A proteção de áreas naturais no contexto do planejamento territorial municipal: estudos de caso na Zona Costeira do Estado de São Paulo
DOI:
https://doi.org/10.5902/2179460X36769Keywords:
Áreas protegidas, Unidades de conservação, Plano diretor, Zoneamento ambientalAbstract
Os municípios que abrigam unidades de conservação em seu território apresentam um papel decisivo para a proteção dessas áreas. Por meio de instrumentos de ordenamento territorial, como o plano diretor e o zoneamento ambiental, o município pode definir uma ocupação antrópica mais adequada à conservação ambiental no entorno das áreas protegidas, presentes em seu território. O presente trabalho teve como principal objetivo investigar o potencial dos instrumentos de planejamento territorial, principalmente o plano diretor na proteção das áreas naturais, em especial, as unidades de conservação. O projeto foi desenvolvido em municípios integrantes da Zona Costeira do Estado de São Paulo. Os resultados obtidos mostraram que os planos diretores apresentaram situações diversificadas quanto à maneira como abordaram a questão da presença e da proteção da unidade de conservação no território do município. A metade dos planos diretores analisados apresentou características que foram associadas com a proteção das UCs, reafirmando o potencial desse instrumento de planejamento territorial na proteção das áreas naturais existentes no município.Downloads
References
ATLAS DO DESENVOLVIMENTO HUMANO NO BRASIL. 2013. Disponível em: http://atlasbrasil.org.br/2013/.
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei 9985, de 18 de junho de 2000. Institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação e dá outras providências. 2000. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9985.htm.
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos - (2001) Lei 10257 (Estatuto das Cidades), de 10 de julho de 2001. Regulamenta os art. 182 e 183 da Constituição Federal, estabelece diretrizes gerais da política urbana e dá outras providências. Disponível online em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LEIS_2001/L10257.htm.
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Resolução CONAMA nº 428, de 17 de dezembro de 2010. Revoga as Resoluções nº 10/1988, nº 11/1987, nº 12/1988 e nº13/1990. Altera as Resoluções nº 347/2004 e nº 378/2006. 2010. http://www2.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=641.
BARDIN, L. Análise de conteúdo – Edição Revista e Ampliada. Lisboa: Edições 70, LDA. 2016.
COSTA, H S M, CAMPANTE, A L G, ARAÚJO, R P Z. A dimensão ambiental nos planos diretores de municípios brasileiros: um olhar panorâmico sobre a experiência recente. In:
SANTOS JUNIOR, O. A.; MONTANDON, D. T. (Orgs.). Os planos diretores municipais pós-Estatuto da Cidade: balanço crítico e perspectivas. Rio de Janeiro: Letra Capital, 2011.p. 173-217. http://bibspi.planejamento.gov.br/bitstream/handle/iditem/302/Livro_Os_planos_diretores_municipais_ps_EC_balano_crtico_e_perspectivas.pdf?sequence=1&isAllowed=y.
DE FRIES, R, KARANTH, K K, PAREETH, S. Interactions between protected areas and their surroundings in human-dominated tropical landscapes. Biological Conservation, 2010;143:2870-2880. http://dx.doi.org/10.1016/j.biocon.2010.02.010.
ESTEVES, A O, SOUZA, M S. Avaliação Ambiental Estratégica e as Áreas de Proteção Ambiental. Engenharia Sanitária e Ambiental, 2014;19:77-86. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-41522014019010000443
FABRO NETO, F, SOUZA, M P. Avaliação Ambiental Estratégica e desenvolvimento urbano: contribuições para o plano diretor municipal. Minerva, 2009;6(1):85-90. Disponível online: http://www.fipai.org.br/Minerva%2006(01)%2010.pdf.
FIDELIS,T., SUMARES, D. Nature conservation and urban development control in the portuguese planning system: a new impetus against old práxis? European Environment; 2008;18:298-311. DOI:10.1002/eet.487.
FREITAS, I.F. Unidades de Conservação no Brasil: O Plano Estratégico Nacional de Áreas Protegidas e a viabilização da zona de amortecimento [dissertação]. Campinas: FECAU/UNICAMP; 2009.106p.
GARCIA, D. A. D; REVAH, L.O. La Reserva de la Biosfera Alto Golfo de California y Delta del Río Colorado: planeación territorial. Región y Sociedad; 2013;25(58):57-85. Disponível online em: http://www.scielo.org.mx/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1870-39252013000300003.
GOMES, M. O plano de desenvolvimento urbano – após o Estatuto da Cidade. 2006. Disponível online em: www.mpgo.mp.br/portalweb/hp/9/docs/doutrinaparcel_11.pdf.
KOLHOFF, A.; SLOOTWEG, R. Biodiversity in SEA for spatial plans – experinces from the Netherlands. Journal of Environmental Assessment Policy and Management, 2005;7(2):267-286. http://dx.doi.org/10.1142/S146433320500202X.
NEVES, E.M.S.C. Política ambiental, municípios e cooperação intergovernamental no Brasil. Estudos Avançados, 2012;26. http://dx.doi.org/10.1590/S0103-40142012000100010.
PETERSON, K. Screening decisions concerning the likely impacts of plan and projects on Natura 2000 sites. Journal of Environmental Assessment Policy and Management, 2010;12(2):185-214. DOI: http://dx.doi.org/10.1142/S1464333210003553.
ROLNIK, R. Democracy on the Edge: Limits and Possibilities in the Implementation of an Urban Reform Agenda in Brazil. Journal of urban and regional research, 2011;35.2:239-255. DOI:10.1111/j.1468-2427.2010.01036.x.
