A construção de uma estrutura curricular flexível: uma análise a partir da Matriz do Saber
DOI:
https://doi.org/10.5902/2179460X39974Palavras-chave:
Relação com o saber, Matriz do Saber, Currículo, Mudança curricularResumo
O presente artigo tem como escopo analisar o processo de mudança curricular em uma instituição que optou pela alteração de um modelo curricular estático por um currículo flexível, no qual o estudante tem possibilidade de escolher as Unidades Curriculares que pretende cursar. Para conseguir atingir esse objetivo o caminho metodológico seguido foi pela abordagem qualitativa, com viés fenomenológico, submetendo as atas das reuniões da comissão de currículo aos procedimentos da análise textual discursiva e, posteriormente, categorizando os excertos unitarizados em um instrumento de análise apropriado para mapear as relações com o saber, a Matriz do Saber. Chegou-se à evidência de quais relações com o saber destacaram-se mais ao longo do processo de construção e implantação da nova estrutura curricular, bem como ao entendimento de que as relações com o saber são dinâmicas mostrando mudanças durante o percurso flexibilizado proposto pela instituição.Downloads
Referências
ALTHUSSER L. Ideologia e aparelhos ideológicos do Estado. Lisboa: Presença, 1970.
ARROYO MG. Currículo, território em disputa. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 2011.
ARRUDA SM; ARAUJO RN; PASSOS MM. A identidade docente e as relações com o saber em sala de aula: um estudo realizado com estudantes de uma licenciatura em ciências biológicas. Investigações em Ensino de Ciências. 2018; 23(2):p.1-17.
ARRUDA SM; BENÍCIO, MA; PASSOS, MM. Um instrumento para a análise das percepções/ações de estudantes em sala de aula. Revista Brasileira de Ensino de Ciência e Tecnologia. 2017;10(2):p.1-21.
ARRUDA SM; LIMA JPC de; PASSOS MM. Um novo instrumento para a análise da ação do professor em sala de aula. Revista Brasileira de pesquisa em Educação em Ciências. 2011;11(2):p.139-160.
ARRUDA SM; PASSOS MM. Instrumentos para a análise da relação com o saber em sala de aula. REPPE: Revista de Produtos Educacionais e Pesquisas em Ensino. 2017;1(2):p.95-115.
ARRUDA SM; PASSOS MM; ELIAS RC. Percepções de professores de física do ensino médio sobre o sistema blocado. Currículo Sem Fronteiras. 2017;17(1):p.132-154.
BARDIN L. Análise de conteúdo. Porto: Edições 70, 2011.
BICUDO MAV. Sobre a fenomenologia. In: A pesquisa qualitativa em educação: um enfoque fenomenológico. Piracicaba: Editora Unimep; 1994. p.15-21.
BOBBITT JF. O currículo. Lisboa: Didática; 2004.
BOGDAN RC; BIKLEN SK. Investigação qualitativa em educação – Uma introdução à teoria e aos métodos. Porto: Porto Editora; 1994.
BOURDIEU P; PASSERON J-C. Reprodução: elementos para uma teoria do sistema de ensino. Petrópolis: Vozes; 2008.
CHARLOT B. Da relação com o saber: elementos para uma teoria. Porto Alegre: Artmed; 2000.
CHEVALLARD, Y. La transposición didática. Buenos Aires: Aique Grupo Editor, 2005.
CONTI RP; PASSOS MM; ARRUDA SM. A Educação Ambiental Nos Cursos De Licenciaturas: à luz de um novo instrumento de análise. Revista Eletrônica Debates em Educação Científica e Tecnológica. 2014;4(2):p.183-208.
FINI MI. Sobre a pesquisa em educação que tem a fenomenologia como suporte. In: A pesquisa qualitativa em educação: um enfoque fenomenológico. Piracicaba: Editora Unimep; 1994. p.23-33.
FLICK U. Introdução à pesquisa qualitativa. 3. ed. Porto Alegre: Artmed; 2009.
FREIRE P. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra; 1987.
GOODSON IF. As políticas de currículo e de escolarização: abordagens históricas. Petrópolis: Vozes; 2008.
