Língua culta padrão: um intertexto entre poder e lugar social
DOI:
https://doi.org/10.5902/1516849228338Palavras-chave:
Língua culta, Poder, Lugar socialResumo
O presente artigo pretende apresentar reflexões sobre como o sistema escolar, através de uma das suas engrenagens, a Língua Culta Padrão, torna-se uma instituição que acaba fortalecendo a manutenção de certos lugares sociais. Sustenta-se em autores como Veblen, Pross, Berger & Luckmann para pensar o homem como um ser constituído a partir de sua localização social e como a imagem que tem de si é capaz de lhe impor limites ou rótulos. Em Homi Bhabha e Gregory Bateson encontram-se subsídios para refletir sobre relações sociais desiguais. Na produção de Bourdieu, buscam-se elementos que retratam a língua-padrão como instrumento de manutenção do poder, e a partir do cruzamento das teorias pesquisadas pretende-se enfatizar que um trabalho escolar com linguagem pode ter conseqüências sérias se for centrado na Língua Culta Padrão.Downloads
Referências
BERGER, Peter L.: LUCKMANN, Thomas. A construção Social da Realidade. Petrópolis: Vozes, 1985.
BHABHA, Homi. O Local da Cultura. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2003.
BATESON, Gregory. Steps to an ecology of mind. Chicago: Chicago Press, 1999.
BOURDIEU, Pierre. A Economia das Trocas lingüísticas. São Paulo: EDUSP.1996.
ELIAS, Norbert: SCOTSON, John L. Os Estabelecidos e os Outsiders. Rio de Janeiro: Jorge Ahar, 2000.
LAROUSSE. Dicionário da Língua Portuguesa. São Paulo: Editora Nova Cultura, 1992.
PROSS, Harry. Estrutura Simbolica del Poder. Barcelona: Editorial Gustavo Gili, 1980.
VEBLEN, Thordike B. A Teoria da Classe Ociosa In: Veblen, Thordike. Os pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 2003.
WIDDOWSON, H. G. O Ensino de Línguas para a Comunicação. Campinas: Pontes, 1991.