Avaliação de um método de análise silvigênica em uma Floresta Estacional Semidecidual

Autores

  • Rejane Tavares Botrel UFSM - Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS, Brasil
  • Kikyo Yamamoto
  • Ricardo Ribeiro Rodrigues

DOI:

https://doi.org/10.5902/198050989284

Palavras-chave:

silvigênese, caracterização sucessional, mosaico silvigênico, Estação Ecológica de Caetetus

Resumo

http://dx.doi.org/10.5902/198050989284

Visando contribuir para a interpretação biológica de mosaicos silvigênicos obtidos pelo método de interceptação de linhas para inventariar árvores de dossel, este foi aplicado numa área de 5,12 ha de uma Floresta Estacional Semidecidual na Estação Ecológica de Caetetus (Gália, São Paulo). Análises estatísticas (Qui-quadrado e resíduos ajustados) foram aplicadas para verificar se categorias de ecounidades estão associadas à composição florística e/ou aos grupos sucessionais de espécies. O predomínio de ecounidades em equilíbrio 2A (composta por árvores do presente) combinado à baixa frequência de ecounidades em reorganização (clareiras) ou em desenvolvimento indicou que a floresta estudada se encontra em fase madura e é pouco perturbada. Foram encontradas algumas associações coerentes entre espécies pioneiras e secundárias iniciais com ecounidades formadas por árvores que possuem arquiteturas que permitem maior entrada de luz. Considerando os parâmetros ecofisiológicos usados para distinguir grupos sucessionais de espécies, muitas associações incoerentes foram encontradas entre espécies secundárias tardias e categorias de ecounidades que, presumidamente, representam fases iniciais da silvigênese. Esse tipo de resultado sugere que o método de análise silvigênico estudado não é adequado para descrever as fases de regeneração da floresta.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ALBUQUERQUE, G. B. de ; RODRIGUES, R. R. A vegetação do Morro de Araçoiaba, Floresta Nacional de Ipanema, Iperó (SP). Scientia Forestalis (IPEF), Piracicaba, v. 58, p. 145-159, 2000.

BAK, P.; CHEN, K. Self-organized criticality. Scientific American January, 1991. p.26-33.

BOTREL, R. T. Análise silvigênica em floresta estacional semidecídua e em cerradão no estado de São Paulo. 2007. 106 f. Tese (Doutorado em Biologia Vegetal) - Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2007.

CERSÓSIMO, L. F. Variações espaciais e temporais no estabelecimento de plântulas em floresta secundária em São Paulo, SP. 1993. 98 f. Dissertação (Mestrado) - Universidade de São Paulo, São Paulo, 1993.

CESTARO, L. A. Estudo microclimático do interior de uma mata de araucária na Estação Ecológica de Aracuri, Esmeralda, RS. Revista Árvore, v. 12, p. 41-57, 1988.

DENSLOW, J. S. et al. Growth responses of tropical shrubs to treefall gap environments. Ecology, v. 71, p. 165-179, 1990.

DENSLOW, J. S. Gaps partioning among tropical rainforest trees. Biotropica, v. 12, p. 47-55, 1980.

ENGEL, V. L. Silvigênese, dinâmica de fragmentos e a conservação de florestas tropicais. Série técnica florestal, Botucatu v. 1, p.1-21, 1993.

ENGEL, V. L.; PRADO, P. I. K. L. Aspectos da silvigênese de uma Mata Pluvial Atlântica em Linhares, ES In: CONGRESSO NACIONAL SOBRE ESSÊNCIAS NATIVAS, 2., São Paulo. Anais…. Instituto Florestal: São Paulo, v. 4, p. 163-168, 1992.

FURTADO, A. G. Estrutura de uma população de Esenbeckia leiocarpa Engl. (Rutaceae) numa floresta estacional semidecídua no Sudeste do Brasil. 2005. Dissertação (Mestrado em Biologia Vegetal), Universidade Estadual de Campinas, Campinas 2005.

GANDOLFI, S. História natural de uma floresta estacional semidecidual no município de Campinas, SP, Brasil. 2000. 520 f. Tese (Doutorado em Biologia Vegetal) - Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2000.

