Crescimento inicial e qualidade de mudas de <i>Pterogyne nitens</i> Tull. conduzidas sob diferentes níveis de restrição luminosa artificial
DOI:
https://doi.org/10.5902/1980509814573Palavras-chave:
viveiro, sombreamento, luz, índice de qualidade.Resumo
http://dx.doi.org/10.5902/1980509814573
Objetivou-se com este estudo avaliar o comportamento de plantas de Pterogyne nitens Tull. sob diferentes níveis de restrição luminosa durante seu desenvolvimento inicial. O estudo foi conduzido no período de março a junho de 2008, no campo agropecuário da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB, em Vitória da Conquista, BA. Sete experimentos foram definidos por níveis de 20%, 30%, 40%, 50%, 60% e 70% de restrição luminosa e plantas mantidas a pleno sol. Cada um dos experimentos foi organizado em delineamento experimental inteiramente casualizado, com cinco repetições e parcelas constituídas por 12 plantas. Durante o período de 15 a 75 dias após a emergência das plântulas, em intervalos de 15 dias, foram avaliadas as características morfológicas e quantitativas de crescimento e o índice de qualidade Dickson (IQD). Os gradientes de restrição de luz induziram a alterações morfológicas como elevação da altura e aumento da área foliar individual e total das plantas. Reduções de massa do sistema radicular ocorreram em detrimento de tais modificações. Invariavelmente, os maiores índices de IQD foram verificados para as plantas mantidas sob 36,5% de restrição luminosa.
Downloads
Referências
ALABADÍ, D., BLAZQUEZ, M. A. Integration of light and hormone signals. Plant Signaling and Behavior, Austin, v.3, n.7, p. 448-449, July 2008.
ALVARENGA, A. A.et al.Effects of different light levels on the initial growth and photosynthesis of croton urucuranabaill. in southeastern Brazil. Revista Árvore, Viçosa, v. 27, n. 1, p. 53-57, jan./fev. 2003.
ANTEN, N. P. R. et al.Interactive Effects of Spectral Shading and Mechanical Stress on the Expression and Costs of Shade Avoidance.The American Naturalist,Chicago, v, 173, n.2, p.241-255, Feb. 2009.
AZEVEDO, I. M. G. et al.Estudo do crescimento e qualidade de mudas de marupá (Simarouba amara Aubl.) em viveiro.Acta Amazonica, Manaus, v. 40, n. 1, p. 157-164, jan./mar. 2010.
BERNARDINO, D. C. S.et al. Crescimento e qualidade de mudas de AnadenantheraMacrocarpa(Benth.) Brenan em resposta à saturação por bases do substrato. Revista Árvore, Viçosa, v. 29, n. 6, p. 863-870, nov./dez. 2005.
BIRCHLER, T.et al. La planta ideal: revisiondel concepto, parâmetros definitorios e implementactionpractica. Investigacion Agraria, Sistemas y Recursos Forestales, Madrid, v.7, n.1/2, p.109-121,1998.
CAMPOS, M. A. A.; UCHIDA, T. Influência do sombreamento no crescimento de mudas de três espécies amazônicas. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v. 37, n. 3, p. 281-288, mar. 2002.
CARON, B. O. et al.Crescimento em viveiro de mudas de Schizolobiumparahyba(vell.) s. f. blake. submetidas a níveis de sombreamento.Ciência Florestal, Santa Maria, v. 20, n. 4, p. 683-689, out./dez. 2010.
CARVALHO, P. E. R. Espécies florestais brasileiras:recomendações silviculturais, potencialidades e uso da madeira. Colombo: EMBRAPA-CNPMF, 1994, 640 p.
CESAR, F. R. C. F.et al.Morfofisiologia foliar de cafeeiro sob diferentes níveis de restrição luminosa. Coffee Science, Lavras, v. 5, n. 3, p. 262-271, set./dez. 2010.
CHAVES, A. S.; PAIVA, H. N. Influência de diferentes períodos de sombreamento sobre a qualidade de mudas de fedegoso (Senna macranthera(Collad.) Irwin et Barn.). ScientiaFlorestalis, Piracicaba, n. 65, p. 22-29, jun.2004.
