Causas e período de ocorrência de incêndios florestais em unidades de conservação federais brasileiras de 2006 a 2012

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/1980509869028

Palavras-chave:

Comportamento do fogo, Manejo do fogo, Prevenção de incêndio, Registro de Ocorrência de Incêndio

Resumo

Os incêndios florestais, independentemente de suas causas, representam uma das maiores ameaças à biodiversidade nas unidades de conservação brasileiras. A coleta de dados sobre as causas, períodos e locais com maior ocorrência de incêndios possibilita a adoção de estratégias de prevenção mais eficazes. O objetivo deste estudo foi caracterizar os incêndios florestais nas unidades de conservação federais brasileiras de 2006 a 2012, contribuindo assim para aprimorar o conhecimento da dinâmica dos incêndios nessas áreas. Os dados foram obtidos a partir dos Registros de Ocorrência de Incêndio (ROIs) disponíveis no banco de dados do Sistema Nacional de Informações sobre Fogo (SISFOGO). O número total de registros encontrados foi de 2.259, dos quais 88,2% indicavam a causa do incêndio. Entre os registros com a causa indicada, 42,2% corresponderam à categoria “causa desconhecida”, 26,7% à queima para limpeza e 18,5% à incendiários, o que evidencia que a maioria dos incêndios com causa conhecida decorre da ação humana acidental ou intencional. Os incêndios florestais foram mais frequentes de julho a outubro, com uma média de 50,6 ocorrências por ano, influenciados pela distribuição anual da precipitação. Minas Gerais, Rio de Janeiro e Ceará foram os estados com maior número de registros, com 19,8%, 15,5% e 12,0%, respectivamente. Os incêndios florestais registrados sem informação de causa ou registrados como “causa desconhecida” revelam, respectivamente, mau uso da ferramenta (ROI) ou conhecimento insatisfatório na identificação da causa do incêndio, resultando em um obstáculo para o planejamento de ações de prevenção e combate a incêndios em unidades de conservação.

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Biografia do Autor

Aline das Graças Costa, Universidade Federal de Viçosa

Engenheira Florestal com mestrado em Ciência Florestal na área de Meio Ambiente e Conservação da Natureza pela UFV. Atualmente é Analista de Meio Ambiente nível pleno na ArcelorMittal Brasil S/A - Mina Serra Azul. Possui experiência em regularização ambiental, PAEBM, PAE, Estudos de Impacto Ambiental, gestão de contratadas e gestão ambiental de grandes projetos.

Gumercindo Souza Lima, Universidade Federal de Viçosa

Possui graduação em Engenharia Florestal pela Universidade Federal de Viçosa (1984), Especialização em Primatologia, pela Universidade de Brasília (1987), Mestrado em Engenharia Florestal, pela Universidade Federal do Paraná (1991) e Doutorado em Ciências Florestais, pela Universidade Federal de Viçosa (2003). Atualmente é Professor Associado da Universidade Federal de Viçosa, atuando na Graduação e na Pós-Graduação.

Fillipe Tamiozzo Pereira Torres, Universidade Federal de Viçosa

Possui Bacharelado (2004) e Licenciatura (2005) em Geografia pela Universidade Federal de Juiz de Fora, mestrado (2008), doutorado (2014) e Pós-doutorado (2015) em Ciência Florestal pela Universidade Federal de Viçosa, Pós-doutorado (2020) em comportamento do fogo pela Universidade de Coimbra (Portugal). Atualmente é professor e coordenador do Laboratório de Incêndios Florestais do Departamento de Engenharia Florestal da Universidade Federal de Viçosa. Tem experiência na área de Recursos Florestais e Engenharia Florestal, com ênfase em Incêndios florestais, atuando principalmente nos seguintes temas: comportamento do fogo, incêndios florestais, climatologia, gestão ambiental, riscos ambientais e geoprocessamento. 

Vinícius Barros Rodrigues, Universidade Federal de Viçosa

Biólogo, Doutor em Entomologia pela Universidade Federal de Viçosa (Conceito CAPES 7), com período sanduíche no Center for Biorobotics na Syddansk Universitet (Odense, Dinamarca). Pós-doutor no Departamento de Engenharia Florestal, também na Universidade Federal de Viçosa. Possuo experiência nas áreas de Entomologia (Ecologia Quantitativa, Ecologia de Comunidades e Ecologia Comportamental, atuando principalmente nos temas de Coexistência de Espécies, Interações Ecológicas e Dinâmica Populacional), Engenharia Florestal (com os temas de Incêndios Florestais, Comportamento do Fogo e Regeneração/Restauração Florestal) e Educação (com os temas de Ensino de Ciências e Biologia, Robótica e Programação Educacional, Ensino por Investigação e Metodologias Ativas). 

Milton Ribas da Silva Júnior, Universidade Federal de Viçosa

Forest Engineer
Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, MG, Brazil

Marcello Pinto de Almeida, Universidade Federal de Viçosa

Possui graduação em Engenharia Florestal pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), concluída em 2012, e Mestrado em Ciência Florestal, concluído em 2015, nesta mesma instituição de ensino superior. Tem experiência na área de meio ambiente e conservação da natureza, com ênfase em planejamento e gestão de unidades de conservação, proteção contra incêndios florestais, educação ambiental e ecoturismo.

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Publicado

07-06-2023

Como Citar

Costa, A. das G., Lima, G. S., Torres, F. T. P., Rodrigues, V. B., Silva Júnior, M. R. da, & Almeida, M. P. de. (2023). Causas e período de ocorrência de incêndios florestais em unidades de conservação federais brasileiras de 2006 a 2012. Ciência Florestal, 33(2), e69028. https://doi.org/10.5902/1980509869028

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