A compreensão como categoria filosófica
DOI:
https://doi.org/10.5902/1679849X73929Palavras-chave:
Compreensão, Filosofia, Texto LiterárioResumo
Na leitura de textos (literários ou não), distinguem-se dois tipos de estruturas: uma superficial e outra profunda. A princípio há uma relação diretamente proporcional entre os dois tipos se considerarmos que, ao associar os significados das palavras, podemos, por somatório, compor o sentido do todo do texto. No entanto, esbarramos em algo: a capacidade humana de intuir, armazenar e (re) processar informações, produzindo outras informações e, por conseguinte, novos sentidos. Neste ensaio, pretendemos deslindar uma percepção filosófica da compreensão. Partimos, para tanto, de considerações de Hannah Arendt, segundo quem a compreensão é um processo interminável por via do qual aprendemos a nos reconciliar com nossa realidade, tentar sentir o mundo, com suas vicissitudes, como nossa morada.
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