Determinantes econômicos, políticos e institucionais da política fiscal do estado do Rio Grande do Sul entre 1964 e 1998

Autores

  • Gilberto de Oliveira Veloso Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS, Brasil
  • Ronald Otto Hilbrecht Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.5902/141465093478

Palavras-chave:

Déficit per capita, Ilusão fiscal, Grupos de interesses, Instituições orçamentárias, Co-integração

Resumo

A literatura corrente sobre a economia política do déficit público assume a hipótese de que além de fatores econômicos, são determinantes do déficit público fatores de ordens político e institucional tais como mudança de regime institucional, legislação eleitoral e instituições orçamentárias. O objetivo deste artigo é verificar a aplicabilidade dessa hipótese para o caso do estado do Rio Grande do Sul no período compreendido entre os anos de 1964 e 1998 a partir da utilização da restrição orçamentária intertemporal do governo e técnicas da literatura de raiz unitária e co-integração, testa-se o equilíbrio de longo prazo entre as variáveis despesas e receita per capita, e estima-se o mecanismo de correção com base em fatores de ordem econômica, política e institucional. Conclui-se que a variável de ajuste utilizada pelo governo do estado é a despesa per capita, e que os modelos de grupos de interesses são verificados pelo presente estudo, assim como a influência do sistema político e das instituições fiscais.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ALT, J.; LOWRY, R. C. Govenment , fiscal institutions, and budget deficits: evidence from the States. American Political Science Review, v. 88, n.. 4, p. 811-828, Dec. 1994.

ALESINA, A.; DRAZEN, A. Why are stabilizations delayed? The American Economic Review, v. 81, n. 5, p. 1170-1188, Dec. 1991.

ALESINA A.; PEROTTI, R. The political economy of budget deficits. IMF Staff Papers, v. 42, n. 1, Mar. 1995.

ALESINA, A.; PEROTTI, R. Fiscal discipline and the budget process. American Economic Review, p. 401-407, May 1996.

ALESINA, A.; PEROTTI, R. Budget déficits and budget institutions. IMF Working Paper, WP/96/52, May 1996. JEL Classification : H1, H5.

ALESINA, A.; TABELLINI, G.A Positive theory of fiscal deficits and governmentdebt. Review of Economic Studies, n. 57, p. 403-414,1990.

ALESINA, A.; ROUBINI, N.; COHEN, G. D. Political cycles and the macroeconomy. The MIT Press, Cambridge, Massachusetts, London, England,1997. 302 p. Ch. 9, p. 227-263.

AYAGARI, S. R. How Should taxes be set? Federal reserve of Minneapolis. Quarterly Review, v. 13, n.1, 1989.

___. Intergenerational linkages and government budget policies. Federal reserve Bank of Minneapolis .Quarterly Review, v. 11, n. 2, p. 14-23. Mar. 1987. BARRO, R. On the determination of the public debt. Journal of Political Economy, v. 87. Oct. 1979.

___. Modern business cylce theory. Cambridge; Massachusetts: Harvard university Press,1989. 337 p. Ch. 5, p. 178-235.

BALL, L.; ELMENDORF, D. W. ; MANKIW, N. G. The Deficit Gamble. Harvard Institute of Economic Research, Harvard University ( Discussion paper, 1710) 1995.

BRASIL. Banco Central do Brasil. Boletim de finanças estaduais e municipais. Brasília, p. 7-21, Maio de 1999.

___. Censo demográfico de 1991. IBGE. Disponível em: Abr. 1999. http://www.ibge.gov.br/ibge/estatisticas/população/default.shtm.

___. Constituição da República Federativa do Brasil de 5 de outubro de 1988. São Paulo: Atlas, 1997. 244 p.

___. Senado Federal. Lei Complementar n.101, de 4 de maio de 2000. Estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal e dá outras providências. Brasília, maio de 2000.

ENGLE, R. F. Autoregressive conditional heteroscedasticity, with estimates of the variance of United Kington inflations. Econometrica, n. 50, p. 987-1007. 1982.

FIORINA, M. P.; NOLL, R. G. Voters, legislators and bureaucracy: institutional design in the public sector. American Economic Review, v. 68, n. 2, p. 256-260, l978.

FISHER, G. W.; KAMLET, M. Explaining presidential priorities: the competing aspiration levels model of macrobudgetary decision making.The American Political Science Review, v. 78, 1984.

HAAN, J. DE; STURM, J. E. Political and economic determinants of OECD budget deficits and government expenditures: a reinvestigation. European Journal of Political Economy, n. 13, p. 39-50, 1997.

HALLERBERG, M.; von HAGEN, J. Electoral institutions, cabinet negotiations, and budget deficits in the European Union. Disponível em: Mar. 1998. http://www.nber.org./papers/w6341. Dec. 1997.

