Avaliação da suscetibilidade aos movimentos de massa a partir de variáveis morfométricas na interface entre o planalto meridional e a depressão central da região do Vale do Taquari – Rio Grande do Sul
DOI:
https://doi.org/10.5902/2179460X41243Palavras-chave:
Suscetibilidade, Variáveis Morfométricas, Gestão TerritorialResumo
A ocorrência de desastres ambientais no Brasil, a partir de fenômenos naturais, vêm aumentando no decorrer dos anos. Dentre esses fenômenos, estão os movimentos gravitacionais de massa que, além do alto poder destrutivo, pode provocar danos socioeconômicos. As variáveis morfométricas são comumente utilizadas em análises geomorfológicas, principalmente no diagnóstico de áreas suscetíveis a esses processos. Sendo assim, o trabalho tem como objetivo identificar áreas suscetíveis aos movimentos de massas na interface entre o planalto meridional e a depressão central da região do Vale do Taquari-RS, a partir de variáveis geomorfométricas em escala de 1:250.000. Essa análise integra produtos de sensoriamento remoto e geoprocessamento, que se torna um método eficaz e de baixo custo. Em ambiente SIG (Sistema de Informações Geográficas) foi realizada álgebra de mapas que utiliza métodos estatísticos AHP (Analytical Hierarchy Process) e Delphi, no qual validaram a ponderação, e a hierarquia de variáveis. O produto final é uma carta de avaliação da suscetibilidade ambiental aos movimentos de massa da região em estudo. Na carta é observado que a região apresenta alto grau de suscetibilidade na maior parte das vertentes. Com esses dados é possível idealizar um planejamento e gerenciamento adequado do território, fornecendo maior segurança na ocupação nessas áreas.
Downloads
Referências
ARAÚJO PC. Análise da suscetibilidade a escorregamentos: uma abordagem probalísitca [thesis]. Rio Claro: Instituto de Geociências e Ciências Exatas/Unesp; 2004.187p.
BECKER ELS, NUNES MP. Relevo do Rio Grande do Sul, Brasil, e sua representação em maquete. Revista Percurso. 2012;4(2):113-132.
BIGARELLA JJ, BECKER RD, SANTOS GF, HERRMANN MLP, CARVALHO SMC, MENDONÇA M. Estrutura e origem das paisagens tropicais e subtropicais. 3. ed. Florianópolis: Editora da UFSC; 1994.
BITAR OY. Cartas de suscetibilidade a movimentos gravitacionais de massa e inundações: 1: 25.000: nota técnica explicativa. São Paulo: IPT; CPRM; 2014.
BLOOM AL. Superfície da terra. São Paulo: Edgard Blucher; 1996.
BRASIL. Lei nº 12.608 de 10 de Abril de 2012 [Internet]: Política Nacional de Proteção e Defesa Civil (PNPDEC) (BR) [cited may 19].Available from: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei L,12608.
CARMO AM, SOUTO MVS, DUARTE CR, MESQUITA AF. ANÁLISE de Risco Ambiental à Erosão Gerada a partir de produtos de sensores remotos: MDE Topodata e Landsat 8. In: Anais XVII Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto – SBSR;2015 abr 25-29; João Pessoa, Brasil. p .5927-5934.
CARMO AM, SOUTO MVS, DUART CR, LOPES PS, SABADIA JAB. Avaliação de susceptibilidade de risco à erosão, utilizando as variáveis morfométricas, para as serras da porção sul do maciço central do Ceará. Revista Brasileira de Cartografia, 2016;68(9):1787-1804.
DONATI L, TURRINI MC. An objective method to rank the importance of the factors predisposing to landslides with the GIS methodology: application to an area of the Apennines (Valnerina; Perugia, Italy). Engineering Geology; 2002; 63(3-4):277-289.
EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA. EMBRAPA. Serviço Nacional de Levantamento e Conservação de Solos. Súmula da 10. Reunião Técnica de Levantamento de Solos. Rio de Janeiro (Brasil), 1979. 83p.
FELL R, COROMINAS J, BONNARD C, CASCINI L, LEROI E, SAVAGE W Z. Guidelines for landslide susceptibility, hazard and risk zoning for land-use planning. Engineering Geology. 2008;102(3-4):99-111.
