Metamorfismo termal dos mármores de Caçapava do Sul, RS
DOI:
https://doi.org/10.5902/2179460X25479Resumo
A região de Caçapava do Sul, no Estado do Rio Grande do Sul, é caracterizada pela ocorrência de um batólito granítico (Granito Caçapava) que é circundado por um cinturão de matamorfitos pertencentes ao Grupo Porongos e atribuído ao Pré-Cambriano Superior por RIBEIRO et alii (1966). Entre os metamorfitos ocorre um corpo de rochas carbonatadas de aspecto lenticular, com contatos nítidos, interpenetrado por apófises graníticas e com afloramento de aproximadamente 17 km2. O estudo do metamorfismo demonstra que estas rochas foram termicamente afetadas pelo Granito Caçapava e apófises, o que é evidenciado pelo zoneamento metamórfico que vai da fácies piroxênio hornfels, nas imediações do contato, até a fácies albita-epídoto hornfels, em posições mais distais. A estrutura geralmente isotrópica, a preservação do polimorfo ortoclásio, a contemporaneidade do granito e suas encaixantes (Ciclo Brasiliano) e tendo em vista que as rochas encaixantes pertencem à fácies xistos (BITENCOURT, 1983), são fatos que evidenciam a colocação relativamente rasa do Granito Caçapava e permitem estimas as temperaturas do apogeu metamórfico em torno de 560°C. A pressão total e a pressão da fase fluida foram estimadas em 1.000 bárias, valor compatível com o alojamento raso (3 a 4 km) do Granito Caçapava. Análise do metamorfismo destas rochas, feita com base em diagramas T - XCO2 para o sistema CaO-MgO-SiO2-CO2-H2O, evidenciou paragêneses tanto de equilíbrio como de desequilíbrio, feição compatível com a natureza do “magma granítico Caçapava” que não favoreceu uma distribuição térmica homogênea e de longa duração.
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Referências
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