Fisiologia, sanidade e controle de fitopatógenos em sementes florestais da Reserva Extrativista Quilombo do Frechal em Mirinzal - MA
DOI:
https://doi.org/10.5902/1980509864510Parole chiave:
Controle biológico, Bacillus methylotrophicus, Azadirachta indicaAbstract
O objetivo deste trabalho foi traçar o perfil fisiológico, sanitário e o controle de fitopatógenos em quatro espécies de sementes florestais. Antes dos testes, as sementes de juçara (Euterpe oleracea Mart.), jenipapo (Genipa americana L.), urucum (Bixa orellana L.) e cuia (Crescentia cujete L.) foram desinfestadas com álcool 70%, hipoclorito de sódio a 5% e água destilada. Os testes de germinação, emergência e sanidade foram realizados conforme a RAS. No manejo alternativo, foram testados o isolado de Bacillus methylotrophicus e o óleo de nim, sendo realizado por meio de dois experimentos independentes em delineamento inteiramente casualizado (DIC), com quatro tratamentos e oito repetições. O experimento “um” foi realizado através da microbiolização das sementes com B. methylotrophicus e, no experimento “dois”, as sementes foram pulverizadas com óleo de nim a 15% com auxílio de pulverizador manual. As sementes de juçara, jenipapo, urucum e cuia obtiveram 9,0; 67,00; 17,50 e 63,5% de germinação; 0,5; 7,00; 0,5 e 63;5% de emergência; 22,81; 12,15; 15,66 e 8,73% de teor de água, respectivamente. Os fungos fitopatogênicos de maior incidência foram Penicillium sp., Aspergillus sp., Fusarium sp., nas sementes florestais de cuia, jenipapo, juçara e urucum, respectivamente. As sementes tratadas com óleo de nim e as microbiolizadas com B. methylotrophicus obtiveram controle significativo para Aspergillus sp.; Penicillium sp., em sementes de jenipapo; Lasiodiplodia sp. e Fusarium sp. em sementes de urucum. Portanto, o uso de B. methylotrophicus e óleo de nim pode ser considerado alternativa viável na redução de patógenos de sementes florestais.
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