Impactos do Setor Sinero-Siderúrgico Sobre as Concentrações de Partículas Inaláveis e de Dióxido de Enxofre, na Região da grande Vitória, Espírito Santo, Brasil

Autores

  • Rafael Pozzi Malheiros Universidade Federal do Oeste da Bahia, campus Barreiras – BA, Brasil
  • Ana Maria Mapeli Universidade Federal do Oeste da Bahia, campus Barreiras – BA, Brasil
  • Luciana Lucas Machado Universidade Federal do Oeste da Bahia, campus Barreiras – BA, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.5902/2179460X17421

Palavras-chave:

Cagaita. Radicais livres. Alface. Milho. Inibição.

Resumo

O objetivo deste trabalho foi avaliar o potencial antioxidante e alelopático dos extratos etanólico e hidroalcoólicos 70:30 (etanol:água) e 50:50 (etanol: água) obtidos das folhas de Eugenia dysenterica.  O potencial antioxidante das amostras foi estudado frente à capacidade de sequestro do radical 2,2-difenil-1-picril-hidrazila (DPPH). A avaliação da atividade alelopática foi realizada em condições de laboratório, considerando-se a porcentagem de germinação, índice de velocidade de germinação, crescimento da radícula/raiz primária e crescimento do hipocótilo/coleóptilo de sementes de alface e milho. Os resultados obtidos foram submetidos a análise de variância e  as médias comparadas pelo teste Scott Knott ao nível de 5% de probabilidade. Em relação ao potencial antioxidante, todos os extratos demonstraram atividade, com valores de concentração inibitória (IC50) de 0,73; 1,68 e 1,83mg/mL para os extratos etanólico, hidroalcoólico 70:30 e hidroalcoólico 50:50, respectivamente. Quanto a atividade alelopática, os extratos etanólico e hidroalcoólico 70:30 e 50:50 reduziram o índice de velocidade de germinação de alface e  inibiram o crescimento médio da radícula/raiz primária e hipocótilo/coleóptilo das espécies alvo. Portanto, os extratos testados de E. dysenterica apresentam potencial antioxidante e efeito alelopático inibitório sobre o desenvolvimento inicial de alface e milho.

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Biografia do Autor

Rafael Pozzi Malheiros, Universidade Federal do Oeste da Bahia, campus Barreiras – BA, Brasil

Mestre em Ciências Ambientais pela Universidade Federal do Oeste da Bahia, campus Barreiras - BA. Graduado em Ciências Biológicas pela Universidade Federal da Bahia. Têm experiência na área de Fisiologia Vegetal e Produtos Naturais onde desenvolve trabalhos sobre o efeito de extratos no desenvolvimento de plantas e fungos.

Ana Maria Mapeli, Universidade Federal do Oeste da Bahia, campus Barreiras – BA, Brasil

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (2002), mestrado em Ciências Agrárias (Fisiologia Vegetal) pela Universidade Federal de Viçosa (2005) e doutorado em Ciências Agrárias (Fisiologia Vegetal) pela Universidade Federal de Viçosa (2009). Atualmente é docente da Universidade Federal do Oeste da Bahia e discente-autor da Universidade Federal de Viçosa. Tem experiência na área de Botânica, com ênfase em Fisiologia Vegetal, atuando principalmente nos seguintes temas: alelopatia, germinação, conservação pós-colheita, crescimento, sementes e longevidade floral.

Luciana Lucas Machado, Universidade Federal do Oeste da Bahia, campus Barreiras – BA, Brasil

Possui graduação em Licenciatura Plena em Química pela Universidade Estadual do Ceará (2001) e mestrado em Química Orgânica pela Universidade Federal do Ceará (2004).Realizou o doutorado sandwich na Universidade de Oviedo com duração de 6 meses pela CAPES-DGU. Doutorado em Química Orgânica pela UFC (2008). Atualmente é professor adjunto 2 da Universidade Federal do Oeste da Bahia. Atua na área de pesquisa em produtos naturais e em biocatálise realizando reações orgânicas de redução e hidrolise utilizando como biocatalisador células integras da manihot esculenta, manihot dulcis, passiflora edullis e na resolução de álcoois e aminas secundárias com com complexo enzimático imobilizado da manipueira obtido de M.esculenta

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Publicado

2016-05-31

Como Citar

Malheiros, R. P., Mapeli, A. M., & Machado, L. L. (2016). Impactos do Setor Sinero-Siderúrgico Sobre as Concentrações de Partículas Inaláveis e de Dióxido de Enxofre, na Região da grande Vitória, Espírito Santo, Brasil. Ciência E Natura, 38(2), 601–609. https://doi.org/10.5902/2179460X17421

Edição

Seção

Biologia