Cânone, tradição e responsabilidade do professor: uma abordagem pela perspectiva de Hannah Arendt

Autores

  • Marcello Peres Zanfra Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.5902/1679849X16321

Resumo

O propósito desse artigo é refletir sobre a noção de cânone literário, sobretudo a partir de considerações de Roberto Reis, Idelber Avelar e Harold Bloom pela perspectiva da pensadora alemã Hannah Arendt, considerando suas reflexões a respeito de como a tradição e o mundo público se relacionam com o sentido da educação e a utilização do cânone em sala de aula. Dentro dessa perspectiva, o cânone pode ser uma ferramenta de estudo do passado e da tradição, desde que não se torne algo que planifique a visão de mundo e anule a pluralidade de visões que são a marca essencial do mundo público arendtiano. A tradição como centro do processo educativo não significa sua reprodução acrítica, mas impedir que caia no esquecimento a fim de que os estudantes não se vejam entregues, unicamente, a suas próprias possibilidades e ferramentas. Nesse sentido, a responsabilidade do professor, por sua abordagem do texto, tem um papel central.

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Publicado

2015-08-26

Como Citar

Zanfra, M. P. (2015). Cânone, tradição e responsabilidade do professor: uma abordagem pela perspectiva de Hannah Arendt. Literatura E Autoritarismo, (15). https://doi.org/10.5902/1679849X16321