O livro didático de língua inglesa: concepções de linguagem e de ensino

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/1516849229188

Palavras-chave:

Livro didático, Língua inglesa, Linguagem

Resumo

Neste trabalho, apresentamos os resultados de uma análise preliminar de quatro livros didáticos para o ensino de inglês como língua estrangeira, publicados por editoras internacionais e utilizados com aprendizes iniciantes adultos. O objetivo desse estudo é verificar a visão teórica de linguagem e de ensino que subjaz a esses exemplares. Além disso, observar até que ponto os livros didáticos em questão apresentam a linguagem enquanto gênero textual (Swales, 1990, Bakhtin, 1986). Baseamo-nos também em Kumaravadivelu (1994) para discutir os tipos de tarefas propostas em materiais didáticos. Os resultados preliminares mostram uma tendência, nos materiais, em apresentar diferentes tipos de exercícios ao aluno, que focalizam a forma, as funções da linguagem e, ainda, interações semi-estruturadas no sentido de ajudá-lo a alcançar a proficiência. No entanto, esses exercícios não inter-relacionam a forma, as funções e as interações com seus respectivos contextos de situação e cultura (Halliday, 1989). Além disso, não engajam o aluno na desconstrução e construção de eventos comunicativos que dialeticamente constituem os gêneros. Dessa forma, tentamos contribuir para uma reflexão crítica e teoricamente embasada sobre a relação ensino-aprendizagem mediada pelo material didático.

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Biografia do Autor

Luciane Kirchhof Ticks, Universidade Federal de Santa Maria

Professora do Curso de Graduação em Letras/Inglês e no Programa de Pós-Graduação em Letras da UFSM/RS. É Coordenadora Administrativa do LABLER-Laboratório de Pesquisa e Ensino de Leitura e Redação desde 2009. É Doutora em Letras pela Universidade Federal de Santa Maria (2008) e Mestre em Letras pela Universidade Federal de Santa Maria (2003). 

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Publicado

2017-09-24

Como Citar

Ticks, L. K. (2017). O livro didático de língua inglesa: concepções de linguagem e de ensino. Linguagens & Cidadania, 5(1). https://doi.org/10.5902/1516849229188