USO DO GUAPURUVU (<i>Schizolobium parahyba</i>) PARA FINS ENERGÉTICOS
DOI:
https://doi.org/10.5902/1980509832089Palavras-chave:
biomassa vegetal, bioenergia, granulometria, resíduos.Resumo
Uma alternativa como fonte para geração de energia é o uso de biocombustível sólido produzido pelo processo de briquetagem. O briquete é produzido pela compactação de materiais lignocelulósicos, possibilitando que haja maior energia em menor volume. O objetivo desse trabalho foi analisar a briquetagem do Schizolobium parahyba (guapuruvu), avaliando-se a estabilidade, densidade, resistência mecânica e friabilidade dos briquetes. Foram testados três granulometrias diferentes: tratamentos T1 (maior que 40 mesh), T2 (entre 40 e 60 mesh) e T3 (menor que 60 mesh), todos briquetados a um teor de umidade de 12%, utilizando-se prensa hidráulica sem o uso de aquecimento nem aglutinante. Os três tratamentos diferiram significativamente entre si quanto à densidade, expansão longitudinal e resistência à tração por compressão diametral. A granulometria mais fina (T3) apresentou os melhores resultados para todos os parâmetros, tendo os maiores valores para a densidade (0,932 g.cm-3) e resistência (0,485 MPa) e menor índice de friabilidade (8,35%). Os resultados mostraram que a granulometria interfere nas características do produto final. O estudo mostrou que o guapuruvu pode ser uma alternativa para a produção de biocombustível sólido.
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