Atividades Baseadas na Aprendizagem Significativa (as): Avanços na Educação de Jovens e Adultos a Partir da Interdisciplinaridade como Atitude do Professor
DOI:
https://doi.org/10.5902/2179460X17643Palavras-chave:
EJA, Temática, Material Potencialmente significativo, Concepções iniciais de Energia, Interdisciplinaridade.Resumo
Com o intuito de avaliar uma proposta de ensino a partir da atitude interdisciplinar do professor e dos pressupostos da aprendizagem significativa, o presente estudo, resultado de uma dissertação de mestrado em Educação em Ciências, buscou investigar, inicialmente, as concepções iniciais dos alunos em relação à Energia. A partir do mapeamento dos seus interesses relacionados ao tema, bem como a determinação do seu perfil sócio-educacional, foi desenvolvida uma sequência didática com duas turmas de educação de jovens e adultos (EJA), em uma escola estadual pública, de Santa Maria, RS. A partir da análise dos resultados, constatou-se um avanço significativo na estrutura cognitiva dos pesquisados, sendo que cerca de 91% evoluíram conceitualmente, diminuindo a fragmentação da compreensão de seu significado, o qual era primeiramente atribuído a Movimento, Vida, Materialismo e Funcionalismo, e, após, a compreensões mais adequadas cientificamente, Transformação, Fluxo e Origem. A interdisciplinaridade como atitude do docente, apresentando o tema de forma ampla e global, se mostrou essencial para uma progressiva diferenciação e reconciliação dos conceitos relacionados à energia. A EJA apresenta-se como campo bastante promissor para estudos na área de Educação em Ciências que consideram a interdisciplinaridade e a AS em seus referenciais teóricos.
Downloads
Referências
ARAUJO, M. C. P de; NONENMACHER, S. Energia: um conceito presente nos livros didáticos de Fís., Bio. e Quím. no ensino médio. Poésis. v. 2, n. 1, p.1-13, 2009.
AUSUBEL, D.P.; NOVAK, J.D.; HANESIAN, H. Psicologia educacional. Tradução Eva Nick. Rio de Janeiro: Interamericana, 1980.
_____. Aquisição e retenção do conhecimento: uma perspectiva cognitiva. Lisboa: Plátano edições técnicas, 2003.
BARBOSA, J,P.V; BORGES, A.T. O entendimento dos estudantes sobre energia no início do ensino médio. Cad. Bras. Ens. Fís. v. 23, n. 2: p. 182-217, 2006.
BESSON, U.; AMBROSIS, A. Teaching Energy Concepts by Working on Themes of Cultural and Environmental Value. Science & Education. v.23, n.6, p. 1309-1338, 2014.
BOFF, E.T.; et al. Situação de Estudo: Uma possibilidade de Reconstrução de Teorias e Práticas Docentes. In: GALIAZZI, M.C. et al (orgs). Aprender em rede na educação em ciências. Ijuí: Ed.Unijuí, p.91-112, 2008.
BOSQUILA, G.E.; et al.; Interações e transformações I – Elaborando conceitos sobre transformações Químicas. São Paulo: Ed. da Universidade de São Paulo, 2012.
BUSQUETS, M.D.; et al. Temas Transversais em Educação: Bases para a formação integral. São Paulo: Ática, 1998.
CASTRO, L.P.S.; MORTALE, T.A.B. Energia: levantamento de concepções alternativas. 2012. 114f. Monografia. Mackenzie, SP, 2012.
COELHO, R.L. On the Concept of Energy: Eclecticism and Rationality. Science & Education. v. 23, n.6, p. 1361-1380, 2014.
COIMBRA, D.; GODOI, N.; MASCARENHAS, Y. P. EJA: uma abordagem transdisciplinar para o conceito de energia. Enseñanza de lãs ciencias. v. 8, n.2, 2009.
ETGES, N.J. Ciência, Interdiscip. e Educação. In: JANTSCH, A.P.; BINCHETTI,L. (orgs). Interdisciplinaridade: para além da filosofia do sujeito. Petrópolis: Vozes, p.51-84, 1995.
GASPAR, A.Experiências de Ciências. São Paulo: Ed. Ática, 2009.
GASPARIAN, M.C.C. Interdisciplinaridade e as questões da aprendizagem. In: FAZENDA, I. Interdisciplinaridade na formação de professores: da teoria à prática. Canoas: Ed.Ulbra, 2006. p. 103-111.
JACQUES, V.; MILARE, T.; FILHO. A presença do conceito de energia no tratamento de Química em livros didáticos de ciências. In: VII Encontro Nacional de Pesquisa em Ed. Ciências. Florianópolis - SC, 2009.
LANCOR, R. Using Metaphor Theory to Examine Conceptions of Energy in Biology, Chemistry, and Physics. Science & Education. v. 23, n.6, p. 1245-1267, 2014.
MACHADO, A. R.; et al.. Processos de retomada e (re) significação do conceito de energia em aulas de física do EM. Ensino de Ciências e Tecn. em Rev. v.1, n.1, p. 15-21, 2011.
MORAES, R. Uma tempestade de Luz: a compreensão possibilitada pela Análise Textual Discursiva. Ciência & Educação. v. 9, n. 2, p. 191-211, 2003.
______.; GALIAZZI, M. C. Análise textual discursiva. Ijuí: Unijuí, 2007.
______. Cotidiano no Ensino de Química: superações necessárias. In: GALIAZZI, M, C et al.(orgs). Aprender em rede na educação em ciências. Ijuí: Ed.Unijuí p.15-34, 2008.
MOREIRA, M.A. Teorias da Aprendizagem. 2ª Ed. São Paulo: EPU, 2011.
