Pilatos, de Carlos Heitor Cony: uma escrita de resistência
DOI:
https://doi.org/10.5902/1679849X67553Schlagworte:
Liberdade, Autoritarismo, Resistência, Carlos Heitor ConyAbstract
Este artigo se propõe examinar estratégias de escrita de resistência, adotadas na ficção de Carlos Heitor Cony. Autor engajado na luta revolucionária, confrontou o regime civil-militar em suas crônicas e em alguns romances, com isso conquistou o seu espaço junto ao meio intelectual da época. Selecionei como objeto de estudo, o romance Pilatos publicado em 1974, por se tratar e uma narrativa de temática e de estilo de escrita beirando ao insólito, ao grotesco e ao escatológico. Cony, por meio desse exercício de escrita, critica o autoritarismo e a falta de liberdade de expressão do período mais agudo da ditadura militar brasileira: os chamados “Anos de Chumbo”. O autor transfere para o campo literário a noção de liberdade de expressão na voz narrativa do seu mutilado protagonista. O narrador é um indivíduo frustrado, solitário e melancólico, mas que está em busca de um forte anseio por liberdade.
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