INFLUÊNCIA DAS DIMENSÕES DOS CORPOS DE PROVA E DA VELOCIDADE DE ENSAIO NA RESISTÊNCIA À FLEXÃO ESTÁTICA DE TRÊS ESPÉCIES DE MADEIRAS TROPICAIS

Autores

  • Julio Eustaquio de Melo
  • Mario Rabelo de Souza
  • Alexandre Florian da Costa

DOI:

https://doi.org/10.5902/1980509818461

Palavras-chave:

propriedades mecânicas, velocidade de ensaios, dimensões de corpos de prova, resistência à flexão.

Resumo

http://dx.doi.org/10.5902/1980509818461

O presente trabalho teve como objetivo verificar a influência da combinação de três velocidades de ensaios e de cinco dimensões de corpos de prova na determinação da resistência à flexão estática de três espécies de madeiras de florestas naturais tropicais. Pretende-se fornecer subsídios para implementação de uma metodologia de ensaios que possibilite otimizar seus custos sem perda de precisão, qualidade e variabilidade nos resultados, considerando a inexistência de uma norma brasileira específica para caracterização físico-mecânica de espécies de madeira. As referências de dimensões e velocidades foram selecionadas com base na Comisión Panamericana de Normas Técnicas (COPANT 555/73). As normas COPANT estabelecem procedimentos para determinação das propriedades físicas e mecânicas de espécies de madeiras com pequenos corpos de prova isentos de defeitos. Tradicionalmente, ensaios para pequenas variações de velocidades e dimensões nos corpos de prova foram pouco abordados, possivelmente pela falta de interesse em alterar metodologias já consagradas. A metodologia utilizada envolveu ensaios de flexão estática com teor de umidade a 12%, cinco dimensões de corpos de prova e três velocidades de ensaios. Foram caracterizadas as espécies: cumaru (Dipterix odorata), jequitibá (Allantoma lineata) e quaruba (Vochyisia guianensis). Os resultados mostraram que a resistência à flexão é significativamente aumentada com a redução da dimensão do corpo de prova, mas não é influenciada pela velocidade de teste para todas as espécies estudadas. Concluindo, para se manter a compatibilidade com os resultados de caracterização já publicados utilizando-se essa norma não é recomendado alterar o tamanho do corpo de prova atual, mas a velocidade de teste poderá ser aumentada dentro dos limites estudados.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

AMERICAN INSTITUTE OF TIMBER CONSTRUCTION - AITC. Volume Factor for Structural Glue Laminated Timber. AITC Technical Note 21. USA. 2005. 4 p.

AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS. ASTM D-143:2000. Standard Methods Testing: Small Clear Specimens of Timber. USA. 2000. 57 p.

COMISIÓN PANAMERICANA DE NORMAS TÉCNICAS. COPANT 555: 1973. Método de Ensayo de Flexión Estática. Buenos Aires. 1973. 10 p.

GERHARDS, C. C. Effect of Duration and Rate of Loading on Strength of Wood and Wood-based Materials. Forest Product Laboratory, Forest Service. U. S. Department of Agriculture. FPL 283. Madison, Wis. 1977. 24 p.

INSTITUTO BRASILEIRO DE DESENVOLVIMENTO FLORESTAL – IBDF. Madeiras da Amazônia: Características e Utilização. Brasília: CNPq., 1981. 113p. v. 1

INSTITUTO BRASILEIRO DE DESENVOLVIMENTO FLORESTAL – IBDF. Madeiras da Amazônia: Características e Utilização. Brasília, 1988. 236 p. v. 2.

INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS - IBAMA. Madeiras da Amazônia: Características e Utilização. Amazônia Oriental. Brasília, 1997. 140 p. v. 3.

LARSEN, H. J. Properties Affecting Reliability Design of Timber Structure. COST E24 – Seminar on Reliability of Timber Structures. Coimbra, Portugal. May 2001. 26 p.

MADSEN, B. Structural Behaviour of Timber. Canada: Timber Engineering Ltda., 1992. 437 p.

THELANDERSSON, S.; LARSEN, H. J. Timber Engineering. London: Ed. Wiley & Sons. 2003. 20 p.

FOREST PRODUCTS LABORATORY. Wood handbook—Wood as an engineering material. Madison: WI: U.S. Department of Agriculture, Forest Service, Forest Products Laboratory, 2002. 463 p.

WOOD, L. W. Relation of Strength of Wood to Duration of Load. Forest Products Laboratory.Forest Service.Department of Agriculture. USA. 1951. 10 p.

Downloads

Publicado

16-06-2015

Como Citar

Melo, J. E. de, Souza, M. R. de, & Costa, A. F. da. (2015). INFLUÊNCIA DAS DIMENSÕES DOS CORPOS DE PROVA E DA VELOCIDADE DE ENSAIO NA RESISTÊNCIA À FLEXÃO ESTÁTICA DE TRÊS ESPÉCIES DE MADEIRAS TROPICAIS. Ciência Florestal, 25(2), 415–424. https://doi.org/10.5902/1980509818461

Edição

Seção

Artigos

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)