Água e composição mineral do exsudato resultante da escarificação de árvores pau-pombo por micos-estrela

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/2179460X68493

Palavras-chave:

Callithrix penicillata, Composição do exsudato, Ecologia alimentar, Tapirira guianensis

Resumo

Os micos-estrela costumam usar árvores Tapirira guianensis para obter exsudatos para alimentação. Os exsudados das árvores são fontes de calorias, nutrientes e água. Em secas sazonais, a alta concentração de água nos exsudatos pode ser uma fonte imediata de água para os saguis. Um dos elementos mais importantes para o metabolismo dos saguis é o cálcio, mas ainda não foi comprovado se a goma de T. guianensis é rica em cálcio. Este estudo caracteriza a composição hídrica e mineral do exsudato que é consumido por micos-estrela em florestas urbanas no domínio do Cerrado. Amostras do orifício e exsudato do caule foram coletadas de oito árvores escarificadas de T. guianensis. A composição do exsudato foi caracterizada por métodos bromatológicos. O exsudato demonstrou conter elevados teores de água e cálcio, essenciais para o metabolismo dos saguis. Pelas suas características, T. guianensis pode ser uma espécie arbórea importante para a ecologia alimentar de saguis e deve ser levada em consideração na elaboração de planos de manejo da fauna silvestre no Cerrado.

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Biografia do Autor

Juliane Martins Lamoglia, Universidade Federal de Viçosa

Bacharel em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Viçosa (UFV). Mestrado em Biologia Animal pela mesma instituição. 

Vanner Boere, Universidade Federal do Sul da Bahia

Possui graduação em Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Santa Maria (1987), especialização em Primatologia pela Universidade de Brasília (1987), mestrado em Psicobiologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (1992) e doutorado em Psicologia - Neurociências e Comportamento pela Universidade de São Paulo (2002). Atualmente é professor Associado III da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), no Campus Jorge Amado, Instituto de Humanidades, Artes e Ciências, Itabuna (BA). 

Edgard Augusto de Toledo Picoli, Universidade Federal de Viçosa

Formado em Agronômia (1997), mestrado em Genética e Melhoramento (1999) e doutorado em Genética e Melhoramento pela Universidade Federal de Viçosa (2005), Pós-doutorado em Entomologia Agrícola na EMBRAPA Milho e Sorgo. Atuou como professor Adjunto na Universidade Presidente Antônio Carlos ministrando as disciplinas de Cultura de Tecidos e Botânica (segundo semestre de 2004), professor substituto da Universidade Federal de Viçosa no Departamento de Biologia Vegetal de 2005 a 2007, e como professor no Centro universitário de Sete Lagoas (UNIFEMM) de 2008 a 2009, ministrando as disciplinas de Biologia das Fanerógamas e Genética Básica. Atualmente é professor Associado III no Departamento de Biologia Vegetal da Universidade Federal de Viçosa.  

Juraci Alves Oliveira, Universidade Federal de Viçosa

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal de Viçosa (1988), mestrado em Ciências Agrárias (Fisiologia Vegetal) pela Universidade Federal de Viçosa (1991) e doutorado em Ciências Agrárias (Fisiologia Vegetal) pela Universidade Federal de Viçosa (1998). Atualmente é Professor Titular da Universidade Federal de Viçosa. Tem experiência na área de Botânica, com ênfase em Ecofisiologia Vegetal, atuando principalmente nos seguintes temas: plantas aquáticas - arsênio, cádmio, toxicidade, metais pesados, fitorremediação, radiosiótopos. Como Professor no curso de Métodos Analíticos em Biologia, para a Pós-Graduação, participa de diversas áreas de pesquisa envolvendo Microbiologia Agrícola, Ciência e Tecnologia de Alimentos, Fitotecnia, Solos e Nutrição de Plantas, dentre outros. Atualmente, Bolsista Pesquisador CNPq e credenciado como orientador nos Programas de Pós-graduação em Fisiologia Vegetal (CAPES 7) e Biologia Celular e Estrutural (CAPES 5), ambos na UFV. 

Carlos de Melo e Silva Neto, Instituto Federal de Goiás

Atuo em botânica, floresta, vegetação e agroecossistemas. Atualmente procuro responder questões relacionadas ao Cerrado, em especial, que contribuam com sua conservação e produção sustentável. Sou biólogo, mestre em biodiversidade vegetal, doutorado e pós-doutorado em agronomia. Contato em: carlos.neto@ifg.edu.br.

Ita de Oliveira e Silva, Universidade Federal do Sul da Bahia

Possui graduação em Bacharelado em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Goiás (1999) e mestrado e doutorado em Biologia Animal pela Universidade de Brasília (2001/2008). Foi professora da Universidade Federal de Viçosa (2009-2015) e atualmente é professora da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB). Tem experiência na área de Fisiologia e Anatomia com ênfase em Neurofisiologia/ Neuroanatomia, atuando principalmente nos seguintes temas: saguis, primatas, cães, comportamento animal, estresse, hierarquia.

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Publicado

2023-11-01

Como Citar

Lamoglia, J. M., Boere, V., Picoli, E. A. de T., Oliveira, J. A., Silva Neto, C. de M. e, & Silva, I. de O. e. (2023). Água e composição mineral do exsudato resultante da escarificação de árvores pau-pombo por micos-estrela. Ciência E Natura, 45, e24. https://doi.org/10.5902/2179460X68493

Edição

v. 45 (2023): Publicação contínua

Seção

Meio Ambiente

Licença

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