Produtividade de minicepas e enraizamento de miniestacas de clones de erva-mate (<i>Ilex paraguariensis</i> A. St.-Hil.)
DOI:
https://doi.org/10.5902/1980509827009Palavras-chave:
Ilex paraguariensis, Minijardim clonal, Épocas do ano, Ácido indolbutíricoResumo
O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de épocas do ano e de clones na produtividade das minicepas e no enraizamento de miniestacas de erva-mate (Ilex paraguariensis A. St. - Hil.) tratadas ou não com ácido indolbutírico (AIB). Com esta finalidade, nas quatro épocas do ano realizou-se a coleta de brotos das minicepas de quatro clones de erva-mate, sendo que em cada coleta foi avaliada a porcentagem de sobrevivência das minicepas e o número de miniestacas. Posteriormente, os brotos foram seccionados em miniestacas de gema única, as quais foram ou não tratadas com 2000 mg L-1 de AIB. Aos 30 e 60 dias foram avaliadas as porcentagens de sobrevivência, enraizamento e calogênese, número e comprimento das raízes. As minicepas dos quatro clones de erva-mate apresentaram alta sobrevivência, além de produção constante de miniestacas dos clones 06SM17, 06SM12 e 06SM15 durante as quatro épocas do ano. O tratamento com AIB não incrementou no enraizamento das miniestacas de erva-mate. O processo rizogênico das miniestacas variou conforme o genótipo e a sazonalidade. O clone 06SM15 apresentou a maior capacidade rizogênica nas quatro épocas do ano. As melhores porcentagens de enraizamento foram verificadas nas épocas do outono e/ou inverno para os quatro genótipos avaliados.
Downloads
Referências
ALFENAS, A. C. et al. Clonagem e doenças do eucalipto. Viçosa: Editora UFV, 2009. 500 p.
BANDINELLI, M. G. et al. Concentração dos sais e da sacarose do meio MS na multiplicação in vitro e na aclimatização de batata. Horticultura Brasileira, Brasília, v. 31, n. 2, p. 242-247, 2013.
BITENCOURT, J. et al. Enraizamento de estacas de erva-mate (Ilex paraguariensis A. St.-Hill.) provenientes de brotações rejuvenescidas. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, Botucatu, v. 11, n. 3, p. 277-281, 2009.
BORGES, S. R. et al. Enraizamento de miniestacas de clones híbridos de Eucalyptus globulus. Revista Árvore, Viçosa, v. 35, n. 3, p. 425-434, 2011.
BRONDANI, G. E. et al. Ácido indolbutírico em gel para o enraizamento de miniestacas de Eucalyptus benthamii Maiden & Cambage x Eucalyptus dunnii Maiden. Scientia Agraria, Curitiba, v. 9, n. 2, p. 153-158, 2008.
BRONDANI, G. E. et al. Dynamics of adventitious rooting in mini-cuttings of Eucalyptus benthamii x Eucalyptus dunnii. Acta Scientiarum Agronomy, Maringá, v. 34, n. 2, p. 169-178, 2012.
CARDOZO JUNIOR, E. L.; MORAND, C. Interest of mate (Ilex paraguariensis A. St.- Hil.) as a new natural functional food to preserve human cardiovascular health – A review. Journal of Functional Foods, Canadá, v. 21, p. 440-454, 2016.
CUNHA, A. C. M. C. M. et al. Relação do estado nutricional de minicepas com o enraizamento de miniestacas de eucalipto. Revista Brasileira de Ciência do Solo, Viçosa, MG, v. 33, p. 591-599, 2009.
FERRIANI, A. P.; ZUFFELLATO-RIBAS, K. C.; WENDLING, I. Miniestaquia aplicada a espécies florestais. Revista Agro@mbiente On-line, Boa Vista, v. 4, n. 2, p. 102-109, 2010.
FOWLER, J. A. P.; STURION, J. A. Aspectos da formação do fruto e da semente na germinação da erva-mate. Colombo: Embrapa Florestas, 2000. 5 p.
GREENWOOD, M. S.; DAY, M.; SCHATZ, J. Separating the effects of tree size and meristem maturation on shoot development of grafted scions of red spruce (Picea rubens Sarg.). Tree Physiology, Canadá, v. 30, p. 459-468, 2010.
HAISSIG, B. E. Meristematic activity during adventitious root primordium development influences of endogenous auxin and applied gibberellic acid. Plant Physiology, Rockville, v. 49, p. 886-892, 1972.
HARTMANN, H. T. et al. Plant propagacion: principles and practices. New Jersey: Prentice Hall, 2011. 915 p.
HORBACH, M. A. et al. Micropropagação de plântulas de erva-mate obtidas de embriões zigóticos. Revista Ciência Rural, Santa Maria, v. 41, n. 1, p. 113-119, 2011.
KRATZ, D. et al. Produção de mudas de erva-mate por miniestaquia em substratos renováveis. Revista Floresta, Curitiba, v. 45, n. 3, p. 609-616, 2015.
MARENCO, R. A.; GONÇALVES, J. F. C.; VIEIRA, G. Leaf gas exchange and carbohydrates in tropical trees differing in successional status in two light environments in central Amazonia. Tree Physiology, Canadá, v. 21, p. 1311-1318, 2001.
