Monitoramento de resíduos de carbamatos e organofosforados em leite pasteurizado
DOI:
https://doi.org/10.5902/2179460X73976Palavras-chave:
Laticínio, Agroquímicos, Contaminação pós-pasteurizaçãoResumo
O leite é um alimento essencial e amplamente consumido. Em 2022, o Brasil produziu aproximadamente 25 bilhões de litros de leite para consumo, sendo que contaminações por agroquímicos podem ter consequências impactantes à saúde pública. Este estudo analisou resíduos de pesticidas organofosforados e carbamatos, bem como analisou sua qualidade físico-química e microbiológica em leite pasteurizado comercializado em Londrina e Arapongas, Brasil. Entre junho e dezembro de 2017, 35 amostras de leite pasteurizado foram obtidas do comércio e analisadas por HPLC , além de testes físico-químicos e microbiológicos para ponto de congelamento, fosfatase alcalina, lactoperoxidase e contagem de Enterobacteriaceae. Todas as amostras atenderam aos limites máximos de resíduos para ambas as classes de agroquímicos, indicando consumo seguro e boas práticas agrícolas. No entanto, os efeitos potenciais dos subprodutos da degradação na saúde humana a partir do consumo de leite requerem uma investigação mais aprofundada. Quanto à qualidade físico-química e microbiológica, 9% das amostras apresentaram contaminação pós pasteurização e 3% indicaram adição de água. Dessa forma, conclui-se que o maior desafio para as indústrias produtoras de leite pasteurizado seja evitar a contaminação microbiológica pós pasteurização, sendo necessário melhores ferramentas e auditoria para prevenir e detectar resíduos de água.
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