Comportamento do fogo em espécies nativas da Caatinga na região geográfica imediata de Patos-PB
DOI :
https://doi.org/10.5902/1980509873573Mots-clés :
Inflamabilidade da vegetação, Material combustível florestal, Florestas secasRésumé
O uso do fogo de forma controlada pode fornecer resultados positivos, no entanto, o fogo pode se propagar de forma descontrolada na área, provocando danos nos mais diversos aspectos. O objetivo da pesquisa consistiu em avaliar as características de queima de espécies encontradas na região geográfica imediata de Patos/PB quando submetidas à ação do fogo. Foram avaliadas dez espécies em três repetições, que consistiam no material combustível de espécies encontradas na Caatinga. Esses materiais foram coletados em sacos de náilon de 60 kg e secos ao ar para posterior queima. Avaliaram -se a altura e temperatura das chamas; tempo e frequência de ignição; velocidade de propagação; duração da queima; intensidade do fogo e teor de cinzas. Na velocidade de propagação das chamas identificou-se superioridade da Aristida adscensionis com 0,0335 m s-1, assim como na intensidade do fogo, em que seus 402,43 kcal m-1 s-1 foram responsáveis pela classificação em muito alta severidade. A máxima duração da queima foi encontrada na Anadenanthera colubrina, com 24 min. A Mimosa tenuiflora obteve o menor teor de cinzas, o que é favorável para seu potencial energético. A Cnidoscolus quercifolius é uma espécie de baixa inflamabilidade, tendo em vista a dificuldade de entrar em ignição. Locais com presença abundante de Aristida adscensionis devem ser monitorados frequentemente para o risco de ocorrência de incêndios, principalmente em épocas que condições como a elevada temperatura do ar e baixa umidade favorecem à ocorrência do fogo.
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