MARENCO, R. A.; LOPES, N. F. Fisiologia vegetal: fotossíntese, respiração, relações hídricas e nutrição mineral. Viçosa: Editora UFV, 2005. 451 p.
MARQUES, T. C. L. L. S. M. et al. Crescimento inicial do Paricá (Schizolobium amazonicum) sob omissão de nutrientes e de sódio em solução nutritiva. Cerne, Lavras, v. 10, n. 2, p. 184-195, 2004.
MIFLIN, B. J.; LEA, P. J. The pathway of nitrogen assimilation in plants. Phytochemistry, New York, v.15, p. 873-885, 1976.
NAGAOKA, R. E. et al. Efeito do AIB no desenvolvimento de mudas clonais em genótipos de erva-mate. Enciclopédia Biosfera, Goiânia, v. 9, n. 17, p. 1182-1191, 2013.
OLIVEIRA, Y. et al. Substratos, concentrações de ácido indolbutírico e tipos de miniestacas no enraizamento de melaleuca (Melaleuca alternifolia Cheel). Revista Brasileira de Plantas Medicinais, Botucatu, v. 14, n. 4, p. 611-616, 2012a.
OLIVEIRA, R. J. P. et al. Teores de carboidratos em estacas lenhosas de mirtileiro. Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal, v. 34, n. 4, p. 1199-1207, 2012b.
ONO, E. O. et al. Enraizamento de estacas de Platanus acerifolia, tratadas com auxinas. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v. 29, n. 9, p. 1373-1380, 1994.
ROSA, L. S. et al. Efeito da dose de nitrogênio e de formulações de substratos na miniestaquia de Eucalyptus dunnii Maiden. Revista Árvore, Viçosa, v. 33, n. 6, p. 1025-1035, 2009.
SAMBIASSI, C.; ESCALADA, A. M.; SCHMALKO, M. E. Extration optimization of soluble compounds of yerba maté. Brazilian Archives of Biology and Technology, Curitiba, v. 45, n.2, p. 189-193, 2002.
SAND, H. A. Propagación agamica de la yerba mate (Ilex paraguariensis S. Hil.). Cerro Azul: INTA Estación Experimental Agropecuaria Misiones, 1989. 11 p.
SANSBERRO, P. et al. Plant regeneration of Ilex paraguariensis (Aquifoliaceae) by in vitro culture of nodal segments. Biocell, Mendoza, v. 24, n. 1, p. 53-63, 2000.
SANTIN, D. et al. Crescimento de mudas de erva-mate fertilizadas com N, P e K. Scientia Agraria, Curitiba, v. 9, n. 1, p. 59-66, 2008.
SCHRADER, S.; SAUTER, J. J. Seasonal changes of sucrose-phosphate synthase and sucrose synthase activities in poplar wood (Populus x Canadensis Moench "robusta") and their possible role in carbohydrate metabolism. Journal of Plant Physiology, Stuttgart, v.159, p.833-843, 2002.
SILVA, E. T. da; BICCA NETO, H.; FOLTRAN, B. N. Materiais de cobertura na produção de mudas de erva-mate (Ilex paraguariensis St. Hill). Scientia Agraria, Curitiba, v. 8, n. 1, p. 103-109, 2007.
SILVA, I. D.; FAQUIM, R.; CARVALHO, R. I. N. de. Calogênese em diferentes estacas de caquizeiro tratadas com frio e ácido indolbutírico. Scientia Agraria, Curitiba, v. 7, n. 1-2, p. 113-118, 2006.
TITON, M. et al.Eficiência das minicepas e microcepas na produção de propágulos de clones de Eucalyptus grandis. Revista Árvore, Viçosa, v. 27, n. 5, p. 619-625, 2003.
WENDLING, I.; XAVIER, A. Gradiente de maturação e rejuvenescimento aplicado em espécies florestais. Revista Floresta e Ambiente, Seropédica, v. 8, n. 1, p. 187-194, 2001.
WENDLING, I.; DUTRA, L. F.; GROSSI, F. Produção e sobrevivência de miniestacas e minicepas de erva-mate cultivadas em sistema semi-hidropônico. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v. 42, n. 2, p. 289-292, 2007.
WENDLING, I.; TRUEMAN, S. J.; XAVIER, A. Maturation and related aspects in clonal forestry-part II: reinvigoration, rejuvenation and juvenility maintenance. New Forests, [s.l.], v. 45, p. 473-486, 2014.
WENDLING, I.; SANTIN, D. Propagação e nutrição de erva-mate. Brasília: Embrapa, 2015. 195 p.
XAVIER, A. et al. Propagação vegetativa de cedro-rosa por miniestaquia. Revista Árvore, Viçosa, v. 27, n. 2, p. 139-143, 2003.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
A CIÊNCIA FLORESTAL se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da lingua, respeitando, porém, o estilo dos autores.
As provas finais serão enviadas as autoras e aos autores.
Os trabalhos publicados passam a ser propriedade da revista CIÊNCIA FLORESTAL, sendo permitida a reprodução parcial ou total dos trabalhos, desde que a fonte original seja citada.
As opiniões emitidas pelos autores dos trabalhos são de sua exclusiva responsabilidade.