MINAYO MC da S. O desafio da pesquisa social. In: Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 28. ed. Rio de Janeiro: Vozes; 2009. p.9-29.
MORAES R; GALIAZZI M do C. Análise textual discursiva. Ijuí: Editora Unijuí; 2011.
PASSOS AM; ARRUDA SM; PASSOS MM. Análise das relações docentes em sala de aula com perspectivas de ser inclusiva. Investigações em Ensino de Ciências. 2015;20(3):p.84-115.
SACRISTÁN JG. Saberes e incertezas sobre o currículo. Porto Alegre: Penso; 2013.
SANTOMÉ JT. Currículo escolar e justiça social. Porto Alegre: Penso; 2013.
SILVA TT da. Documentos de identidade: uma introdução às teorias do currículo. Belo Horizonte: Autêntica Editora; 2000a.
SILVA TT da. O currículo como fetiche: a poética e a política do texto curricular. Belo Horizonte: Autêntica Editora; 2000b.
SOUSA RS de; GALIAZZI M do C. A categoria na análise textual discursiva: sobre o método e sistema em direção à abertura interpretativa. Revista Pesquisa Qualitativa. 2017;5(9):p.514-538.
SOUSA RS de; GALIAZZI M do C. Compreensões acerca da hermenêutica na análise textual discursiva: marcas teórico-metodológicas à investigação. Revista Contexto & Educação. 2016;31(100):p.33-55.
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Para acessar a DECLARAÇÃO DE ORIGINALIDADE E EXCLUSIVIDADE E CESSÃO DE DIREITOS AUTORAIS clique aqui.
Diretrizes Éticas para Publicação de Revistas
A revista Ciência e Natura está empenhada em garantir a ética na publicação e na qualidade dos artigos.
A conformidade com padrões de comportamento ético é, portanto, esperada de todas as partes envolvidas: Autores, Editores e Revisores.
Em particular,
Autores: Os Autores devem apresentar uma discussão objetiva sobre a importância do trabalho de pesquisa, bem como detalhes e referências suficientes para permitir que outros reproduzam as experiências. Declarações fraudulentas ou intencionalmente incorretas constituem comportamento antiético e são inaceitáveis. Artigos de Revisão também devem ser objetivos, abrangentes e relatos precisos do estado da arte. Os Autores devem assegurar que seu trabalho é uma obra totalmente original, e se o trabalho e / ou palavras de outros têm sido utilizadas, isso tem sido devidamente reconhecido. O plágio em todas as suas formas constitui um comportamento publicitário não ético e é inaceitável. Submeter o mesmo manuscrito a mais de um jornal simultaneamente constitui um comportamento publicitário não ético e é inaceitável. Os Autores não devem submeter artigos que descrevam essencialmente a mesma pesquisa a mais de uma revista. O Autor correspondente deve garantir que haja um consenso total de todos os Co-autores na aprovação da versão final do artigo e sua submissão para publicação.
Editores: Os Editores devem avaliar manuscritos exclusivamente com base no seu mérito acadêmico. Um Editor não deve usar informações não publicadas na própria pesquisa do Editor sem o consentimento expresso por escrito do Autor. Os Editores devem tomar medidas de resposta razoável quando tiverem sido apresentadas queixas éticas relativas a um manuscrito submetido ou publicado.
Revisores: Todos os manuscritos recebidos para revisão devem ser tratados como documentos confidenciais. As informações ou ideias privilegiadas obtidas através da análise por pares devem ser mantidas confidenciais e não utilizadas para vantagens pessoais. As revisões devem ser conduzidas objetivamente e as observações devem ser formuladas claramente com argumentos de apoio, de modo que os Autores possam usá-los para melhorar o artigo. Qualquer Revisor selecionado que se sinta desqualificado para rever a pesquisa relatada em um manuscrito ou sabe que sua rápida revisão será impossível deve notificar o Editor e desculpar-se do processo de revisão. Os Revisores não devem considerar manuscritos nos quais tenham conflitos de interesse resultantes de relacionamentos ou conexões competitivas, colaborativas ou outras conexões com qualquer dos autores, empresas ou instituições conectadas aos documentos.