Narrativas, imaginários e subjetividades midiáticas no filme Malévola (2014)
DOI:
https://doi.org/10.5902/2175497748029Resumo
A produção Disney Malévola, de 2014, faz uma releitura do conto de fadas Bela Adormecida, já adaptado em animação em 1959. Desta vez, a história põe em xeque o imaginário sobre a linearidade da história entre a princesa Aurora e a bruxa que aterrorizava o reino e seus membros. O filme realoca o enredo trazendo à tona subjetividades mais adensadas dos personagens, o que acabou por produzir representações mais elípticas, sobretudo sobre a moral e a essência da protagonista do filme. Desse modo, propõe-se discutir, a partir do filme Malévola (2014), a construção das subjetividades e das representações femininas na perspectiva do discurso midiático, por meio do cinema, e literário, a partir do conto de fadas. A mídia como a comunicação, imersa no seio cultural, podem ser entendidas como difusas das representações sociais. E, postulando discussões de caráter identitário e representativo da mulher, é pertinente aproximar-se do âmago comunicacional para investigações ulteriores. Intenta-se também uma leitura sobre a construção literária do conto de fadas na produção de sentidos, imaginário, narrativa e representações.
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