Avatar professor da in/exclusão. Autogoverno, autogestão e discursos de ódio
DOI:
https://doi.org/10.5902/1984686X71318Palavras-chave:
In/Exclusão, Conservadurismo, Práticas DocentesResumo
As práticas de inclusão, há décadas, são produzidas na tensão da in/exclusão. Este artigo apresenta, com base nos resultados de uma pesquisa qualitativa em escolas de educação especial da Região Metropolitana de Buenos Aires, uma análise dos processos de inclusão de alunos com deficiência. O objetivo deste estudo, por meio de entrevistas em profundidade e observações participantes na escola, é compreender as formas que a in/exclusão adquire no presente. Temos como hipótese que as práticas pedagógicas de apoio à inclusão em contextos de pobreza urbana são produzidas na figura de um "Avatar". Propomos essa figura como a forma pela qual os professores são chamados a lidar com os sempre outros que se tornaram sujeitos e objetos de inclusão. Uma analogia digital (não humana) em que um sujeito (humano) deve garantir o direito à educação ao mesmo tempo em que se torna parte fundamental do enfraquecimento das democracias. Como resultante, assim, os múltiplos in/excluídos são constituídos pelo enfraquecimento das democracias que convoca a revisitar a questão dos outros corpos, quais se assumem mais mortíferos do que outros. Concluímos que, enquanto a inclusão repousa na capacidade de autogestão dos sujeitos e instituições que resulta em in/exclusão, é justamente na sua impossibilidade que se baseiam os discursos de ódio e as reivindicações de segurança típicas do conservadorismo deste século.
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