Razões iônicas como marcadores de interações entre água superficial e aquífero no Igarapé do Quarenta, em Manaus-AM

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/2179460X74607

Palavras-chave:

Assinatura geoquímica, Igarapé do Quarenta, IETÉ

Resumo

A cidade de Manaus apresenta inúmeros corpos de água chamados igarapés (caminho de canoa – do tupi) e isso se deve à proximidade do lençol freático à superfície, às condições climatológicas e à geomorfologia da região. Sabe-se que a cidade de Manaus passou por um intenso e vertiginoso processo de urbanização, associado a uma grande pressão poluidora sobre os recursos hídricos, não só os corpos de água superficiais, mas também o aquífero. As razões iônicas são formas de se estabelecer similaridades em ambientes geológicos e mostram como podem existir ambientes distintos com geoquímica semelhantes. Contudo, aspectos químicos similares nem sempre caracterizam condições de naturalidade e podem representar influência antropogênica. Diante disso, esse estudo teve por objetivo avaliar as razões iônicas de Mg/Na - Ca/Na, HCO3/Na - Ca/Na e Na/Cl x condutividade elétrica, a partir de um monitoramento destas variáveis, que se estendeu de junho de 2021 a maio de 2022, na Bacia Hidrográfica do Educandos, em Manaus, associando o estudo entre águas superficiais e águas subterrâneas. Os resultados sugeriram que há semelhança entre o aquífero e o igarapé em 2/3 das amostras de água subterrânea o que pode ser um forte indício de uma interação entre aquífero e água superficial, possivelmente, em uma infiltração no sentindo igarapé – aquífero.

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Biografia do Autor

Anderson da Silva Lages, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia

É pós doutor em Dinâmica Ambiental pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA. Tem doutorado em Química Analítica pela Universidade Federal do Amazonas - UFAM, onde trabalhou com Quimiometria aplicada às águas subterrâneas da Amazônia Central. É mestre em Geociências, também pela Universidade Federal do Amazonas, na área de Geoquímica do Ambiente Superficial - onde desenvolveu pesquisa aplicada aos rios da bacia do rio Madeira, no Amazonas. Tem especialização em microbiologia, onde trabalhou com modelos epidemiológicos. É químico formado pelo Instituto Federal de Ciência, Educação e Tecnologia do Amazonas - IFAM. Desenvolveu vários projetos de iniciação científica voltados para a temática da Qualidade da Água, sobretudo, nas bacias dos rios Negro e Solimões. Possui experiência na ação docente, tanto na educação básica como na formação universitária, atuando em cursos superiores de exatas e de saúde, como engenharias, farmácia e nutrição. Atuou ainda como revisor de Revistas voltadas para Recursos Hídricos Amazônicos e Ensino de Química. Já orientou muitos trabalhos de conclusão de curso com a temática de Química e Geoquímica Ambiental, Química de Alimentos e Química de Combustíveis. É professor do quadro efetivo da Secretaria de Estado da Educação - SEDUCAM. Atualmente, é responsável pelos dados químicos do projeto IETÉ/INPA de uma rede de monitoramento de uma bacia hidrográfica urbana de Manaus - AM

Angélica Chrystina Cruz Matias, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia

Mestranda em Geociências pela Universidade Federal do Amazonas, (2021). Possui graduação em ciências biológicas pela Universidade Nilton Lins (2013) e pós-graduação em Perícia e Segurança Pública pela ESBAM (2016). Experiência na gestão de laboratórios e colaboradores, levantamento de compras de materiais, insumos e manutenções para equipamentos destinados aos espaços de práticas acadêmicas e cadastro no sistema TOTVs. Acompanhamento de atividades nos Laboratórios (aulas, projetos, TCCs), auxílio aos Coordenadores de curso quanto as necessidades das atividades práticas. Preparo de soluções, análises físico-químicas, análise de água, microbiologia básica, cromatografia CCD. Anotação de responsabilidade técnica (ART), orientação e supervisão da execução de serviços de sanitização (controle de pragas, controle biológico de vetores e pragas e desinfecção de ambientes). Atualmente é bolsista técnica em análises microbiológicas em uma rede de monitoramento de uma bacia hidrográfica urbana da Amazônia (Projeto IETÉ)

