Escrita e experiência do cárcere em Lima Barreto e Graciliano Ramos

Authors

DOI:

https://doi.org/10.5902/1679849X74693

Keywords:

Graciliano Ramos, Lima Barreto, Confinement, Testimony, Memory

Abstract

This article promotes a confrontation between Lima Barreto’s O cemitério dos vivos and Graciliano Ramos’ Memórias do cárcere. We attempt to show that these works unify and oppose each other in ways that render their comparison productive. Despite referring to distinct periods in Brazilian history, O cemitério dos vivos and Memórias do cárcere reveal processes of de-personalization, of annihilation and restructuring of the self; they narrate the confrontation of their authors with certain disciplinary institutions (the prison and the asylum), and hence lend themselves to be read as testimonies of experiences of imprisonment. Both are works of great literary strength result from distinct labors of memory and are wrought with different critical forces. Our examination of these works privileges the cited problematiques, with the intent of analyzing the literary labor undertaken by Lima and Graciliano in order to convey a limit-event that refracts language.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biography

Daniela Birman, Universidade Estadual de Campinas

Pós-doutoranda do Instituto de Estudos da Linguagem (Iel - Unicamp), sob a supervisão do professor Francisco Foot Hardman. Bolsista da FAPESP.

References

BARBOSA, Francisco de Assis. A vida de Lima Barreto. 8 ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 2002.

BARRETO, Lima. O cemitério dos vivos. São Paulo/Rio de Janeiro: Editora Planeta do Brasil/Fundação Biblioteca Nacional, 2004.

______________. Como o “homem” chegou. In: ____. Lima Barreto: prosa seleta. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2001. P. 1152-1166.

______________. Obras completas. São Paulo: Brasiliense, 1956. 17 v.

BENVENISTE, Emile. O vocabulário das instituições indo-européias. V. II. Campinas: Editora da Unicamp, 1995.

BLANCHOT, Maurice. L´écriture du désastre. Paris: Gallimard, 1980.

_________________. L´entretien infini. Paris: Gallimard, 1969.

_________________. O livro por vir. São Paulo: Martins Fontes, 2005.

BOSI, Alfredo. A escrita do testemunho em Memórias do cárcere. In: ____. Literatura e resistência. São Paulo: Companhia das Letras, 2002. P. 221-237.

DOSTOIÉVSKI, Fiódor. Memórias do subsolo. São Paulo: Ed. 34, 2000.

FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir. 35 ed. Petrópolis: Vozes, 2008.

GOFFMAN, Erving. Manicômios, prisões e conventos. 8 ed. São Paulo: Perspectiva, 2008.

LAUB, Dori. An Event Without a Witness. In: FELMAN, Shoshana; LAUB, Dori. Testimony. Londres: Routledge, 1992. P. 75-92.

MORAES, Dênis de. O velho Graça. 3 ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1996. RAMOS, Clara. Cadeia. Rio de Janeiro: José Olympio/Secretaria de Cultura, 1992.

RAMOS, Graciliano. Infância. 39 ed. Rio de Janeiro: Record, 2008.

________________. Insônia. 29 ed. Rio de Janeiro: Record, 2003.

________________. Memórias do cárcere. 44 ed. Rio de Janeiro: Record, 2008.

SELLINGMAN-SILVA, Márcio (org.). Introdução. In: ____ (org.). História, memória, literatura. Campinas: Editora da Unicamp, 2003.

VECCHI, Roberto. Seja moderno, seja brutal. In: FOOT HARDMAN, Francisco (org.). Morte e progresso. São Paulo: Editora da Unesp, 1998. P. 111-124.

ZARADER, Marlène. L’être et le neutre. Lagrasse: Éditions Verdier, 2001.

Published

2024-07-31

How to Cite

Birman, D. (2024). Escrita e experiência do cárcere em Lima Barreto e Graciliano Ramos. Literatura E Autoritarismo, (3). https://doi.org/10.5902/1679849X74693