Composição florística e estrutura de uma floresta urbana ao longo de um gradiente ambiental de borda-interior
DOI:
https://doi.org/10.5902/1980509874026Schlagworte:
Ecologia urbana, Grupos ecológicos, Síndrome de dispersão, DiversidadeAbstract
A interação entre o ambiente antrópico e a vegetação pode impactar a comunidade florestal de diversas formas, a depender da sua circunvizinhança. Desse modo, este trabalho teve como objetivo avaliar se existe variação na composição e estrutura da assembleia arbórea entre a borda e o interior da floresta circundada pela paisagem urbana. O estudo foi realizado na Unidade de Conservação Mata do Passarinho em Olinda-PE, na qual foram implantadas 15 parcelas de 10 x 25 m distribuídas ao longo de três ambientes, criando assim um gradiente no sentido borda-interior do fragmento, sendo: A1 – ambiente de borda; A2 - ambiente de transição entre A1 e A3; A3 - ambiente de interior. A análise dos grupos ecológicos apontou uma predominância de grupos sucessionais iniciais, na qual ocorre a dominância das espécies pioneiras e secundárias iniciais ao longo de todo o gradiente dos ambientes estabelecidos. Em relação à síndrome de dispersão, a zoocoria predomina, seguida por autocoria e anemocoria, sendo observada uma maior atividade da dispersão zoocórica no ambiente A3, que fica mais afastado da borda do fragmento, o qual apresentou uma maior riqueza de espécies. Quanto ao índice de diversidade de Shannon modificado (eH’) e de Equabilidade de Pielou (J’), os valores entre o Ambiente 1 (eH’=17 e J’ =0,90), Ambiente 2 (eH’=12 e J’= 0,82) e Ambiente 3 (eH’=16 e J’= 0,82) apresentaram variações ao longo do gradiente borda-interior. Portanto, observou-se que houve variação entre os ambientes de borda e de interior no fragmento de floresta urbana.
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