SANTOS, M. R. R. Contribuições do planejamento ambiental para o planejamento territorial de áreas rurais: proposta de uma estrutura base para elaboração e revisão de Planos Diretores municipais [tese]. São Carlos: Escola de Engenharia de São Carlos/USP; 2014.
SANTOS, M .R. R.; RANIERI, V.E.L. Critérios para análise do zoneamento ambiental como instrumento para planejamento e ordenamento territorial. Ambiente & Sociedade, 2013;16(4):43-62.
SÃO PAULO. Secretaria de Estado do Meio Ambiente. Parque Estadual Serra do Mar – Plano de Manejo. Fundação Florestal. São Paulo. 2006. 433p. Disponível em: http://fflorestal.sp.gov.br/pagina-inicial/planos-de-manejo/planos-de-manejo-planos-concluidos/plano-de-manejo-pe-serra-do-mar/.
SÃO PAULO. Secretaria de Estado do Meio Ambiente. (2008) Parque Estadual Calos Botelho – Plano de Manejo. Fundação Florestal. São Paulo. 2008. 501 p. Disponível em: http://fflorestal.sp.gov.br/pagina-inicial/planos-de-manejo/planos-de-manejo-planos-concluidos/plano-de-manejo-pe-carlos-botelho/.
SÃO PAULO. Secretaria de Estado do Meio Ambiente. (2008) Parque Estadual Intervales – Plano de Manejo . Fundação Florestal. São Paulo. 2008. 1100p. Disponível em: http://fflorestal.sp.gov.br/pagina-inicial/planos-de-manejo/planos-de-manejo-planos-concluidos/plano-de-manejo-pe-intervales/.
SÃO PAULO. Secretaria de Estado do Meio Ambiente. Parque Estadual Xixová-Japuí – Plano de Manejo. Fundação Florestal. São Paulo. 2010. 487p. Disponível em: http://fflorestal.sp.gov.br/pagina-inicial/planos-de-manejo/planos-de-manejo-planos-concluidos/plano-de-manejo-pe-xixova-japui/.
SÃO PAULO. Secretaria do Meio Ambiente. ZEE Baixada Santista: zoneamento ecológico-econômico – setor costeiro da Baixada Santista. Organização Luiz Roberto Numa de Oliveira. São Paulo: SMA, 2013.104p. Disponível em: http://arquivos.ambiente.sp.gov.br/cpla/2011/05/ZEE_PUBLICACAO.pdf.
SÃO PAULO. Secretaria do Meio Ambiente. Coordenadoria de Planejamento Ambiental (CPLA). 2014.Disponível online em: http://www.ambiente.sp.gov.br/cpla/zoneamento/gerenciamento-costeiro/ .
SÃO PAULO. Secretaria do Meio Ambiente. Coordenadoria de Planejamento Ambiental Estratégico e Educação Ambiental. Zoneamento Ecológico-Econômico - Litoral Norte. São Paulo: SMA/CPLEA, 2017. Disponível em: https://www.ambiente.sp.gov.br/cpla/zoneamento/zoneamento-ecologico-economico/litoral-norte/.
SÖDERMAN, T.; SAARELA, S. Biodiversity in Strategic Environmental Assessment (SEA) of municipal spatial plans in Finland. Impact Assessment and Project Appraisal, 2010;28(2):117-133. Disponível em: http://doi.org//10.3152/146155110X498834.
SOS Mata Atlântica. 2015. Disponível online em : www.sosma.org.br/projeto/planos-de-mata-atlantica/.
VITALLI, P. L.; ZAKIA, M. J. B. DURIGAN, G. Considerações sobre a legislação correlata à zona tampão de Unidades de Conservação no Brasil. Ambiente e Sociedade, 2009;12(1):87-92. http://dx.doi.org/10.1590/S1414-753X2009000100006.
Published
How to Cite
Issue
Section
License
To access the DECLARATION AND TRANSFER OF COPYRIGHT AUTHOR’S DECLARATION AND COPYRIGHT LICENSE click here.
Ethical Guidelines for Journal Publication
The Ciência e Natura journal is committed to ensuring ethics in publication and quality of articles.
Conformance to standards of ethical behavior is therefore expected of all parties involved: Authors, Editors, Reviewers, and the Publisher.
In particular,
Authors: Authors should present an objective discussion of the significance of research work as well as sufficient detail and references to permit others to replicate the experiments. Fraudulent or knowingly inaccurate statements constitute unethical behavior and are unacceptable. Review Articles should also be objective, comprehensive, and accurate accounts of the state of the art. The Authors should ensure that their work is entirely original works, and if the work and/or words of others have been used, this has been appropriately acknowledged. Plagiarism in all its forms constitutes unethical publishing behavior and is unacceptable. Submitting the same manuscript to more than one journal concurrently constitutes unethical publishing behavior and is unacceptable. Authors should not submit articles describing essentially the same research to more than one journal. The corresponding Author should ensure that there is a full consensus of all Co-authors in approving the final version of the paper and its submission for publication.
Editors: Editors should evaluate manuscripts exclusively on the basis of their academic merit. An Editor must not use unpublished information in the editor's own research without the express written consent of the Author. Editors should take reasonable responsive measures when ethical complaints have been presented concerning a submitted manuscript or published paper.
Reviewers: Any manuscripts received for review must be treated as confidential documents. Privileged information or ideas obtained through peer review must be kept confidential and not used for personal advantage. Reviewers should be conducted objectively, and observations should be formulated clearly with supporting arguments, so that Authors can use them for improving the paper. Any selected Reviewer who feels unqualified to review the research reported in a manuscript or knows that its prompt review will be impossible should notify the Editor and excuse himself from the review process. Reviewers should not consider manuscripts in which they have conflicts of interest resulting from competitive, collaborative, or other relationships or connections with any of the authors, companies, or institutions connected to the papers.