FERNANDES NF, AMARAL. CP do. Movimentos de massa: uma abordagem geológico-geomorfológica. Geomorfologia e Meio Ambiente. Bertrand Brasil. 1996:123-194.
FRANCISCO CES, COELHO RM, TORRES RB, ADAMI SF. Espacialização de analise multicritério em SIG: prioridades para recuperação de Áreas de Preservação Permanente. In: Anais XIII Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto; 2007. p .2643-2650.
FREITAS CGL, et al. Procedimentos na elaboração da carta geotécnica de planejamento do município de Cunha, SP. In: 13. Congresso Brasileiro de Geologia de Engenharia e Ambiental – 13. CBGE; 2011 nov; São Paulo, Brasil.
HOFF R, DUCATI JR, COUTINHO ALS, TONIETTO J. Uso de imagens orbitais no estudo das características espectrais das rochas para o estabelecimento de critérios para uma indicação de procedência vinícola na região de Pinto Bandeira, Bento Gonçalves, RS, Brasil. In Embrapa Uva e Vinho (ALICE). In: Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto; 2007; Florianópolis, Brasil.
HOFFMANN GR, AREND LM, SILVEIRA JCBD, BELLOMO HR, NUNES JLM. Rio Grande do Sul: aspectos da geografia. Porto Alegre: Martins Livreiro; 1992.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. IBGE [Internet] (BR) [cited 2019]. Available from: http://www.ibge.gov.br/pt/inicio.html.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. IBGE [Internet] (BR) [cited 2017]. Available from: https://censos.ibge.gov.br/agro/2017/.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATÍSTICA. IBGE. Manual técnico de geomorfologia; 2009.
KAWABATA D, BANDIBAS J. Landslide susceptibility mapping using geological data, a DEM from ASTER images and an Artificial Neural Network (ANN). Geomorphology. 2009;113(1-2):97-109.
KELLER EA, PINTER N. Active Tectonics: Active tectonics: earthqakes, uplift, and landscape. New Jersey, Prentice Hall; 2002.
LEMOS RC. Levantamento de reconhecimento dos solos do Estado do Rio Grande do Sul. Embrapa Solos-Séries anteriores (INFOTECA-E); 1973.
MACHADO NT, SCHNEIDER P, FIEGENBAUM J, WELP M. A ocupação Guarani no Vale do Taquari/RS: notas prévias sobre as pesquisas arqueológicas. Revista Cadernos do Ceom. 2014;19(24):123-136.
MEIJERING JV, TOBI H, VAN DEN BRINK A, MORRIS F, BRUNS D. Exploring research priorities in landscape architecture: An international Delphi study. Landscape and Urban Planning. 2015;(137):85-94.
MOREIRA I. O espaço rio-grandense. São Paulo: Ática; 2003.
MOURA ACM. Reflexões metodológicas como subsídio para estudos ambientais baseados em Análise de Multicritérios. In: Anais do XII Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto; 2007 abr 21-26; Florianópolis, Brasil. p. 2899-2906.
O'LEARY DW, FRIEDMAN JD, POHN HA. Lineament, linear, lineation: some proposed new standards for old terms. Geological Society of America Bulletin. 1976;87(10):1463-1469.
OZDEMIR A. GIS-based groundwater spring potential mapping in the Sultan Mountains (Konya, Turkey) using frequency ratio, weights of evidence and logistic regression methods and their comparison. Journal of Hydrology. 2011;411(3-4):290-308.
PINTO RC, PASSOS E, CANEPARO SC. Considerações a respeito dos condicionantes utilizados em pesquisas envolvendo movimentos de massa. Revista do Programa de Pós-Graduação em Geografia. 2013;5(1):102-124.
PRADHAN B. Remote sensing and GIS-based landslide hazard analysis and cross-validation using multivariate logistic regression model on three test areas in Malaysia. Advances in Space Research. 2010;45(10):1244-1256.
RITTER DF, KOCHEL RC, MILLER J R. Process geomorphology; 2002.
SAATY TL. A scaling method for priorities in hierarchical structures. Journal of mathematical psychology. 1977;15(3):234-281.
SAATY TL. Decision making with the analytic hierarchy process. International journal of services sciences. 2008;1(1):83-98.
SAATY TL, VARGAS LG. Prediction, projection, and forecasting: applications of the analytic hierarchy process in economics, finance, politics, games, and sports. Boston (USA): Kluwer Academic Publishers; 1991.
