Doses de fósforo determinam a prevalência de fungos micorrízicos arbusculares em <i>Araucaria angustifolia</i>
DOI:
https://doi.org/10.5902/198050987562Palabras clave:
FMA, diversidade, densidade de esporos, pinheiro brasileiroResumen
http://dx.doi.org/10.5902/198050987562Com o objetivo de avaliar o efeito de doses crescentes de fósforo sobre a diversidade, esporulação e colonização de fungos micorrízicos arbusculares (FMA) nativos de florestas de Araucaria angustifolia, foi conduzido um experimento em casa de vegetação, utilizando a araucária como planta-isca. O experimento foi montado em delineamento inteiramente casualizado, com cinco repetições, compreendendo quatro doses de fósforo (0, 20, 50 e 150 mg kg-1) de substrato na forma de KH2PO4. As plântulas de araucária, inoculadas com 100 g de solo rizosférico, proveniente de mata nativa, foram cultivadas em vasos contendo 10 kg de solo, pelo período de um ano. Após a colheita, determinou-se a densidade de esporos, a taxa de colonização micorrízica e a diversidade de FMA, através da identificação morfológica dos esporos. Os dados foram submetidos à análise univariada e análise de correspondência (AC). Considerando as quatro doses de P, foram identificadas 11 espécies de FMA (Acaulospora bireticulata, Acaulospora morrowiae, Acaulospora sp., Entrophospora colombiana, Gigaspora margarita, Glomus diaphanum, Glomus etunicatum, Glomus macrocarpum, Scutellospora calospora, Scutellospora gilmorei e Scutellospora pellucida). Não houve efeito significativo da dose de P sobre o número de esporos e a colonização radicular. A AC demonstrou que houve efeito da dose de P sobre a abundância de esporulação de cada espécie, sendo que alguns FMA se associaram mais com determinada dose de P, e outros com outra.
Descargas
Citas
BEVER, J. D. et al. Arbuscular mycorrhizal fungi: more diverse than meets the eye, and the ecological tale of why. Bioscience, v. 51, p. 923-931, 2001.
DE MIRANDA, J. C. C.; HARRIS, P. J. The effect of soil phosphorus on the external mycelium growth of arbuscular mycorrhizal fungi during the early stages of mycorrhizal formation. Plant and Soil, v. 166, p. 271-280, 1994.
DOUDS, D. D.; MILLNER, P. Biodiversity of arbuscular mycorrhizal fungi in agroecosystems. Agriculture, Ecosystems & Environment, v.74, p.77-93, 1999.
EZETA, F. N.; SANTOS, O. M. Benefício da introdução de endomicorriza eficiente na utilização de nutrientes em latossolos do sul da Bahia, Revista Brasileira de Ciência do Solo, v. 4, p. 13-17, 1980.
GIOVANNETTI, M.; MOSSE, B. An evaluation of techniques for measuring vesicular arbuscular mycorrhizal infection in roots. New Phytologist, v. 84, p.489-500, 1980.
GRAHAM, J. H et al. Development of external hyphae by different isolates of mycorrhizal Glomus spp. in relation to root colonisation and growth of Troyer citrange. New Phytologist, v. 91, p.183-189, 1982.
HOAGLAND, D. R.; ARANON, D. I. The water-culture method for growing plants without soil. California Agricultural Experimental Station. 1938.
INVAM (2004) International Culture Collection of Vesicular and Arbuscular Mycorrhizal Fungi. Species Description. Morgantown, West Virginia Agriculture and Forestry Experimental Station. Home page. [http: invam.caf.wvu.edu]
KAHILUOTO, H. et al. Promotion of AMF utilization through reduced P fertilization 2. Field studies. Plant and Soil, v. 231, p. 65-79, 2001.
MOREIRA, M. et al. Arbuscular mycorrhizal fungal communities in native and in replanted Araucaria forest: a case study. Scientia Agricola, v. 66, p. 677-684, 2009.
MOREIRA, M. et al. Spore density and root colonization by arbuscular mycorrhizal fungi in preserved or disturbed Araucaria angustifolia (Bert.) O. Ktze. ecosystems. Scientia Agrícola, v. 63, p. 380-385, 2006.
MOREIRA, M. et al. Sporulation and diversity of arbuscular mycorrhizal fungi in Brazil Pine in the field and in the greenhouse. Mycorrhiza, v. 17, p. 519-526, 2007b.
MOREIRA. M. et al. Biodiversity and distribution of arbuscular mycorrhizal fungi in Araucaria angustifolia forest. Scientia Agrícola, v. 64, p. 393-399, 2007a.
MOREIRA-SOUZA, M. et al. Arbuscular mycorrhizal fungi associated with Araucaria angustifolia (Bert.) O. Ktze. Mycorrhiza, v.13, p. 211-215, 2003.