Sebastião Átila Fonseca Miranda, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia

Possui graduação em LICENCIATURA EM QUÍMICA pela Universidade Federal do Amazonas (1981), mestrado em Química pela Universidade Federal de Santa Catarina (1985) e doutorado em Ecologia pela Escola de Engenharia de São Carlos (1997). Atualmente é Pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, com experiência na área de Química, com ênfase em Química Analítica, no laboratório de química ambiental. Possui publicações sobre as características hidrológicas e hidrogeoquímicas da qualidade de água dos igarapés de Manaus.

Paulo Renan Gomes Ferreira, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia

Professor de Química. Possui graduação em Química - Bacharel pela Universidade Federal do Amazonas (2006 - 2010), Mestrado em Química Analítica (2010 - 2012) e Doutorado em Química (2017 - 2022) pela Universidade Federal do Amazonas, concluídos sob orientação do Prof. Dr. Genilson Pereira Santana. É especialista em Docência e Gestão do Ensino Superior, pela Faculdade Estácio do Amazonas (2016 - 2018). Atualmente trabalha como bolsista em uma rede de monitoramento de uma bacia hidrográfica urbana da Amazônia (Projeto IETÉ) no INPA (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia), como professor universitário e como professor particular com foco em vestibulares, concursos militares, reforço e acompanhamento escolar.

Sávio José Filgueiras Ferreira, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia

Possui graduação em Licenciatura e Bacharelado em Química pela Universidade Federal do Amazonas (1985), mestrado em Ciências (Energia Nuclear na Agricultura) pela Universidade de São Paulo (1993) e doutorado em Ciências da Engenharia Ambiental pela Universidade de São Paulo (1999). Atualmente é pesquisador titular do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia. Tem experiência na área de Química, com ênfase em Análise de Traços e Química Ambiental, atuando principalmente nos seguintes temas: amazônia central, floresta de terra firme, reserva florestal, Amazônia e hidrologia. Atualmente atua como coordenador responsável do grupo de Química de uma rede de monitoramento de uma bacia hidrográfica urbana da Amazônia (Projeto IETÉ)

Márcio Luiz da Silva, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia

Possui graduação em Geologia pela Universidade Federal do Amazonas (1997), Mestrado em Conservação e Manejo de Recursos pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1999), Doutorado em Geociências e Meio Ambiente pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2005) e Pós-Doutorado pela UFC (2011). Atualmente é pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, lotado na Coordenação de Dinâmica Ambiental CODAM/INPA, Líder do Grupo de Pesquisa RHANIA - Recursos Hídricos em Ambientes Naturais e Impactados na Amazônia, representante da Região Norte na Comissão Brasileira para Programas Hidrológicos Internacionais - COBRAPHI - Ministério do Meio Ambiente (2016 a 2019) e desempenha o papel de coordenador de uma rede integrada de monitoramento ambiental de uma bacia hidrográfica urbana da Amazônia (Projeto IETÉ). Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Geologia Ambiental, atuando principalmente nos seguintes temas: recursos hídricos subterrâneos e gestão de recursos.

Referências

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Publicado

2023-12-12

Como Citar

Lages, A. da S., Matias, A. C. C., Miranda, S. Átila F., Ferreira, P. R. G., Ferreira, S. J. F., & Silva, M. L. da. (2023). Razões iônicas como marcadores de interações entre água superficial e aquífero no Igarapé do Quarenta, em Manaus-AM. Ciência E Natura, 45, e37. https://doi.org/10.5902/2179460X74607

Edição

Seção

Geociências