HALLÉ ,F.; OLDEMAN, R. A. A.; TOMLINSON, P. B. Tropical Trees and forests: an architectural analysis. Berlim: Springer-Verlag. 1978.

HARTSHORN, G. S. Neotropical rainforest dynamics. Biotropica, v.12, p. 23-30, 1980.

HERNANDES, J. L.; PEDRO JUNIOR, M. J.; BARDIN, L. Variação estacional da radiação solar em ambiente externo e no interior de floresta semidecídua. Revista Árvore, v. 28, p. 167-172, 2004.

LESCURE, J. P. An architectural study of the vegetation's regeneration in French Guiana. Vegetatio, v. 37, p. 53-60, 1978.

MYERS, N. Florestas Tropicais e Suas Espécies, Sumindo, sumindo...? In: Biodiversidade (E.O Wilson, eds.). Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997. p.36-45.

NASCIMENTO, H. E. M. et al. Estrutura e dinâmica de populações arbóreas de um fragmento de floresta estacional semidecidual na região de Piracicaba, SP. Revista Brasileira de Biologia, v. 59, p. 329-342, 1999.

OLDEMAN, R. A. A. Architeture an energy exchange of dicotyledonous trees in the forest. In: Tropical trees as living systems (P. B. Tomlinson & M. H. Zimmermann, eds). University Press Cambridge, p. 535-560. 1978.

OLIVEIRA, R. E. Aspectos da dinâmica de um fragmento florestal em Piracicaba-SP: silvigênese e ciclagem de nutrientes. 1997. 40 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Florestais) - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Piracicaba, 1997.

OLIVEIRA, R. J. Variação da composição florística e da diversidade alfa das florestas atlânticas no Estado de São Paulo. 2006. 138f. Tese (Doutorado em Biologia Vegetal) Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2006.

PÉLISSIER, R. Spatial heterogeneity and dynamics in a dense wet forest in the Western Ghats of India. Publications du département d'écologie (in French), 1997. 148 p.. v.37, (http://pelissier.free.fr/Abstract.html: acesso em dezembro de 2006).

PEREIRA, J. C. R. Análise de dados qualitativos. São Paulo: Edusp, 2001.

PROGRAMA DE GEOREFERENCIAMENTO TNTmips.versão 6.8 for Windows

PROGRAMA MICROSOFT EXCEL versão 2002 for Windows.

RODRIGUES, R. R. Diversidade, dinâmica e conservação em florestas do Estado de São Paulo: 40ha de parcelas permanentes. Piracicaba: LERF, ESALQ, USP, set. 2005. 3° Relatório Científico do processo FAPESP 1999/09635-0. Disponível em: <http://www.lerf.esalq.usp.br/parcelas/relatorio3.pdf>. Acesso em: dezembro 2006.

SALIS, S. M.; SHEPHERD, G. J; JOLY, C. A. Floristic comparision of mesophytic semideciduous forests of the interior of state of São Paulo, Southeast Brazil. Vegetatio, v. 119, p. 155-164, 1995.

SCHNITZER, S. A.; CARSON, W. P. Treefall gaps and maintenance of species diversity in a tropical forest. Ecology, v. 82, p. 913-919, 2001.

SOLÈ, R. V.; MARRUBIA, S. C. Are rainforests self organized in a critical state? Journal of Theoretical Biology, v. 173, p. 31-40, 1995.

TORQUEBIAU, E. F. Mosaic patterns in dipteriocarp rainforest in Indonesia and their implications for pratical forestry. Journal of Tropical Ecology, v. 2, p. 301-325, 1986.

ZAR, J. H.. Bioestatistical analysis. New Jersey, Prentice Hall. 1999, 663p.

Downloads

Publicado

28-06-2013

Como Citar

Botrel, R. T., Yamamoto, K., & Rodrigues, R. R. (2013). Avaliação de um método de análise silvigênica em uma Floresta Estacional Semidecidual. Ciência Florestal, 23(2), 391–402. https://doi.org/10.5902/198050989284

Edição

Seção

Artigos

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)