______. Mapas conceituais e aprendizagem significativa. Cadernos de Aplicação. v.11, n.2, p.143-156, 1998
MORIN, E. Da necessidade de um pensamento complexo. In: MARTINS, F. M; SILVA, J.M (orgs). Para navegar no século XXI. Porto Alegre: Sulina/Edipucrs, 1999.
______. A cabeça bem feita: repensar a reforma, reformar o pensamento. Rio de Janeiro: Ed. Bertrand Brasil, 2002.
MORTIMER, E.F. Evolução do Atomismo em Sala de Aula: Mudança de Perfis Conceituais. Tese de Doutorado, São Paulo, 1996.
OLIVEIRA, A. A energia em nossas vidas. 2009. Disponível em: < http://cienciahoje.uol.com.br/colunas/fisica-sem-misterio/a-energia-em-nossas-vidas > Acesso em: 15. Abr..2015.
POZO, J.I Teorias Cognitivas da Aprendizagem. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.
RUSSO, M.E. Energia e Movimento. Buenos Aires: Editorial Sol 90, 2007.
SALVADOR, C. M. Interdisciplinaridade no ensino Fundamental. . In: FAZENDA, I (orgs). Interdisciplinaridade na formação de professores: da teoria à prática. Canoas: Ed.Ulbra, p. 113-124, 2006.
TASCHETTO, A.G. Abordagem Interdisciplinar a partir da Temática Energia: Contribuições para uma Aprendizagem Significativa na EJA. 325f. Dissertação, PPG Educação em Ciências, UFSM, Santa Maria, 2014. Disponível em:
<http://cascavel.cpd.ufsm.br/tede/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=6536>
TASCHETTO, A.G. ; GARCIA, I.K. . Perfil sócio-educacional de estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA): um estudo de realidades e interesses acerca do conceito Energia. Latin - American Journal of Physics Education, v. 8, p. 475-486, 2014.
TAVARES, R. Aprendizagem significativa e o ensino de ciências. Ciência e Cognição, v.18, p.94-100, 2008.
VIEIRA, M.A. Análise de concepções de alunos: uma visão da energia no contexto da Ed. Amb. In: V Col. Int. “Educação e Contemp.”, São Cristóvão –SE, 2011.
ZANETIC, J. Física e cultura. Cienc. Cult. (online). v.57, n.3, p. 21-24, 2005.
ZOMPERO, A.F.; LABURÚ, C.E. As atividades de investigação no Ensino de Ciências na perspectiva da teoria da Aprendizagem Significativa. Revista Electronica de Investigacion en Educacion en Ciencias, v. 5, n. 2, p.12-19, 2010.
WIRZBICKI, S. M. Abordagens e reflexões sobre a significação conceitual de energia em espaços interativos de formação de professores. 141f. Dissertação, (Mestrado em Educação em Ciências), UNIJUÍ, Ijuí, 2010.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Para acessar a DECLARAÇÃO DE ORIGINALIDADE E EXCLUSIVIDADE E CESSÃO DE DIREITOS AUTORAIS clique aqui.
Diretrizes Éticas para Publicação de Revistas
A revista Ciência e Natura está empenhada em garantir a ética na publicação e na qualidade dos artigos.
A conformidade com padrões de comportamento ético é, portanto, esperada de todas as partes envolvidas: Autores, Editores e Revisores.
Em particular,
Autores: Os Autores devem apresentar uma discussão objetiva sobre a importância do trabalho de pesquisa, bem como detalhes e referências suficientes para permitir que outros reproduzam as experiências. Declarações fraudulentas ou intencionalmente incorretas constituem comportamento antiético e são inaceitáveis. Artigos de Revisão também devem ser objetivos, abrangentes e relatos precisos do estado da arte. Os Autores devem assegurar que seu trabalho é uma obra totalmente original, e se o trabalho e / ou palavras de outros têm sido utilizadas, isso tem sido devidamente reconhecido. O plágio em todas as suas formas constitui um comportamento publicitário não ético e é inaceitável. Submeter o mesmo manuscrito a mais de um jornal simultaneamente constitui um comportamento publicitário não ético e é inaceitável. Os Autores não devem submeter artigos que descrevam essencialmente a mesma pesquisa a mais de uma revista. O Autor correspondente deve garantir que haja um consenso total de todos os Co-autores na aprovação da versão final do artigo e sua submissão para publicação.
Editores: Os Editores devem avaliar manuscritos exclusivamente com base no seu mérito acadêmico. Um Editor não deve usar informações não publicadas na própria pesquisa do Editor sem o consentimento expresso por escrito do Autor. Os Editores devem tomar medidas de resposta razoável quando tiverem sido apresentadas queixas éticas relativas a um manuscrito submetido ou publicado.
Revisores: Todos os manuscritos recebidos para revisão devem ser tratados como documentos confidenciais. As informações ou ideias privilegiadas obtidas através da análise por pares devem ser mantidas confidenciais e não utilizadas para vantagens pessoais. As revisões devem ser conduzidas objetivamente e as observações devem ser formuladas claramente com argumentos de apoio, de modo que os Autores possam usá-los para melhorar o artigo. Qualquer Revisor selecionado que se sinta desqualificado para rever a pesquisa relatada em um manuscrito ou sabe que sua rápida revisão será impossível deve notificar o Editor e desculpar-se do processo de revisão. Os Revisores não devem considerar manuscritos nos quais tenham conflitos de interesse resultantes de relacionamentos ou conexões competitivas, colaborativas ou outras conexões com qualquer dos autores, empresas ou instituições conectadas aos documentos.