Crescimento de <i>Parapiptadenia rigida</i> inoculada com rizóbios e fungos micorrízicos arbusculares no viveiro e no campo
DOI:
https://doi.org/10.5902/1980509884193Palavras-chave:
Inoculação, Simbiose, Recuperação de áreas degradadas, Fabaceae, GlomeromycotaResumo
Parapiptadenia rigida é uma leguminosa arbórea fixadora de N, nativa da Mata Atlântica do Sul do Brasil, comumente usada na arborização urbana, restauração de matas ciliares e SAFs. Com objetivo de avaliar o crescimento de mudas de Parapiptadenia rigida inoculadas com rizóbios e fungos micorrízicos arbusculares (FMAs) em condições de viveiro e no campo, foi realizado um experimento com nove tratamentos, sendo as mudas inoculadas com: (a) estirpe BR 9004 (Paraburkholderia sp); (b) estirpe BR 3804 (Mesorhizobium plurifarium); (c) estirpe BR 827 (Ensifer fredii); (d) estirpe BR 9004+FMAs; (e) estirpe BR 3804+FMAs; (f) estirpe BR 827+FMAs; (g) Testemunha micorrizada (apenas inoculação de FMAs); (h) Testemunha nitrogenada (apenas com fertilização de nitrogênio); (i) Testemunha absoluta (sem inoculação e sem fertilização). Após 120 dias no viveiro as mudas foram avaliadas quanto à altura e circunferência do colo (CAC), e após 150 dias quanto à massa seca de raízes, da parte aérea e de nódulos, colonização micorrízica, contagem e identificação de esporos no substrato. Com 330 dias as mudas foram transplantadas no campo e monitoradas em relação ao crescimento em altura, CAC e sobrevivência até 420 dias após o plantio. Os tratamentos BR3804+FMAs e BR9004+FMAs se destacaram em crescimento e sobrevivência, respectivamente, e se relacionaram à ocorrência de esporos de Glomus sinuosum e Acaulospora scrobiculata na rizosfera das mudas.
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