SILVA NETO JCA. Avaliação da vulnerabilidade à perda de solos na bacia do rio Salobra, MS, com base nas formas do terreno. Geografia (Londrina). 2013;22(1):05-25.
SILVA MB, MAIA RP. Caracterização morfoestrutural do alto curso da bacia hidrográfica do rio Jaguaribe, Ceará-Brasil. Revista Brasileira de Geomorfologia. 2017;18(3):637-655.
SILVA AM, SCHULZ HE, CAMARGO PB. Hidrossedimentologia em bacias hidrográficas. In: Erosão e Hidrossedimentologia em Bacias Hidrográficas. São Carlos: RIMA; 2007. p. 105-135.
STABILE RA, FERREIRA AL, CARVALHO AM, SIQUEIRA AG, BITAR OY. Análise de fatores condicionantes de instabilizações em encostas como subsídio para a modelagem estatística da suscetibilidade a deslizamentos. In: 14. Congresso Brasileiro de Geologia de Engenharia e Ambiental; 2013.
VALERIANO MM. Dados topográficos. In: FLORENZANO, T. G. (Org.). Geomorfologia: conceitos e tecnologias atuais. São Paulo: Oficina de Textos; 2008b. p. 74-103.
VALERIANO MM. Topodata: guia para utilização de dados geomorfológicos locais. São José dos Campos: INPE; 2008. 72p.
VALERIANO MM, ALBUQUERQUE, PCG. Topodata: processamento dos dados SRTM. São José dos Campos: INPE; 2010.
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Para acessar a DECLARAÇÃO DE ORIGINALIDADE E EXCLUSIVIDADE E CESSÃO DE DIREITOS AUTORAIS clique aqui.
Diretrizes Éticas para Publicação de Revistas
A revista Ciência e Natura está empenhada em garantir a ética na publicação e na qualidade dos artigos.
A conformidade com padrões de comportamento ético é, portanto, esperada de todas as partes envolvidas: Autores, Editores e Revisores.
Em particular,
Autores: Os Autores devem apresentar uma discussão objetiva sobre a importância do trabalho de pesquisa, bem como detalhes e referências suficientes para permitir que outros reproduzam as experiências. Declarações fraudulentas ou intencionalmente incorretas constituem comportamento antiético e são inaceitáveis. Artigos de Revisão também devem ser objetivos, abrangentes e relatos precisos do estado da arte. Os Autores devem assegurar que seu trabalho é uma obra totalmente original, e se o trabalho e / ou palavras de outros têm sido utilizadas, isso tem sido devidamente reconhecido. O plágio em todas as suas formas constitui um comportamento publicitário não ético e é inaceitável. Submeter o mesmo manuscrito a mais de um jornal simultaneamente constitui um comportamento publicitário não ético e é inaceitável. Os Autores não devem submeter artigos que descrevam essencialmente a mesma pesquisa a mais de uma revista. O Autor correspondente deve garantir que haja um consenso total de todos os Co-autores na aprovação da versão final do artigo e sua submissão para publicação.
Editores: Os Editores devem avaliar manuscritos exclusivamente com base no seu mérito acadêmico. Um Editor não deve usar informações não publicadas na própria pesquisa do Editor sem o consentimento expresso por escrito do Autor. Os Editores devem tomar medidas de resposta razoável quando tiverem sido apresentadas queixas éticas relativas a um manuscrito submetido ou publicado.
Revisores: Todos os manuscritos recebidos para revisão devem ser tratados como documentos confidenciais. As informações ou ideias privilegiadas obtidas através da análise por pares devem ser mantidas confidenciais e não utilizadas para vantagens pessoais. As revisões devem ser conduzidas objetivamente e as observações devem ser formuladas claramente com argumentos de apoio, de modo que os Autores possam usá-los para melhorar o artigo. Qualquer Revisor selecionado que se sinta desqualificado para rever a pesquisa relatada em um manuscrito ou sabe que sua rápida revisão será impossível deve notificar o Editor e desculpar-se do processo de revisão. Os Revisores não devem considerar manuscritos nos quais tenham conflitos de interesse resultantes de relacionamentos ou conexões competitivas, colaborativas ou outras conexões com qualquer dos autores, empresas ou instituições conectadas aos documentos.