JONES, M. P.; SANGUINETTI, P.; TOMMASI, M.Politics, institutions, andpublic-sector spending in the Argentine provinces. In: POTERBA, J. M.; von HAGEN, J. Fiscal institutions and fiscal performance. Chicago; London: The University of Chicago Press, 1999. 388 p. Ch. 6, p.135-150.

KREHBIEL, K. Are congressional committees composed of preference outliers? American political Science Review, vol. 84, n.1, p. 149-163. Mar. l990.

KONTOPOULOS, Y.; PEROTTI, R. Government fragmentation and policy outcomes: evidence from OECD countries. In: POTERBA, J. M.; von HAGEN, J. Fiscal institutions and fiscal performance. Chicago; London: The University of Chicago Press, 1999. 388 p. Ch. 4, p. 81-102.

LEIBFRITZ, W.; ROSEVEARE, D.; van den NOORD, P. Fiscal policy, government debt and economic performance. OECE/GD(94)51 (WorkingPapers, 144). 1994.

MILESI-FERRETTI, G. M.; SPOLAORE, E. How Cynical can an incumbent be? strategic policy in a model of government spending.Journal of Public Economics, v. 55,p.121-140, 1994.

NOVAES, D.; ROSENBLAT, D. A note on regional voting power and budget allocation in the brazilian Congress. Revista Brasileira de economia, Rio de Janeiro,v. 45, n. 2, p.313-325, Abr./Jun. 1991.

PERSSON, T.; SVENSSON, L. E. Why a stubborn conservative could run a deficit: policy with time-inconsistent preferences. The Quarterly Journal of Economics, May 1989.

POTERBA, J. State responses to fiscal crises: the effects of budgetary institutions and politics. Journal of Political Economy, v. 102, n. 4, 1994.

RICH, M. J. Distributive politics and the allocation of federal grants. American Political Science Review, v. 83, n. 1, p. 193-213, Mar. 1989.

RIO GRANDE DO SUL. Assembléia Legislativa do Estado. Anais da Assembléia. Porto Alegre. Diversos Volumes. 1964-98.

___. Assembléia Legislativa do Estado. Diário da Assembléia. Porto Alegre. Diversos Volumes. 1964-98.

___. Gabinete de Orçamento e Finanças. vol. XXIX,1980.

___. Gabinete de Orçamento e Finanças. vol. XXXII, 1983.

___. Gabinete de Orçamento e Finanças. vol. XXXIX, 1990.

___. Gabinete de Orçamento e Finanças. vol. XLVII, 1998.

___.Secretaria da Fazenda/CAGE. Demonstrativo comparativo da despesa empenhada com a liquidada, por órgão, por função. 1998,1990,1994,1993,1991,1999.

___. Secretaria da Fazenda/CAGE. Demonstrativo comparativo da despesa fixada com a empenhada. 1991-95,1996,1999.

___. Secretaria da Fazenda/CAGE. Demonstrativo da despesa empenhada. 1988-91,1992-99.

___. Secretaria da Fazenda/CAGE. Demonstrativo da despesa empenhada com a liquidada, por órgão, por função. 1995,1996,1997.

___. Secretaria da Fazenda/CAGE. Demonstrativo da despesa. Despesa Geral Realizada, por Categorias Econômicas e Elementos. Administração Direta.1970/1997.

___. Secretaria da Fazenda/CAGE. Demonstrativo da despesa. Balanços Gerais do Estado. vol. XXII, 1971-72.

___. Secretaria da Fazenda/CAGE. Demonstrativo comparativo da receita orçada com a arrecadada.1994,1995,1996,1997,1998,1999.

___. Secretaria da Fazenda/CAGE. Demonstrativo da receita arrecadada. 1986-87,1988,1989,1990,1991,1992,1993,1994,1995,1996,997.

ROGOFF,K. Equilibrium political budget cycles. The American Economic Review, v. 80, n. 1, Mar. 1990.

SANGUINETTI, P.; TOMMASI, M. Los determinantes económicos e institucionales de los déficits en los pressupuestos provinciales: Argentina 1983-1996. Banco Interamericano de Desarrollo (BID). Mar. 1997. (Mimeo.)

VELASCO, A. A model of endogenous fiscal deficits and delayed fiscal reforms. Disponível em: Abr. 1997. http://www.nber.org/papers/w6336. 1995.

Von HAGEN, J. A note on the empirical effectiveness of formal fiscal restraints. Journal of Public Economics, v. 44, p. 199-210, 1991.

WEINGAST, B. R.; SHEPSLE, K. A.; JOHANSEN, C. The political economy of benefits and costs: a neoclassical approach to distributive politics. Journal of Political Economy, v. 89, n.41, 1991.

Downloads

Publicado

2007-06-01

Como Citar

Veloso, G. de O., & Hilbrecht, R. O. (2007). Determinantes econômicos, políticos e institucionais da política fiscal do estado do Rio Grande do Sul entre 1964 e 1998. Economia E Desenvolvimento, (19). https://doi.org/10.5902/141465093478

Edição

Seção

Artigos