A memória como recurso para a auto revolução
DOI:
https://doi.org/10.5902/1679849X35749Palabras clave:
Memória, Infância, Autoritarismo, Resistência, EmancipaçãoResumen
A proposta do trabalho é observar o clima tenso das catástrofes e as formas em que essas têm se manifestado nas narrativas. Deste modo, com o olhar mais atento nas produções literárias, para análise estão Verde Vagomundo e Nineteen Eighty-Four. O romance publicado em 1974 por Benedicto Monteiro faz parte de uma tetralogia que envolve diversos temas entre eles estão a simplicidade de um caboclo crédulo em si mesmo (Miguel dos Santos Prazeres) e em seus sonhos e prazeres, a simplicidade de uma região pacata do interior do Pará, as cintilações do que rege o poder estatal da nação em tal período, a ditadura militar, e a memória, os dois últimos pontos são os temas que norteiam essa pesquisa. De outro modo, ainda que na mesma perspectiva, vê-se Winston. Como é descrito a seguir: “Tentou localizar alguma lembrança de infância que lhe dissesse se Londres sempre fora assim” (ORWELL, 2009, p. 13). A partir desse ponto da narrativa, percebe-se que Winston saiu em busca de reconstruir as memórias do seu passado e de uma Londres sem revolução, a fim de que a partir dessas descobertas, de uma Londres sem revolução, tivesse a ação de voltar-se contra o sistema instaurado pelo ditador. Tais memórias desencadearam diversas ações resistentes e subversivas em ambos personagens, das duas narrativas. Haviam constantes flesh’s recordativos ou criações deles para justificar a necessidade de se voltar no tempo e então justificar o presente para uma possível e futura revolução que não chegara. Deste modo, as análises dos destaques narrativos abrem precedentes para discussões no campo das teorias que envolve temas como poder soberano; memória – rememoração; “Docilização” - domesticação, uma vez que esses terão que enfrentar alguns mecanismos de silenciamento para então serem paralisados em seus planos de resistência e emancipação.
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