CRUZ, C. A. F.et al.Crescimento e qualidade de mudas de Fedegoso cultivadas em latossolo vermelho-amarelo em resposta a macronutrientes. ScientiaFlorestalis, Piracicaba, v. 39, n. 89, p. 021-033, mar. 2011.
DICKSON, A.; LEAF, A.; HOSNER, J. F. Quality appraisal of white spruce and white pine seedling stock in nurseries. Forestry Chronicle, West Mattawa, v. 36, n. 1, p. 10-13, Jan./Feb. 1960.
FERREIRA, F. G. et al.Avaliação de mutagenicidade e antimutagenicidade de diferentes frações de Pterogynenitens(Leguminosae), utilizando ensaio de micronúcleo em Tradescantiapallida.Revista Brasileira de Farmacognosia, João Pessoa, v. 19, n. 1A, p. 61-67. jan./mar. 2009.
FILARDI, F. L. R. et al.Padrões de distribuição geográfica de espécies arbóreas de Leguminosae ocorrentes no cerrado.Revista Brasileira de Biociências, Porto Alegre, v. 5, supl. 2, p. 1116-1118, jul. 2007.
FILARDI, F. L. R., GARCIA, F. C. P., OKANO, R. M. C. Caesalpinoideae (Leguminosae) lenhosas na estação ambiental de Volta Grande, Minas Gerais, Brasil. Revista Árvore, Viçosa, v. 33, n.6, p. 1071-1084. nov./dez. 2009.
FONSECA, E. P.et al. Padrão de qualidade de mudas de Trema micrantha(L.) Blume, produzidas sob diferentes períodos de sombreamento. Revista Árvore, Viçosa, v. 26, n. 4, p. 515-523, jul./ago. 2002.
FRANCO, A. M. S., DILLENBURG, L. R. Ajustes morfológicos e fisiológicos em plantas jovens deAraucariaangustifolia (Bertol.) Kuntze em resposta ao sombreamento. Hoehnea, São Paulo, v. 34, n. 2, p. 135-144. abr./jun. 2007.
GRIME, J. P. Evidence for the existence of three primary srategies in plants and its relevance to ecological and evolutionary theory.The American Naturalist, Chicago, v. 982, n. 3, p. 1169-1194, Nov./Dec. 1977.
HALLIDAY, K., MARTINEZ-GARCIA, J. .F, JOSSE, E. Integration of light and auxin signaling. Cold Spring Harbor Perspectives Biology, New York, v. 1, n. 6, p. 1-11, Dec. 2009.
LAXMI, A. et al. Light plays an essential role in intracellular distribuition of auxin efflux carrier PIN2 in Arabidopsis thaliana. Plos One, San Francisco, v. 3, e1510, p.1-11. Jan.2008.
LEAL, P. L. et al.Crescimento de mudas micropropagadas de bananeira micorrizadas em diferentes recipientes.Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal, v. 27, n. 1, abr. 2005.
LORENZI, H. Árvores Brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil.: Plantarum, Nova Odessa,v. 1, p.384, 2002.
LUSK, C. Leaf area and growth of juvenile temperate evergreens in low light: species of contrasting shade tolerance change rank during ontogeny. Functional Ecology, London, v. 18, n. 6, p. 820-828, Nov./Dec.2004.
LUSK, C. H. et al.Ontogenic variation in light requirements of juvenile rainforest evergreens. Functional Ecology, London,v. 22, n. 3, p. 454-459, June2008.
MARTINS NETO, F. L.; OLIVEIRA JÚNIOR, O.; MATSUMOTO, S. N. Temperatura da água e tempo de exposição na superação da dormência de sementes de PterogynenitensTul. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE AGROECOLOGIA, 6., 2009, Curitiba. Anais... Pinhais: Associação Brasileira de Agroecologia, Revista Brasileira de Agroecologia, 2009, v. 4, n. 2. p.1155-1158.
