Meus romanos: relatos de viagem e diferenças culturais na obra de Ina von Binzer

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.5902/1679849X74763

Palabras clave:

Diferenças culturais, Relatos de viagem, Narrativa autobiog´rafica, Teorias Racistas Deterministas

Resumen

Esse trabalho pretende analisar a obra Meus Romanos: alegrias e tristezas de uma educadora no Brasil, de Ina von Binzer, romance autobiográfico epistolar, cujas cartas são enviadas para sua amiga imaginária Gretchen. A narradora relata suas viagens e experiências no Brasil no período de maio de 1881 a janeiro de 1883, como é constatado em suas cartas. Em sua obra, seus relatos mostram a visão do europeu sobre o estrangeiro. Nesse sentido, pretende-se nesse trabalho analisar as mudanças do olhar da narradora sobre o Brasil no decorrer de suas viagens, influenciado, sobretudo, pelas teorias racistas e deterministas do século XIX. As diferenças culturais fazem com que o povo brasileiro, principalmente os negros e os índios, seja visto de modo distorcido. Com o passar do tempo, no entanto, o contato com a nova cultura modifica tais visões, corrigindo as distorções da narradora antes de conhecer o país, as quais permanecem como incongruências e descontinuidades dentro do corpo da narrativa. Vale notar também que é comum paradoxos e contradições na narrativa de Ina von Binzer o que caracteriza o discurso frágil e determinista do final do século XIX.

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Biografía del autor/a

Carlos Roberto Ludwig, Universidade Federal do Rio Grande do Sul , Porto Alegre, RS

Doutorando em Letras – Literaturas de Língua Inglesa pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), bolsista do CNPq. Desenvolve pesquisa sobre a obra de Shakespeare com o projeto Inwardness in Shakespeare’s drama: The Merchant of Venice and King Lear, orientado pela Profa. Dra. Kathrin H. Rosenfield (UFRGS) e coorientado pelo Prof. Dr. Lawrence Flores Pereira (UFSM).

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Publicado

2023-09-13

Cómo citar

Ludwig, C. R. . (2023). Meus romanos: relatos de viagem e diferenças culturais na obra de Ina von Binzer. Literatura E Autoritarismo, (4). https://doi.org/10.5902/1679849X74763