MOREIRA-SOUZA, M.; CARDOSO, E. J. B. N. Dependência micorrízica de Araucaria angustifolia (Bert.) O. Ktze. sob doses de fósforo. Revista Brasileira de Ciência do Solo, v. 26, p. 905-912, 2002.
MOREIRA-SOUZA, M.; CARDOSO, E. J. B. N. Practical method for germination of Araucaria angustifolia (Bert.) O. Ktze. seeds. Scientia Agrícola, v. 60, p. 389-391, 2003.
MORTON, J. B. et al. Germplasm in the international Collection of Arbuscular and Vesicular Arbuscular Mycorrhizal Fungi (INVAM) and procedures for culture development, documentation and storage. Mycotaxon, v. 48, p.491-528, 1993.
NEUMANN, E.; GEORGE, E. Colonisation with the arbuscular mycorrhizal fungus Glomus mosseae (Nicol. & Gerd.) enhanced phosphorus uptake from dry soil in Sorghum bicolor (L.). Plant and Soil, v. 261, p. 245-255, 2004.
PICONE, C. Diversity and abundance of arbuscular-mycorrhizal fungus spores in tropical forest and pasture. Biotropica, v. 32, p. 734-750, 2000.
ROSS, J. P.; HARPER, J. A. Effect of endogone mycorrhiza on soybean yields. Phytopathology, v.60, n. 1, p. 552-556, 1970.
SAS Institute. SAS/STAT. Release 6.2. Cary: SAS Institute Inc., 1996.
SCHENCK, N. C.; PÉREZ, Y. Manual for the identification of VA mycorrhizal fungi, 3rd ed. Gainesville: Synergistic, 1990.
SCHENCK, N. C.; SMITH, G. S Responses of six species of vesicular-arbuscular mycorrhizal fungi and their effects on soybean at four soil temperatures, New Phytologist, v. 92, n. 2, p.193-201, 1992.
SCHÜβLER, A. et al. Analysis of partial Glomales SSU rRNA gene sequence: implications for primer design and phylogeny. Mycology Research, v.105, p. 05-15, 2001.
SIEVERDING, E. Vesicular arbuscular mycorrhiza management in tropical agrosystems. Eschborn, Germany: GTZ, 1991. 371 p.
SILVEIRA, A. P. D. Ecologia de fungos micorrízicos arbusculares. In: MELO, J. L. (ed). Ecologia microbiana. Jaguariúna: Embrapa, 1998. p. 61-83.
SIQUEIRA, J. O. et al. Mycorrhizal colonization and mycotrophic growth of native woody species as related to successional groups in southeastern Brazil. Forest Ecology and Management, v. 107, p. 241-252, 1998.
STUTZ, J. C.; MORTON, J. B. Successive pot cultures reveal high species richness of arbuscular endomycorrhizal fungi in arid ecosystems, Canadian Journal Botany, v. 74, p. 1883-1889, 1996.
SUBRAMANIAN, K. S. et al. Response of field grown tomato plants to arbuscular mycorrhizal fungal colonization under varying intensities of drought stress. Scientia Horticulturae, v. 107, p. 245-253, 2006.
TCHABI, A. et al. Arbuscular mycorrhizal fungal communities in sub-Saharan savannas of Benin, West Africa, as affected by agricultural land use intensity and ecological zone. Mycorrhiza, v. 18, p. 181-195, 2008.
ter BRAAK, C. J. F. Canonical correspondence analysis: a new eigenvector technique for multivariate direct gradient analysis. Ecology, v. 67, p. 1167-1179, 1986.
ter BRAAK, C. J. F.; SMILAUER, P. CANOCO Reference Manual and User’s Guide to Canoco for Windows: software for canonical community ordination (version 4). New York: Microcomputer Power. 1998.
THOMSON, B. D. et al. The effect of long-term applications of phosphorus fertilizer on populations of vesicular-arbuscular mycorrhizal fungi in pastures. Australian Journal of Agriculture Research, v. 43, p. 1131-1142, 1992.
TRUFEM, S. F. B. Aspectos ecológicos de fungos micorrízicos vesículo-arbusculares da mata tropical úmida da Ilha do Cardoso, SP, Brasil. Acta Botanica Brasilica, v. 4, n. 2, p. 31-45, 1990.
VIERHEILIG, H. et al. Ink and vinegar, a simple staining technique for arbuscular-mycorrhizal fungi. Applied and Environmental Microbiology, v. 64, p. 5004-5007, 1998.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
A CIÊNCIA FLORESTAL se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da lingua, respeitando, porém, o estilo dos autores.
As provas finais serão enviadas as autoras e aos autores.
Os trabalhos publicados passam a ser propriedade da revista CIÊNCIA FLORESTAL, sendo permitida a reprodução parcial ou total dos trabalhos, desde que a fonte original seja citada.
As opiniões emitidas pelos autores dos trabalhos são de sua exclusiva responsabilidade.