Avaliação da deposição de cloretos através do método da Vela Úmida: Um estudo na cidade de Cabo Frio, RJ

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/2179460X74956

Palavras-chave:

Durabilidade, Concreto armado, Cloretos, Agressividade ambiental

Resumo

Em um contexto de projeto de durabilidade de estruturas de concreto armado, há necessidade de estabelecer as divisões das classes de agressividade das diferentes regiões marítimas e costeiras, a fim de contribuir para o estudo da classificação de agressividade ambiental. Neste trabalho são avaliados a deposição de íons agressivos e os aspectos climáticos gerais da região litorânea da cidade de Cabo Frio, RJ. Para a análise, foi adotado o método da Vela Úmida (NBR 6211:2001). As exposições foram realizadas em cinco pontos distintos ao longo da cidade, contando cada um com três velas quentes. Para quantificar o teor de cloros utilizou-se o método de condutimetria, o qual se baseia nas variações da condutividade elétrica de uma solução eletrolítica devido à migração de íons. Os resultados parciais apontam teor elevado de cloretos na faixa inicial de distanciamento do mar e diminuição considerável a partir de aproximadamente 900 metros da orla marítima. Dessa forma, foi possível verificar que nas distâncias iniciais da orla marinha, a cidade encontra-se sob elevada agressividade e, em seu interior, sob agressividade de moderada a mínima. Esses resultados evidenciam a importância da consideração de micro ambientes de exposição durante a fase de projeto de estruturas de concreto armado.

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Biografia do Autor

Renata Cristina Fernandes Barbosa, Universidade Federal do Rio Grande

Curso de Mestrado em Engenharia Oceânica pela Universidade Federal do Rio Grande (FURG) em andamento. Possui graduação em Engenharia Civil pela Universidade Estácio de Sá (UNESA); formação Técnica integrada ao Ensino Médio em Cultura Marítima com especialização em Construção Naval pelo Instituto Politécnico da UFRJ em Cabo Frio (IPUFRJ) em parceria com o Instituto Federal Fluminense (IFF); Formação complementar em Eletricista de Manutenção Predial pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI); atuação principalmente nos seguintes temas: construção civil, naval, cultura marítima e recurso tecnológico.

Rodrigo César Fernandes Barbosa, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Possui curso Técnico em Química Industrial pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ), Graduação em Química pela Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF), Pós-Graduação lato sensu em Química Forense pela Faculdade Unyleya e Mestrado em Química pelo Programa de Pós-Graduação em Química da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (PPGQ-UFRRJ) (Área de Concentração: Química, Subárea: Química Orgânica), tendo avaliado o perfil de esteróis de N. melleni e a atividade leishmanicida de extratos de macroalgas marinhas em promastigotas de L. infantum, em colaboração com o Laboratório de Bioquímica de Tripanossomatídeos do Instituto Oswaldo Cruz (IOC-FIOCRUZ). Atualmente é Professor Substituto de Química Geral e Inorgânica do IFRJ Câmpus Rio de Janeiro, Tutor de Química do Projeto AprovaRJ, da Diretoria de Extensão do Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro (DIREXT-CECIERJ), doutorando em Química do PPGQ-UFRRJ (Área de Concentração: Química, Subárea: Química Orgânica), e coordena os Grupos de Extensão e Divulgação Científica Cienciando (@cienciando.extensao), e a Liga Acadêmica de Química Forense da UFRRJ (@laquif.ufrrj). Possui experiência nas áreas de Química, Meio Ambiente, Bromatologia, Tecnologia de Alimentos, Aquicultura e Produtos Naturais Marinhos.

Rafael Carlos Fernandes Barbosa, Estácio (Brasil)

Graduação em Engenharia Civil pela Universidade Estácio de Sá (UNESA) em andamento; formação Técnica integrada ao Ensino Médio em Cultura Marítima com especialização em Mergulho pelo Instituto Politécnico da UFRJ em Cabo Frio (IPUFRJ) em parceria com o Instituto Federal Fluminense (IFF); Formação complementar em Aviação e Eletrônica de Aeronaves

Carolina de Medeiros Strunkis, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Possui Licenciatura em Química pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (2016), Mestrado em Ciências (Química) e Especialização no Ensino de Química pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, no Instituto de Química (2019/2020) e possui técnico em Química pelo CEFET de Química (2006). Participou do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) durante 4 anos, foi monitora da disciplina de análise instrumental em uma turma de graduação da UFRJ e atuou em colégios particulares lecionando química, onde obteve experiência na área da docência. Tem experiência na área de Química, com ênfase em Química Analítica, atuando principalmente nos seguintes temas: microeletrodo e eletroquímica. Atualmente cursa Doutorado em Ciências (Química) no Instituto de Química na Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Evelton Alves Casartelli, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

possui graduação em Química Industrial pela Universidade Federal Fluminense (1987), mestrado em Química (Química Analítica Inorgânica) pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1991) e doutorado em Química (Química Analítica Inorgânica) pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1999). Atualmente é professor adjunto do Departamento de Química da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, atuando nas disciplinas de Química Analítica, Química Ambiental e Análise Instrumental. Tem experiência na área de Química, com ênfase em Análise de Traços, e Química Ambiental, atuando principalmente nos seguintes temas: desenvolvimento de dispositivos para injeção em fluxo, potenciometria direta, espectroscopia de absorção molecular, absorção atômica e icp-oes.

Gustavo Bosel Wally, Universidade Federal do Rio Grande

Doutorando no Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (PPGEC/UFRGS). Mestre em Engenharia Oceânica pela Universidade Federal do Rio Grande (PPGEO/FURG) e Engenheiro Civil pela Universidade Católica de Pelotas (UCPel). Atua no Laboratório de Ensaios e Modelos Estruturais (LEME/UFRGS) e no Laboratório de Estruturas e Materiais de Construção Civil (LEMCC/IFRS). Trabalha principalmente em temas relacionados à durabilidade de estruturas de concreto armado, com ênfase em abordagem com base no desempenho, modelos de previsão de vida útil de estruturas expostas a ambientes agressivos, adições minerais e métodos probabilísticos.

Fábio Costa Magalhães, Universidade Federal do Rio Grande

Professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul - IFRS - Campus Rio Grande. Responsável pelo Laboratório de Estruturas e Materiais de Construção Civil (LEMCC). Docente permanente do Programa de Pós Graduação em Engenharia Oceânica (PPGEO) da Universidade Federal do Rio Grande (FURG). Atuou como coordenador e engenheiro civil em empresas privadas trabalhando na área da construção civil e em pesquisas sobre tecnologias do concreto. É doutor em Engenharia Civil (2014) pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), mestre em Engenharia Oceânica (2009), possui graduação em Matemática - Licenciatura (2007) e é Engenheiro Civil (2008), formado pela Universidade Federal do Rio Grande (FURG). Desenvolve pesquisas em temas relacionados ao controle tecnológico do concreto, durabilidade de estruturas de concreto armado, com ênfase em abordagem com base no desempenho, modelos de previsão de vida útil de estruturas expostas a ambientes agressivos, confiabilidade e métodos probabilísticos

Referências

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Publicado

2023-12-01

Como Citar

Barbosa, R. C. F., Barbosa, R. C. F., Barbosa, R. C. F., Strunkis, C. de M., Casartelli, E. A., Wally, G. B., & Magalhães, F. C. (2023). Avaliação da deposição de cloretos através do método da Vela Úmida: Um estudo na cidade de Cabo Frio, RJ. Ciência E Natura, 45(esp. 3), e74956. https://doi.org/10.5902/2179460X74956

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