Programas de intervenção precoce: caracterização de instituições e profissionais
DOI:
https://doi.org/10.5902/1984686X26414Palabras clave:
Intervenção Precoce (Educação), Educação especial, Relações InterprofissionaisResumen
RESUMO: Os termos intervenção precoce, estimulação precoce e estimulação essencial vêm sendo historicamente discutidos e, apesar de semelhantes, refletem em práticas de atuação distintas. Com relação aos programas de intervenção precoce (IP), estes visam proporcionar acompanhamento não só às crianças com alterações no desenvolvimento, mas também a família e ao contexto em que elas estão inseridas. Neste sentido, pretendeu-se com este estudo caracterizar as instituições que prestam serviços de IP na cidade de Curitiba-PR e os profissionais atuantes nestes serviços. A amostra constituiu-se de 19 representantes institucionais e 142 profissionais. Predominaram as instituições do 3º setor, que atuam na área da educação que contam com equipe multidisciplinar. Quanto à população atendida prevaleceu a clientela com múltiplas deficiências e deficiência intelectual. Em relação aos profissionais prevaleceram professores com especialização que atuam há mais de 10 anos na IP e as equipes foram classificadas majoritariamente como multidisciplinar. A partir dos resultados concluiu-se que a prevalência de instituições do terceiro setor e da área da educação podem estar atreladas a aspectos históricos como assistencialismo e políticas nacionais de educação. A interdisciplinaridade entre setores da saúde e da educação ainda se constitui como um desafio conceitual, metodológico e prático, sendo necessária maior disseminação e compreensão sobre suas diretrizes e funcionamento. Conhecer a caracterização de instituições e seus profissionais é fundamental para compreender os desafios que se colocam ao atendimento da clientela em questão, sendo necessária a ampliação desses serviços de maneira geral e do acesso aos mesmos.
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