Classificação de estágios sucessionais de Florestas Atlânticas: uma abordagem metodológica baseada em Sistema Fuzzy
DOI:
https://doi.org/10.5902/1980509830688Palavras-chave:
Sucessão ecológica, Lógica fuzzy, Floresta atlânticaResumo
O presente trabalho tem como objetivo propor e avaliar um método baseado em modelagem fuzzy para classificação de estágios de sucessão florestal. A construção do modelo considerou critérios estabelecidos pela Resolução CONAMA no 01 de 31 de janeiro de 1994, que define vegetação secundária nos estágios inicial, médio e avançado de regeneração da Mata Atlântica, como diretrizes para o licenciamento de exploração da vegetação nativa no Estado de São Paulo. O modelo proposto foi aplicado para classificação de casos reportados na literatura, nos quais uma análise florística e fitossociologica da estrutura florestal havia sido realizada segundo o julgamento de especialistas. Como resultado, a modelagem fuzzy proporcionou uma concordância substancial quando avaliado por meio do índice Kappa. Portanto, conclui-se que a proposta do método baseado em modelagem fuzzy representa uma alternativa promissora para tratar a subjetividade e a incerteza associadas à classificação dos estágios sucessionais de uma formação florestal.
Downloads
Referências
BARRETTO, E. H.; CATHARINO, E. L. Florestas maduras da Região Metropolitana de São Paulo: diversidade, composição arbórea e variação florística ao longo de um gradiente litoral-interior, estado de São Paulo, Brasil. Hoehnea, São Paulo, v. 42, n. 3, p. 445-469, 2015.
BARRETTO, E. H. P. Florestas climáticas da região metropolitana de São Paulo - SP: caracterização florística estrutural e relações fitogeográficas. 2013. 157 f. Dissertação (Mestrado) - Instituto de Botânica da Secretaria de Estado do Meio Ambiente, São Paulo, 2013.
BRASIL. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução CONAMA no 01, de 31 de janeiro de 1994. Regulamenta o art. 6º do Decreto nº 750, de 10 de fev. de 1993 para o Estado de São Paulo. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res94/res0194.html>. Acesso em: 16 set. 2012.
BRASIL. Lei nº 11.428, de 22 de dezembro de 2006. Dispõe sobre a utilização e proteção da vegetação nativa do Bioma Mata Atlântica, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 26 dez. 2006.
D`ORAZIO, F. A. E. Composição e estrutura de florestas aluviais do médio vale superior do rio Paraíba do Sul. 2012. 96 f. Dissertação (Mestrado) - Instituto de Botânica da Secretaria de Estado do Meio Ambiente, São Paulo, 2012.
GOMIDE, F. A. C.; GUDWIN, R. R.; TANSCHEIT, R. Conceitos fundamentais da teoria dos conjuntos fuzzy, lógica fuzzy e aplicações. 2014. Access in: <ftp://calhau.dca.fee.unicamp.br/pub/docs/gudwin/publications/ifsa95.pdf>.
LANA, J. M. et al. Análise dos estágios de sucessão de áreas de Mata Atlântica sob a influência de plantações florestais, Vale Do Rio Doce, Minas Gerais, Brasil. Revista Árvore, Viçosa, MG, v. 34, p. 733-743, 2010.
IBGE. Manual técnico da vegetação brasileira. [S.l.]: IBGE, 2014. Disponível em <ftp://geoftp.ibge.gov.br/documentos/recursos_naturais/manuais_tecnicos/manual_tecnico_vegetaca o_brasileira.pdf >. Acesso em: 31 maio 2017.
MAGNANO, L. F. S. et al. Os processos e estágios sucessionais da Mata Atlântica como referência para a restauração florestal. In: MARTINS, S. V. Restauração ecológica de ecossistemas degradados. 1. ed. Viçosa, MG: Editora UFV, 2012. p. 69-100.
MARDEGAN, C. M. Estádio sucessional e estrutura fitossociológica de um fragmento de vegetação floretal existente às margens do Rio Dourado em Guaiçara, SP. 2006. 85 f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Estadual Paulista, Botucatu, 2006.
MORAN, E.; BRONDÍZIO, E. Land-Use change after deflorestation in Amazônia. In: LIVERMAN, D. E. People and Pixels: linking remote sensing and social science. Washington: National Academy Press, 1988. p. 94-120.
RAMOS, E. et al. Estudo do componente arbóreo de dois trechos da Floresta Ombrófila Densa Submontana em Ubatuba (SP). Biota Neotropica, Campinas, v. 11, n. 2, p. 313-335, 2011.
ROSÁRIO, R. P. G. Estágios sucessionais e o enquadramento jurídico das florestas montanas secundárias na Reserva Florestal do Morro Grande (Cotia, SP) e entorno. 2010. 153 f. Dissertação (Mestrado) - Instituto de Botânica da Secretaria de Estado do Meio Ambiente, São Paulo, 2010.
SALDARRIAGA, J. et al. Long-Term Chronosequence of Forest Succession. The Upper Rio Negro of Colombia and Venezuela. Journal of Ecology, Oxford, v. 76, p. 938-958, 1988.
SILVA, I. C. Caracterização fisionômica de fragmentos vegetacionais do distrito de Rubião Júnior, município de Botucatu, São Paulo. 2010. 116 f. Dissertação (Mestrado) - Instituto de Biociências, Campus de Botucatu, Botucatu, 2010.
SIMINSKI, A. et al. Sucessão florestal secundária no município de São Pedro de Alcântara, Litoral De Santa Catarina; estrutura e diversidade. Ciência Florestal, Santa Maria, v. 14, p. 21-33, 2004.
SIMINSKI, A.; FANTINI, A. C. Classificação da Mata Atlântica do litoral Catarinense em estádios sucessionais: ajustando a lei ao ecossistema. Floresta e Ambiente, Seropédica, v. 11, n. 2, p. 20-25, 2004.
SIMINSKI, A.; FANTINI, A. C.; REIS, M. S. Classificação da vegetação secundária em estágios de regeneração da Mata Atlântica em Santa Catarina. Ciência Florestal, Santa Maria, v. 23, p. 369-378, jul./set. 2013.
WRIGHT S. J. The future of tropical forests. Annals of the New York Academy of Sciences, New York, v. 1195, p. 1-27, 2010.
ZADEH, L. A. Outline of a new approach to the analysis of complex systems and decision process. IEEE Transactions on Systems, Man, and Cybernetics, New York, v. SMC-3, n. 1, p. 28-44, jan. 1973.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
A CIÊNCIA FLORESTAL se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da lingua, respeitando, porém, o estilo dos autores.
As provas finais serão enviadas as autoras e aos autores.
Os trabalhos publicados passam a ser propriedade da revista CIÊNCIA FLORESTAL, sendo permitida a reprodução parcial ou total dos trabalhos, desde que a fonte original seja citada.
As opiniões emitidas pelos autores dos trabalhos são de sua exclusiva responsabilidade.