Redes sociais e identidade nacional: a força de um gesto
DOI:
https://doi.org/10.5902/2175497716729Palabras clave:
identidade nacional, representações, redes sociais, racismo, antropofagiaResumen
Este artigo analisa o episódio que ocorreu com o jogador brasileiro Daniel Alves, que durante uma partida do seu time, o Barcelona, em 27 de abril de 2014, recebeu uma banana atirada a ele por um torcedor do Villarreal. Surpreendeu, porém, a resposta de Daniel Alves, que pegou a banana e comeu. O gesto gerou um movimento nas redes sociais e a campanha com a hashtag “somos todos macacos”, publicada no Instagram, provocou no Brasil uma discussão sobre a representação da identidade brasileira e crítica ao racismo. Neste estudo, examinamos as reações provocadas pelo episódio tendo como base o conceito de representações sociais tal como destacado por Moscovici (2011) e metodologia da hermenêutica de profundidade, conforme proposta por Thompson (1995). O episódio em análise se insere também na proposta do movimento antropofágico, defendido pelo escritor Oswald de Andrade (1928), que se tornou o documento do modernismo brasileiro. Com o objetivo de repensar a dependência cultural brasileira, o movimento antropofágico ironizava a submissão do Brasil aos países desenvolvidos e propunha a deglutição ou o processamento da cultura estrangeira e não apenas a imitação do que vem de fora.
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