacharelado em Tradução e Revisão e Licenciatura Inglês/Português) e no Mestrado interdisciplinar Stricto sensu (Linguagens, mídia e arte) da Pontifícia Universidade Católica de Campinas, onde desenvolve pesquisa institucional em área Interdisciplinar, nas temáticas de subjetividade, identidade e memória. Possui Bacharelado em Letras Português e Inglês pela Universidade de São Paulo (1986); Licenciatura em Português e Inglês pela Universidade de São Paulo (1988); Especialização em Língua Inglesa pela USP (1999); Mestrado em Educação pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (2003) e Doutorado em Linguística Aplicada pela Unicamp (2008). Realizou estágio de Pós-doutoramento na Unicamp (2012).

Francesca, Pontifícia Universidade Católica de Campinas

Graduada em 2022 no curso de Letras da Pontifícia Universidade Católica de Campinas, foi bolsista  pelo programa internacional PEC-G (Programa de Estudantes-Convênio de Graduação) e  de IC pela FAPESP, processo 2021/06163-5, no período 01/09/2021 a 31/08/2022.

Références

ABRAHÃO, M. H. M. B. Memória, narrativas e pesquisa autobiográfica. História da Educação, ASPHE/FaE/EFPel, Pelotas, n.14, p.79-95, set 2003.

AKOTIRENE, C. Interseccionalidade. São Paulo: Pólen, 2019.

BANDIA, P. African Europhone Literature and writing as translation. In Hermans, T. (ed.). Translating others. Manchester: St. Jerome Publishing, 2006, pp.349-361.

CANDAU, J. Memória e identidade. São Paulo: Contexto, 2016.

COX, M. I. P.; ASSIS-PETERSON, A. A. de. Transculturalidade e transglossia: para compreender o fenômeno das fricções linguístico-culturais em sociedades contemporâneas sem nostalgia. CAVALCANTI, M. C.; BORTONI-RICARDO, S. M. (orgs.). Transculturalidade, linguagem e educação. Campinas: Mercado de Letras, 2007, p.23-43.

CORACINI, M. J. A celebração do outro: arquivo, memória e identidade: línguas (materna e estrangeira), plurilingüismo e tradução. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2007.

DERRIDA, J. Hostipitality. Angelaki. Journal of the theoretical humanities v.5 n. 3 Dec, p.3-18, 2000. Taylor & Francis Ltd and the Editors of Angelaki.

FOUCAULT, M. O corpo utópico, as heterotopias. São Paulo: n-1 edições, 2013.

FOUCAULT, M. A vida dos homens infames. In Ditos e escritos IV: estratégias, poder-saber. Rio de Janeiro, Forense universitária, 2003, p.203-222.

GOMEZ, L. A mestiçagem entre o enraizamento e a transmigração: pensar a narrativa autobiográfica como espaço de encontro. In: SOUZA, E. C; BRAGANÇA. I. F.de S. (orgs.). Memória, dimensões sócio-históricas e trajetórias de vida. Porto Alegre: ediPUCRS, 2012, p. 173-192.

GREGOLIN, M. R. AD: descrever - interpretar acontecimentos cuja materialidade funde linguagem e história. In NAVARRO, P. (org.) Estudos do texto e do discurso – mapeando conceitos e métodos. São Carlos: Claraluz Editora, 2006, p.19-34.

HOOKS, B. Linguagem: ensinar novas paisagens/novas linguagens. Estudos Feministas, Florianópolis, 16(3): 857-864, setembro-dezembro, 2008.

JOSSO, M.-C. Histórias de vida e formação: suas funcionalidade em pesquisa, formação e práticas sociais. Revista Brasileira de Pesquisa (Auto)Biográfica, Salvador, v. 05, n.13, p.40-54, jan./abr. 2020.

MIGNOLO, W. Colonialidade: o lado mais obscuro da modernidade. Revista Brasileira de Ciências Sociais, vol. 32, n. 94, Jun. 2017.

MOITA, M. C. Percursos de Formação e de Trans-Formação. ln NÓVOA, A Vidas de Professores. Porto: Porto Editora, 1995, p.111-140.

NORA, P. Entre memória e história: a problemática dos lugares. Projeto História. São Paulo, n.10, p.7-28, 1993.

PÊCHEUX, M. et al. Papel da memória. Campinas: Pontes Editores, 1999.

PINTO, Joana Plaza. Da língua-objeto à práxis linguística: desarticulações e rearticulações contra hegemônicas. Linguagem em Foco, v. 2, p. 69-83, 2011.

POLLAK, M. Memória, esquecimento, silêncio. Estudos Históricos. Rio de Janeiro, v. 2, n. 3, p. 3-15, 1989.

QUIJANO, A. Coloniality and modernity/rationality. Cultural Studies, 21(2-3), p.22-32, 2007.

REVUZ, C. A língua estrangeira entre o desejo de um outro lugar e o risco do exílio. In SINORINI, I. (org.). Língua(gem) e identidade: elementos para uma discussão no campo aplicado. Campinas: Mercado de Letras/Fapesp, 1998, p.213-230.

Téléchargements

Publiée

2024-04-04

Comment citer

Andrade, E. R. de, & Francesca Mariannick. (2024). Ser-estar entre línguas e culturas: vivendo como um migrante no Brasil. Fragmentum, (61), 65–80. https://doi.org/10.5902/2179219474337