Efeitos granulométricos na jigagem de itabiritos sob alta frequência
DOI:
https://doi.org/10.5902/2179460X85455Palavras-chave:
Concentração densitária, Jigue, Minério de ferro, ItabiritoResumo
Os jigues têm sido usados no beneficiamento de minério desde a Idade Média. Ao contrário de outros métodos de concentração, a separação densitária implica baixos custos operacionais e ambientais. Este trabalho descreve o efeito do tamanho das partículas na eficiência de separação utilizando misturas sintéticas de quartzo e hematita, simulando minérios itabiríticos. Os parâmetros tecnológicos de um jigue tipo Harz-Denver foram estudados no estágio de desbaste em escala de bancada, empregando amostras minerais previamente bitoladas. Os experimentos foram efetuados a partir de 12 classes granulométricas, com amplitude de curso de 7,0 mm e diversas frequências de pulsação, incluindo valores acima dos historicamente praticados na indústria. O teor de hematita nas alimentações preparadas foi de 40 %, 50 % e 60 %. Observou-se que o jigue tem melhor desempenho usando alimentação abaixo de 50 % de hematita, no caso de mesclas de partículas médias e mesclas de partículas finas. Os resultados foram muito promissores. O teor médio do concentrado foi de 89,35 % de hematita, a partir de alimentação com 40 % de hematita, ao passo que a recuperação correspondente foi de 97,62 % e índice de seletividade de Gaudin muito elevado de 12,37. Porém, o jigue não teve um desempenho tão bom quando tratou amostras globais (mescla com todas as classes de tamanho), indicando a importância do bitolamento granulométrico adequado do minério.
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