MELO, R. R. et al.Crescimento inicial de mudas de Enterolobiumcontortisiliquum(Vell.) Morong. sob diferentes níveis de luminosidade. Revista Brasileira de Ciências Agrárias, Recife, v. 3, n. 2, p. 138-144, abr./jun. 2008.
MORAIS NETO, S. P.et al. Crescimento de mudas de algumas espécies arbóreas que ocorrem na mata atlântica em função do nível de luminosidade. Revista Árvore, Viçosa, v. 24, n. 1, p. 35-45, jan./fev. 2000.
MORELLI, G.; RUBERTI, I. Shade avoidance responses: driving auxin along lateral routes. Plant Physiology, Rockville, v. 122, p. 621-626, March 2000.
NIINEMETS, U. Responses of forest trees to single and multiple environmental stresses from seedlings to mature plants: Past stress history, stress interactions, tolerance and acclimation. Forest Ecologyand Management, Amsterdam, v. 260, n. 10, p. 1623-1639, Oct. 2010.
PELLIZZARO, K.et al.Superação da dormência e influência do condicionamento osmótico em sementes de Pterogynenitenstul. (Fabaceae). Revista Caatinga, Mossoró, v. 24, n. 3, p. 1-9, jul./set. 2011.
POORTER, L., KITAJIMA, K. Carbohydrate storage and light requirementes of tropical moist and dry forestry tree species.Ecology, Washington, v. 88, n.4, p. 1000-1011,Apr. 2007.
REGAZINI, L. O. et al.Constituintes químicos das flores de Pterogyne nitens (Caesalpinioideae). Química Nova, São Paulo, v. 31, n.4, p. 802-806. 2008.
RESENDE, S. V.et al.Influência da luz e substrato na germinação e desenvolvimento inicial de duas espécies de CalliandraBenth. (Mimosoideae - Leguminosae) endêmicas da Chapada Diamantina, Bahia. Revista Árvore, Viçosa, v. 35, n. 1, p. 107-117, jan./fev. 2011.
RUBERTI, I.; SESSA, G. et al. Plant adaptation to dynamically changing environment: the shade avoidance response. Biotechnology Advances, New York, doi: 10.1016/j.biotechady.2011.08.014.2011.
SAS INSTITUTE. SAS for linear models: a guide to the ANOVA and GLM procedures. Cary, 1985.
STEPANOVA, A. N.et al. Taa1-mediated auxin biosynthesis is essential for hormone crosstalk and plant development. Cell, Massachusetts, v. 133, n. 1, p.177–191, Apr. 2008.
TAO, Y. et al.Rapid synthesis of auxin via a new tryptophan-dependent pathway is required for shade avoidance in plants. Cell, Massachusetts, v. 133, n. 1, p. 164-76, Apr. 2008.
TEIXEIRA, P. T. L.et al.Desenvolvimento vegetativo de porta-enxertos de citros produzidos em diferentes recipientes. Ciência Rural, Santa Maria, v. 39, n.6,p. 1695-1700, jun. 2009.
VALLADARES, F.; NIINEMETS, Ü. Shade tolerance, a key plant feature of complex nature and consequences. Annual Review of Ecology and Evolution Systems, Palo Alto, v. 39, p.237 - 257. 2008.
VALLADARES, F., SALDAÑA, A., GIANOLI, E. Costs versus risks: Architectural changes with changing light quantity and quality in saplings of temperate rainforest trees of different shade tolerance. Austral Ecology, Richmond,doi: 10.1111/j.1442-9993.2011.02245.2011.
VEGLIO, A. The shade avoidance syndrome: a non-Markovian stochastic growth model. Journal of Theoretical Biology, London, n. 264, n.3, p. 722–728, June 2010.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
A CIÊNCIA FLORESTAL se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da lingua, respeitando, porém, o estilo dos autores.
As provas finais serão enviadas as autoras e aos autores.
Os trabalhos publicados passam a ser propriedade da revista CIÊNCIA FLORESTAL, sendo permitida a reprodução parcial ou total dos trabalhos, desde que a fonte original seja citada.
As opiniões emitidas pelos autores dos trabalhos são de sua exclusiva responsabilidade.