Inovação e Aprendizagem Independente na Educação Básica

Autores

  • Ronaldo Mota

DOI:

https://doi.org/10.5902/2179460X13196

Resumo

Este artigo é sobre a possibilidade de incluir o tema atual da inovação como parte integrante do ensino básico e acerca da pertinência e possibilidade de explorar neste nível uma metodologia compatível conhecida como “aprendizagem independente”. Uma exigência adicional aos processos educativos contemporâneos é a preparação de futuros profissionais e cidadãos em geral para um mundo no qual a inovação é central. Para tanto, é crucial o papel que as novas tecnologias, em especial as tecnologias digitais incluindo a internet, pode desempenhar sobre as experiências educacionais de alunos e professores ao longo de suas vivências escolares.

A principal característica da abordagem de aprendizagem independente é explorar a autonomia do educando, sendo elemento chave adotar como centro do processo de aprendizagem o aluno e como referência principal o estímulo a “aprender a aprender”. Embora, a definição geral inclua a autoaprendizagem stricto sensu, de fato, na maioria dos casos, na escola regular, a integração com o currículo e o professor são os protagonistas nesta metodologia. Da mesma forma, ainda que em geral se associe o potencial uso desta abordagem com adultos, certamente é quando bem jovem que o hábito do aprender a aprender melhor se desenvolve, com mais naturalidade e pertinência.

Apresentaremos também questões essenciais associadas à terceira grande revolução educacional que tem como elementos-símbolo as tecnologias digitais e a centralidade de inovação no mundo contemporâneo, os quais estão afetando profundamente dois itens fundamentais dos processos de ensino e de aprendizagem: a forma como geramos conhecimento novos e a maneira segundo a qual os construímos pedagogicamente. Assim, caminhamos rapidamente para um cenário no qual a complexa competência digital e a vocação para inovação se agregarão em nível de importância ao domínio do conhecimento tradicional e às competências e habilidades típicas ministradas nas escolas atuais, demandando a “aprendizagem independente” como metodologia apropriada para o ensino fundamental.

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Biografia do Autor

Ronaldo Mota

Ronaldo Mota é pesquisador do CNPq em Física, Consultor nas áreas de Educação e Inovação, Professor Titular aposentado da Universidade Federal de Santa Maria a atualmente Coordenador do MBA em Engenharia e Inovação promovido por VEDUCA/UniSEB. Bacharel em Física na Universidade de São Paulo, Mestre na Universidade Federal da Bahia, Doutor na Universidade Federal de Pernambuco, Pós-Doutor na University of British Columbia-Canadá e na University of Utah-EUA. Em Física, a área principal de atuação é Modelagem e Simulação em Materiais Nanoestruturados, com ênfase em Funcionalização de Nanotubos de Carbono. Em Educação e Inovação, as áreas de interesse são: Gestão da Inovação, Tecnologias Educacionais Inovadoras e Aprendizagem Independente. Presidente do Conselho de Administração da empresa de inovação Neoprospecta no Parque Sapiens-SC e Fundador e Assessor Especial da empresa britânica EdUKationBr. Foi Secretário Nacional de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação,  Secretário Nacional de Educação Superior, Secretário Nacional de Educação a Distância e Ministro Interino do Ministério da Educação. Condecorado pelo Presidente da República como Comendador na classe Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico e ocupou a Cátedra Anísio Teixeira/CAPES, como Visiting Professorial Fellow no Institute of Education da University of London.

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Publicado

2014-10-31

Como Citar

Mota, R. (2014). Inovação e Aprendizagem Independente na Educação Básica. Ciência E Natura, 36(3), 121–129. https://doi.org/10.5902/2179460X13196