A simbologia da revolta em Germinal (1885) de Émile Zola
DOI:
https://doi.org/10.5902/1679849X88422Schlagworte:
Émile Zola, Germinal, Naturalismo, Revolta, RevoluçãoAbstract
Este artigo analisa o romance Germinal (1885), de Émile Zola, a partir do conceito de revolta desenvolvido por Furio Jesi, dialogando também com o pensamento marxista e os princípios do naturalismo científico. A narrativa da greve dos mineiros de Montsou é interpretada como um processo que transita entre tentativa de revolução e ato de revolta, revelando a tensão entre planejamento coletivo e impulsos insurrecionais. Através da desumanização simbólica do inimigo, do apagamento das individualidades e da formação de um herói coletivo, o romance evidencia como a insurreição adquire uma dimensão simbólica e ideológica. Além disso, analisa-se o papel do determinismo social e hereditário na construção dos personagens, especialmente Étienne Lantier, que encarna as contradições entre liderança, transformação política e vaidade pessoal. Por fim, discute-se como o fracasso material da greve não apaga os efeitos simbólicos e sociais da revolta, apontando para uma consciência coletiva emergente.
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