MÉTODOS DE DETECÇÃO, TRANSMISSÃO E PATOGENICIDADE DE<i> Fusarium</i> spp. EM SEMENTES DE <i>Pinus taeda
DOI:
https://doi.org/10.5902/1980509826448Palavras-chave:
patologia florestal, espécie florestal, patologia de semente, sementes florestaisResumo
A podridão-de-raiz (PR), causada por Fusarium spp., ocasiona perdas de plântulas no viveiro que apresentam, inicialmente, descoloração das acículas para tom verde-amarelado seguida de curvatura apical, murcha e consequente morte da muda. Os objetivos deste trabalho foram: a) determinar o método adequado e eficiente para detecção de Fusarium spp. nas sementes de Pinus taeda; b) verificar se há transmissão de Fusarium spp. das sementes para as plântulas de Pinus taeda; c) desenvolver uma escala descritiva para avaliar a severidade da PR em mudas de Pinus taeda; d) avaliar a patogenicidade, agressividade e área abaixo da curva de progresso da doença (AACPD) de isolados de Fusarium spp. Para detecção foram aplicados três tratamentos em seis lotes de sementes de Pinus taeda, sendo quatro repetições de 25 sementes: blotter test, papel-cartão e meio seletivo. A transmissão foi avaliada em sementes de seis lotes de Pinus taeda durante 60 dias contabilizando-se a percentagem de plântulas emergidas (PE), sementes não germinadas (SNG) e de SNG com Fusarium spp. Uma escala descritiva de notas foi desenvolvida para avaliar a severidade de PR em mudas de Pinus taeda. A severidade e a incidência da doença foram avaliadas aos 7, 14, 21 e 28 dias após a inoculação das mudas de Pinus taeda de seis meses de idade. Foi avaliada a patogenicidade, a severidade e a incidência de doze isolados de Fusarium spp. obtidos no teste de detecção Para o teste de patogenicidade e agressividade foram 13 tratamentos com 15 repetições. O método de detecção mais sensível ao detectar Fusarium spp. em sementes de Pinus taeda foi o meio seletivo. Não foi observada transmissão de Fusarium spp. das sementes para as plântulas, no entanto, Fusarium spp. causou apodrecimento de sementes na fase de germinação; a escala descritiva permitiu a avaliação da progressão dos sintomas da doença PR; nove isolados de Fusarium spp. mostraram-se patogênicos a mudas de Pinus taeda, reproduzindo sintomas típicos da PR, sendo o isolado L3R2 o mais agressivo e o que exibiu maior AACPD.
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